3 de fev. de 2011

TE AMO!

Estou meditando no livro de Oséias (Salvação).
Que obediência revelada em sua submissão a ordem divina de casar com Gômer.
Não posso deixar de lembrar das três perguntas que Jesus fez a Pedro, registradas no final do Evangelho de João: Tu me amas? Tu me amas? Tu me amas?
Oséias certamente amava a Deus intensamente, levando-o a se submeter a uma situação extremamente constrangedora para não falar humilhante: Casar com uma prostituta cultural.
Entendo que somente uma pessoa que amava a Deus acima do amor próprio poderia obedecê-lo assim.
Olho ao meu redor, para a igreja atual, e não vejo muito este tipo de amor, de desapego, de disposição para a humilhação, segundo a vontade de Deus.
Vejo muitas pessoas que "se" amam demais e buscam a Deus movidos por este amor.
Porque me amo eu clamo, porque me amo obedeço, porque me amo me submeto. Não é porque "O" amo!
Quando o amor próprio está em primeiro lugar, ele é o deus da pessoa e o Deus verdadeiro é apenas um "meio" para satisfazê-lo.
Que perigo, pois tudo gira em torno do "amor maior".
Me lembro da declaração de Jesus sobre aqueles que queriam ser seus discípulos: Negar-se a si mesmo e, a cada dia, tomar a sua cruz. Oséias se enquadra bem neste perfil.
Muitos cristãos de hoje certamente "morreriam" pelo Mestre amado. Uma vez só, que fique claro.
Oséias "morria" a cada dia com aquele relacionamento conjugal tão difícil, três filhos, traições, perdões, lições.
Com certeza ele amava a Deus mais do que a si mesmo.
É este amor que deve existir em mim.
Pai me ajude a amá-lo desta forma!
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A Ele toda a glória!

23 de jan. de 2011

PENSE UM POUCO

Li no Blog do Sinésio:
Reabastecendo o Pastor Interior
Yancey 18/4/2006

As igrejas deveriam ter muito interesse na saúde espiritual de seus pastores.
Alguns meses atrás, eu participei da Conferência Nacional de Pastores, promovido em conjunto com a matriz da Christianity Today. Os organizadores da conferência pensavam que 800 inscrições seria uma estimativa otimista, mas, em vez disso, tiveram dificuldades para acomodar 1 700 pessoas, o que indica a necessidade de companhia e alimento espiritual de nossos pastores.
Há alguma profissão que exija mais e recompense menos? Um pastor gasta mais de vinte horas por semana para preparar um sermão e depois, na manhã de domingo, na melhor das hipóteses, ouve alguns irmãos, à porta, dizerem educadamente: ‘Bom trabalho, reverendo’, isto é, contanto que ele não ultrapasse os 22 minutos destinados à pregação.
Em muitas Igrejas quando surge ocasião de uma avaliação formal do cargo, os pastores se vêem avaliados por bombeiros, vendedores e engenheiros, muitos dos quais não sabem quase nada sobre ministério. Essa miscelânea de leigos, a portas fechadas, vota sobre o salário a ser pago e o auxílio moradia, enquanto o pastor, sentado como um colegial, espera em outra sala.
O apóstolo Paulo afirmou o seguinte sobre o ministério: ‘Somos embaixadores de Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso intermédio’ (2Co 5.20).
Deus, realmente, faz seu apelo por meio dos instrumentos humanos, e, depois de minhas conversas com pastores, saio com ânimo renovado em relação aos obstáculos desse desafio. Eles empregam horas no aconselhamento pré-marital de sonhadores jovens apaixonados, e, dez anos mais tarde, aconselham esses mesmos casais, agora amargos antagonistas, ao longo do processo de divórcio. Eles confortam os doentes e oram corajosamente pela cura, mas, depois, encontram forças para ficar diante de parentes lacrimosos nos funerais.
Incitamos nossos pastores para atuar como psicoterapeutas, oradores, sacerdotes e ministro chefe executivo. Entretanto, eles, em conseqüência dessas exigências, têm de carregar uma carga singular de isolamento e solidão. O pastor ou sacerdote não tem vida privada.
Henri Nowen costumava dizer: ‘Ao ser amigável com todos, ele, com freqüência, não tem amigos pessoais. [...]. O paradoxo é que ele, a quem foi ensinado a amar todos, na realidade, não tem nenhum amigo; ele que treinou a si mesmo a fazer orações mentais, não consegue, com freqüência, ficar sozinho consigo mesmo. Ao abrir-se para todo todos os de fora, não há espaço para o interno’.
Chamado para ser um ‘outro Cristo’.
Certa vez, Thomas Merton disse que muito do que esperamos que pastores e sacerdotes façam: Ensinar e aconselhar os outros, consolá-los, orar por eles —, seria, de fato, responsabilidade do resto da congregação.
É o que os apóstolos da Igreja primitiva ensinaram: “Não é razoável que abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas… … quanto a nós nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra” (At 6: 2-4)
A vocação clara do pastor é ser uma pessoa de Deus, aquele que “é chamado para ser um outro Cristo, em um sentido muito mais específico e íntimo, algo bastante distinto do que observamos no cristão comum ou no monge”.
O pastor é uma espécie de intermediário entre o homem e a misericórdia de Deus, e o trabalho do ministro é transmitir esta misericórdia e o terror do pecado. O pastor, graças a sua posição de conselheiro espiritual, conhece este último melhor que qualquer um de nós. Quanto à misericórdia — bem, isso é o que me preocupa.
Em nossa sociedade moderna, há uma fixação com as incumbências do trabalho e a competência na carreira, mas será que negligenciamos a mais importante qualificação de um pastor que é conhecer Deus? Mahatma Gandhi, líder de meio bilhão de pessoas, recusou-se a fazer concessões e não abriu mão de seu princípio de guardar toda segunda-feira como um dia de silêncio — mesmo no auge das negociações sobre a independência da Índia da Inglaterra. Ele acreditava que não honrar aquele dia de alimento espiritual o tornaria menos eficaz nos outros seis dias.
Gostaria de saber o quanto nossos líderes espirituais se tornariam mais eficazes, se o encorajássemos a separar um dia por semana para ter um tempo de reflexão silenciosa, meditação e estudo pessoal.
A igreja (ou os membros) deveria arrumar um local para ele passar um dia (sítio, casa de campo, praia, etc). Gostaria de saber o quanto nossas igrejas se tornariam mais eficazes se nossa prioridade número um fosse a saúde espiritual de nossos pastores — e não a eficiência deles.
É para pensar!

ELE É MAIOR!

Estive meditando no Sl. 61, um cântico muito legal de Davi . No verso 2 encontro uma declaração que me chamou a atenção: "Leva-me para a rocha mais alta do que eu".
Como pastor a mais de uma década (tô ficando velho) e cristão a mais tempo ainda, aprendo e ensino que devemos nos fortalecer cada vez mais.
Ter uma fé sólida é fundamental para enfrentar as adversidades, mas um perigo se "vislumbra" no horizonte: auto-suficiência. Preciso aprende a andar por terrenos instáveis. Preciso aprender  a suportar situações difíceis e adversas, mas sem nunca achar que sou forte o bastante.
quantos exemplos bíblicos posso citar de pessoas que "se acharam" e se deram mal. O próprio Davi é um exemplo.
Devo ser uma "rocha", mas nunca mais "alta" e mais "forte" que Jesus Cristo.
Nada como um "irmão mais velho" como Jesus.

ELE SE IMPORTA SIM!

Comprei uma Bíblia nova do Tonhão: "Bíblia de Revelação Profética". Confesso que sou "viciado" em Bíblias. Gostei! Ela tem alguns comentários legais e, meditando em Habacuque, pude observar alguns comentários muito legais.
Habacuque se viu frente a frente com aquilo que é, provavelmente, o mais difícil problema espiritual que aflige os cristãos. Tudo o que representava a vida para o profeta estava prestes a desmoronar. Nada parecia seguro. O futuro não perecia apenas desanimador: era aterrorizante. E o pior de tudo era que Deus, aparentemente, não estava fazendo nada em relação a isso. Quase que ouvimos Habacuque dizendo: "Por que isso? Quando peço ajuda ao Senhor, as coisas vão de mal a pior. Será que Deus não se importa comigo? Ou será que Ele não é forte o suficiente para me ajudar?"
A resposta de Deus foi que sim, Ele se importa com Habacuque, e sim, Ele é suficientemente forte para fazer o necessário para assegurar que o profeta e seu  povo não apenas sobrevivam, mas também prosperem (Hc. 3:19). A mensagem profética de Habacuque é: muito embora pareça que, em alguns momentos, Deus esteja inerte diante da violência crescente (Hc. 1:2-4) Ele controla os eventos num âmbito muito maior que o profeta pode imaginar, visando com isso assegurar que os Seus planos para determinados indivíduos sejam cumpridos (Hc. 1:5).
Contudo, Habacuque precisa continuar vivendo nesse meio tempo, um período agonizantemente longo entre a promessa de Deus e o seu cumprimento. A grande questão que assombra as mentes dos profetas de Deus, e de todos aqueles que creem ma palavra profética do Pai, é "até quando?"
Tal como Jó, Habacuque não foi alheio a situação. O profeta não apenas falou de um problema, mas viveu a situação. Pelo fato de Habacuque ter experimentado as coisas sobre as quais escreveu, podemos estar seguros de que ele tinha toda a razão ao dizer que a ação de Deus em favor dos cristãos "certamente virá, não tardará" (Hc. 2:3), e que "o justo, pela sua fé, viverá" (Hc. 2:4).
Não é nada animador saber que Deus não me "livra" das lutas, aflições, problemas, mas é reconfortante saber que Ele está ao meu lado em todas elas e que me "conduzirá" seguro para a eternidade! 

FIGUEIRA SEM FLÔR

Estou de férias nesta segunda quinzena de Janeiro, mas como ainda não viajei, fui na igreja, na Vila mesmo. Fui não como pastor, algo impossível, pois o povo não quer saber se estou de férias ou não, mas como ovelha. Pensei em ir noutra igreja, mas nada como ir onde me “sinto em casa”.
Foi a Glória que dirigiu o culto e pregou. O tema foi “Alegria apesar das circunstâncias”.
Ela usou os fatos trágicos que vimos recentemente, devido as chuvas, para introduzir a mensagem baseada em Hc. 3: 17.
Neste texto temos uma das maiores declarações de fé em Deus. O profeta, inspirado pelo Espírito Santo, “canta” sua confiança, apesar das circunstâncias.
Saí da igreja “ruminando” a mensagem e, observei que o profeta Habacuque, para ilustrar seu sentimento, usa alguns produtos agro-pastoril simbólicos para Israel: Figueira, videira, oliveira, ovelha e vacas, sem falar nas culturas do “campo”.
Acordei de madrugada pensando na figueira.
Junto com a oliveira e a videira, a figueira é uma das plantas mais destacadas da Bíblia, sendo mencionada em mais de 50 textos.
A figueira é nativa da Ásia, de Israel, da Síria e do Egito, e é famosa por sua notável longevidade.
Embora esta árvore também seja encontrada de forma silvestre, para produzir bons frutos, ela precisa de cultivo. É bastante adaptável a vários tipos de solo, crescendo bem até mesmo em solo rochoso. Pode atingir a altura de uns 9 m, com um tronco do diâmetro de uns 60 cm, e tem ramos que se espalham amplamente. Embora seja primariamente apreciada pelos seus frutos, é também muito prezada pela sua boa sombra. As folhas são amplas, tendo até 20 cm ou mais de largura.
A primeira menção da figueira é com respeito ao uso das suas folhas costuradas como cobertura para Adão e Eva. (Gn. 3:7) Em algumas partes do Oriente Médio, folhas de figueira ainda são costuradas e usadas para embrulhar frutas, e para outros fins.
Basicamente, há duas safras de figos produzidas anualmente pelas figueiras: os primeiros figos maduros, ou figos temporãos, que amadurecem em Junho ou no começo de Julho, e os figos serôdios, que crescem no lenho novo e constituem a safra principal, amadurecendo em geral a partir de Agosto.
Os figos temporãos podem ser facilmente sacudidos para caírem da árvore, quando maduros, e são apreciados pelo seu sabor delicado.
Por volta de Fevereiro, os primeiros botões dos frutos surgem nos ramos da estação anterior, e eles precedem às folhas em cerca de dois meses, visto que as folhas só costumam aparecer no fim de Abril ou em maio. Em Ct. 2:13, mencionam-se os primeiros sinais do amadurecimento dos novos figos verdes em conexão com as videiras em flor, floração que começa por volta de Abril.
Portanto, na época em que a árvore está coberta de folhas, ela também deveria ter frutos. A figueira que Jesus Cristo amaldiçoou parece ter tido folhas anormalmente cedo, visto que então era o dia 10 de nisã (Março/Abril) do ano 33. Sua aparência dava motivos para se esperar que tivesse também frutos precoces, próprios para consumo, e o registro em Mc.11:12-14 indica que Jesus se chegou à figueira pensando nisso, embora "não fosse a estação dos figos", quer dizer, a época para a colheita dos figos. Ter a árvore somente folhas mostrava que não ia produzir nenhuma safra, e, portanto, era enganosa na sua aparência. Jesus amaldiçoou-a como improdutiva, fazendo-a secar-se.
Os figos eram uma fonte básica de alimento nos tempos bíblicos e continuam a sê-lo em diversos países do Oriente Médio. Eram transformados em “tortas de figos prensados”, convenientes para transporte. Uma torta assim foi usada como cataplasma no furúnculo do Rei Ezequias, e tortas deste tipo ainda são usadas desta maneira hoje no Oriente Médio.
A figueira e a videira são mencionadas juntas em muitos textos, e as palavras de Jesus em Lc. 13:6 mostram que as figueiras muitas vezes eram plantadas em vinhedos.
A expressão “sentar-se cada um debaixo da sua própria videira e figueira” (1Rs 4:25) simbolizava condições pacíficas, prósperas e seguras..
Em vista do destaque da figueira na vida das pessoas, é compreensível por que foi tantas vezes usada nas profecias. Por causa da sua importância como alimento para a nação, o total fracasso duma safra de figos seria calamitoso. De modo que a figueira recebeu menção especial quando se predisse a destruição ou ruína daquela terra.
A própria nação de Israel foi comparada por Deus a duas espécies de figos. (Jr. 24:1-10).
Jesus, para ilustrar que se poderia reconhecer os falsos profetas pelos maus frutos deles, citou a impossibilidade de se colherem “figos dos abrolhos”. (Mt 7:15, 16).
O fato de a figueira “brotar folhas” em meados da estação da primavera foi usado por Jesus como indicador bem conhecido do tempo. (Mt 24:32-34).
Não foi em vão que o profeta cujo nome significava “aquele que abraça ou agarra”, usou a figueira sem flor como exemplo de uma catástrofe.
Agarrar-se” em Deus era e é a única opção em tempos de tragédias, crises, acontecimentos inesperados, tempos de “figueira sem flor”.
É isso aí!

8 de jan. de 2011

QUE IRONIA!

Nenhum cristão está livre de problemas, Jesus declarou que teríamos aflições. O diferencial é como “passamos” pelos problemas, lutas e aflições.
Como reagimos quando a chuva cai sobre nós com a mesma intensidade que cai sobre os ímpios e quando o sol escaldante “queima” nossas cabeças igual as deles?
Como reagimos quando há “fome na terra” na “nossa terra”? E quando a nossa terra é chamada “casa do pão”?
Como Asafe, tem hora que penso estar sendo injustiçado.
E quando, diante das lutas, da fome, tomamos decisões erradas?
Tudo isso vem na minha mente quando medito em Rt. 1:1.
Ele saíram da “Casa do Pão” e foram para a “como do meu pai”. Estes eram os significados dos nomes de Belém e Moabe. O problema é que o “pai” dos moabitas era Quemos, um deus pagão cuja ira se aplacava com sacrifícios humanos. A tradição judaica nos informa que essa divindade era adorada sob o símbolo de uma estrela negra.
Uma atitude errada, na hora da crise, pode desencadear acontecimentos trágicos para mim e minha família.
A resposta a todas estas perguntas se encontra no vínculo que Rute desenvolveu com o Senhor dos Exércitos, mais até do que com sua sogra: Amor, lealdade, amizade.
Ela foi chamada “mulher virtuosa” (3:11).
Devo ser um cristão virtuoso.
É isso aí.

Nomes

Para os povos antigos o nome próprio tinha um grande significado. Expressava o momento de dor ou alegria que os pais estavam vivendo, a lembrança e homenagem aos parentes, o desejo dos pais quanto ao futuro do filho e, claro, referindo-se aos judeus, propósitos divinos.
No livro de Rute encontro uma família cujos nomes mostram muito bem esta verdade.
Uma família que, num período de fome em sua terra natal, Belém, decidiu peregrinar pelas terras dos moabitas. Sua decisão trouxe desdobramentos trágicos para seus familiares, mas Deus, soberano em Suas ações, que está no controle de todas as coisas, “usou” os acontecimentos para manifestar sua glória, seu amor e misericórdia, e ensinar a mim, humilde servo, verdades eternas.
Vamos aos nomes:
Elimeleque (o chefe) significa Meu Deus é Rei.
Noemi (a esposa) significa feliz ou agradável.
Malom (o filho) significa doente.
Quiliom (outro filho) significa fraqueza ou definhamento.
Quando Elimeleque foi para Moabe, que significa “do meu pai”, deixando Belém, que significa “casa do pão”, por motivo de fome (que ironia), desencadeou-se acontecimentos que mudaram a história de toda a família.
É fácil imaginar Noemi sendo feliz porque Elimeleque estava ao seu lado. Assim como sou feliz quando o Senhor reina em minha vida. Diante da presença do Senhor as doenças e fraquezas são administradas, superadas, suportadas. A declaração paulina “eu tudo posso naquele que me fortalece” revela esta verdade: Que venham as lutas, eu não temerei nem recuarei. Mesmo como “peregrino em terra estranha”, sou um vencedor!
Mas Elimeleque morreu. E isso, numa terra estrangeira, era um problema para não dizer uma tragédia. O que seria da esposa, Noemi, longe de casa, com filhos cujos nomes mostravam algo triste? É fácil imaginar.
Os filhos, mesmo não sendo saudáveis, ou não o foram quando crianças, casaram em Moabe. 
Malom casou com Rute (amiga) e Quiliom casou com Orfa (teimosa ou obstinada). Dez anos depois mais ou menos, eles morreram também. Agora sim a tragédia se instalou naquela família. Se não bastasse a viúves agora Noemi perdera aqueles que a sustentavam numa época extremamente desfavorável para mulheres, principalmente se elas estivessem sozinhas.
Três viúvas. Uma judia e duas moabitas. Compreendo porque Noemi mudou seu nome para Mara (amargor).
Parece que quando “o meu Deus é Rei” partiu a “doença e fraqueza” vieram exigir seu “quinhão”. Muito parecido com o que acontece hoje em muitas vidas!
Mas, como disse no início, Deus não estava e não está indiferente aos fatos. Ele é Deus Presente.
Noemi, ou Mara, tinha uma “amiga” e uma “obstinada” ao seu lado.
Obstinação significa persistência, tenacidade, perseverança, mas significa também teima, birra.
Amizade significa afeição, simpatia, ternura, dedicação, benevolência. Não tem características negativas.
Amizades e obstinação são importantes em momentos de crise. Ter a quem recorrer e ser decidido, focado, determinado, podem ser o “caminho” para a vitória.
Mas a “obstinada ou teimosa” (Orfa) foi embora, voltou para casa diante da insistência da ex- sogra. A amiga ficou e fez a diferença.
Porque?
O verso chave ( 1:16) revela a razão de Rute ter permanecido com Noemi: Ela não era “amiga” somente da sogra mas era “amiga” de Deus. Mesmo quando Noemi virou Mara, Rute não desistiu.
Quando a “teimosia” não funciona mais e o “amargor” parece que vai contaminar a todos, a “amizade” com Deus prevalece.
É isso aí.

1 de jan. de 2011

TUDO RECOMEÇA

Oi, faz tempo que não escrevo no meu blog.
Um pouco falta de tempo, um pouco desânimo e um pouco dúvida se estou abençoando alguém com minhas meditações. Acho que fui influenciado pela "busca" frenética por resultados, por formas de "mensurar" na vida dos outros o que aprendo na Palavra de Deus.
Tô errado!   Não é a influência na vida "alheia" que importa neste momento e sim a influência  da meditação na minha vida. Ainda que eu possa abençoar pessoas através desse blog, a motivação inicial era "prestação de contas". Então vamos lá. Com humildade e sentimento de recomeço, escrevo estas simples linhas sobre o texto que meditei nesta manhã do dia primeiro.
Gl.5: 16 "Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne".
Tudo é uma questão de vontade, uma questão de desejo. Tudo é uma questão de pensamentos e emoções.
Viver pelo Espírito é deixar-se dirigir por Ele em tudo.
Quero tantas coisas neste novo ano.
Penso em tantas coisas já neste primeiro dia do ano , desejo outras tantas.
Mas não é o que quero, penso e desejo. É o que Ele quer, pensa e deseja. 
Ele não me obriga a "andar no Espírito", eu é que decido! 
Então, decidi: Vou caminhar segurando nas mãos Dele!
Feliz ano novo!!!

6 de nov. de 2010

SHALOM, VOCÊ TEM UM "GRANDE" FUNDO DE GARANTIA

No próximo doa 14 o Pr. Cícero fas 50 anos.
Tá velho coitado, acabado, careca, barrigudo, mas com um espírito forte que faz a diferença. E é isso que importa.
Não o tempo que passou, mas o tempo de serviço para Deus. E isso ele tem feito: Servido ao Criador de todo o coração e alma, como da primeira vez.
No domingo que vem você vai ter que olhar para trás e ver:
Que o tempo ficou curto
para executar todos os sonhos...
Que a realidade corre
em sentido contrário a você...
Que os filhos cresceram,
e ainda os chama de crianças...
Que queres o colo da mãe,
mas ela precisam mais que você...
Que algumas comidas fazem mal,
e você fica só na vontade...
Que têm experiência,
mas a juventude está se afastando...
Que já não escolhes tanto,
mas fica na dúvida mesmo assim...
Que a inocência se foi,
e desconfia de tudo e de todos...
Que têm pressa em recuperar o tempo,
mas ele corre bem mais...
Que tem adimiração em olhar a estrela,
mas a visão já não ajuda...
Que pode perdoar bem mais facilmente,
sem rancor, sem raiva...
Que pode deixar coisas sem importância,
e ver melhor a vida...Que busca um amor com mais intensidade,
fugindo da solidão...
Que deu muito tempo ao tempo,
e agora o tempo veio cobrar...
E com certeza o tempo cobra sim...
Antes que ele cobre, vá logo mostrando as contas,
assim pelo menos o impacto será menor...
Contabilize apenas os bons momentos,
debite todas as tristeza, dê crédito a todos os sonhos,
invista em todas as esperanças, enfim,
aplique vida sobre vida...
Somente viver e viver com qualidade é que
vale a pena...
Pois você semeou e têm crédito no Banco Celestial!

 Olhando para seus 50 anos sei que você "viveu a vida" pois, grande parte dela, cerca de três décadas, tem servido ao Rei dos reis e Senhor dos senhores: Jesus Cristo!
FELIZ ANIVERSÁRIO BAIANÃO.

TUDO POR JESUS, NADA SEM JESUS!

Fp 3.7: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo”.
Na versão Linguagem de Hoje, este verso é mais claro ainda: “No passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de Cristo, considero que não tê nenhum valor”.
George Matheson viveu de 1842- 1906. Nascido em Glascow, Escócia, filho de um abastado empresário, sofreu uma crescente perda da visão desde sua meninice.
Aos 18 anos já estava completamente cego. Mesmo assim, mostrou-se aluno brilhante, e foi nomeado ministro da Igreja Livre da Escócia (Presbiteriana), servindo até 1899, quando sua precária saúde o forçou a se aposentar. Muito conhecido, Matheson foi um dos mais destacados ministros escoceses dos seus dias.
Matheson escreveu muitos livros teológicos e devocionais e um livro de hinos denominado Sacred Songs (Cânticos Sacros), em 1890. Ao menos dois destes hinos foram traduzidos para o português. Este, que aparece em muitos hinários evangélicos, e um outro muito profundo: Cativa-me, Senhor, que apresenta o enigma: a vitória real vem através de rendimento incondicional.
Quando sepultaram aquele pregador cego, George Matheson, cercaram sua sepultura de rosas vermelhas, em memória do sacrifí¬cio de amor que fora sua vida. Foi esse homem, tão lindamente honrado, que escreveu:

Ó Santo Amor que não me deixas só!
Descanso em Ti minha alma fatigada.
Dou-Te de volta o que ganhei de Ti
-A vida - pra que em Ti multiplicada
Seja bênção aqui.

Ô Santa Luz que estás a me seguir:
Entrego-Te esta chama arrefecida;
Meu coração Te dá o que recebi,
Pra que em Teu Sol, a chama, renascida,
Resplandeça por Ti!

Ô Santo Gozo que me vens na dor,
Diante de Ti tenho a minha alma aberta!...
Aprendo a ver que a noite nunca é vã,
E que a promessa desejada é certa,
De uma eterna manhã.

Ó Santa Cruz que vens do pó me erguer!
Quero provar-te, ó Cruz, em minha vida.
Glórias terrenas eu sepulto aí
Ao ressurgir terei, imerecida,
Glória vinda de Ti!
Conta uma lenda, que certo artista havia descoberto o segredo de um vermelho extraordinário que nenhum outro conseguia imitar. O segredo de sua cor morreu com ele.
Porém, após sua morte descobriram-lhe no peito uma ferida antiga, sobre o coração. Isso revelou a fonte do inigualável tom de suas pinturas. A lenda ensina que nenhuma grande conquista poderá ser feita, nenhum alto ideal será alcançado, coisa alguma de valor será realizada em prol do mundo, a não ser a preço de sangue vertido do coração.
Lemos em I Pe. 1:18,19Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vosso pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e mácula, o sangue de Cristo,
Quando falamos no precioso sangue de Cristo, entende-se toda a dimensão da salvação do homem de seus pecados. E de como Deus desde o principio providencia os meios, os métodos, os símbolos, os tipos imprimindo em nossas mentes a necessidade do sangue remidor, para nos aproximar de sua presença santa.
… Sem derramamento de sangue não há remissão.” Hb. 9:22.
O sangue de Cristo é o ensino predominante de toda a Bíblia, é o assunto principal, em linguagem direta ou indireta (na forma de metáforas).
O certo é que desde seu início no Éden (Gn. 3.21) até Ap.19.13, a Palavra descreve de forma clara a sua importância no processo da salvação dos homens.

Nas sete parábolas do reino encontradas em Mt. 13 quero destacar uma: a da pérola de grande valor.
Uma das menores (2 versículos) parábolas citadas por Jesus, apenas maior que a do fermento (1 verso).
Citada após a parábola do semeador, muito mais ampla, muito mais pregada e ensinada ele, de maneira simples e objetiva, nos mostra o “valor” da vida com Jesus Cristo.
O comerciante de pérolas finas encontra uma que merece tudo o que ele tem em troca.
Na versão Linguagem de Hoje, o verso 46 diz: “uma pérola que é mesmo de grande valor”.
Jesus é mesmo de grande valor para você?
O que você está disposto a dar em troca?
TUDO POR JESUS CRISTO, NADA SEM JESUS CRISTO!

CORAGEM PARA SER EXAMINADO

Sl. 26: 2
CORRIGIDA: “Examina-me, SENHOR, e prova-me; esquadrinha os meus rins e o meu coração”.
REVISADA: “Examina-me, Senhor, e prova-me; esquadrinha o meu coração e a minha mente”.
ATUALIZADA: “Examina-me, SENHOR, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos
LINGUAGEM DE HOJE: “Examina-me e põe-me à prova, ó SENHOR; julga os meus desejos e os meus pensamentos”.
NVI: “Sonda-me, Senhor, e prova-me, examina o meu coração e a minha mente
BRITÃNICA: “Examina-me, Jeová, e experimenta-me; Põe à prova os meus rins e o meu coração”.
CATÓLICA: “Sondai-me, Senhor, e provai-me; escrutai meus rins e meu coração”.
Hoje e amanhã estará sendo realizado o Enem.
É uma prova individual realizado em todo o Brasil, e tem o objetivo de avaliar os conhecimentos dos alunos que estão concluindo, ou que já concluíram o ensino médio.
Serão provas de ciências da natureza e ciências humanas, de matemática, linguagens e códigos e redação.
O exame terá quatro provas objetivas de múltipla escolha, com 45 questões cada uma, e redação. A novidade este ano serão as questões de língua estrangeira (inglês ou espanhol) na área de linguagens e códigos.
No exame serão testadas as habilidades do aluno em cinco competências:
1) Dominar linguagens
2) Compreender e interpretar fenômenos
3) Construir argumentação
4) Elaborar propostas
5) Solucionar problemas
Por que fazer o Enem?
Nenhum aluno é obrigado a fazer a prova, mas existem vários motivos para fazê-la. O principal é que o exame serve como auto-avaliação para o aluno. Além do mais, a pontuação do aluno adquirida no exame será utilizada no Programa Universidade para todos (PROUNI), e no processo seletivo de faculdades de todo o país.
No texto acima, lido em várias versões, temos um “ENEM” espiritual, ou, pelo menos, a disposição de Davi em ser avaliado.
Analisando as cinco competências do ENEM por uma ótica espiritual, após entendermos os cinco adjetivos (RIM, CORAÇÃO, MENTE, EMOÇÕES E PENSAMENTOS) usados nessas versões, para expressar o querer de Davi, nos ajuda muito na conquista de nossos objetivos.
Rim, coração e emoções representam os nossos desejos.
Mente e pensamentos representam o nosso intelecto.
Davi trata primeiro dos desejos depois do pensamentos (razão, intelecto).
Os impulsos( desejos) devem ser dominados pelo raciocínio (intelecto) para não cairmos em tentações e enganos.
Davi quer ser examinado nos desejos e nos pensamentos. Que coragem!
E ele acredita que será aprovado!
Dominar linguagens: Rm. 8:26.
Compreender e interpretar fenômenos: Ef. 1:11.
Construir argumentação: 1 Pe. 3:15.
Elaborar propostas: Mt. 6: 6, 7 e Tg. 4:3.
Solucionar problemas: Rm. 8: 28-39
Neste mesmo salmo Davi revela porque não temia ser avaliado (provado):
- O amor de Deus o guiava.
- A verdade divina o orientava.
- Ele andavam em boas companhias.
- Vivia com pessoas verdadeiras, autênticas.
- “Andava” em volta do altar (vida de adoração).
- Testemunhava da sua fé.
- Amava a casa de Deus (igreja).
E você? Está pronto para o Enem espiritual?

5 de nov. de 2010

OPERAÇÕES BÁSICAS

Mt 14.13-21
SUBTRAÇÃO DO EGOÍSMO:
Os discípulos não estavam preocupados com a multidão e sim com eles mesmos.
Apesar do seu discurso tão piedoso, eles, na verdade, queriam apenas se livrar daquela gente, pois uma multidão com fome sempre é um grande problema e um tumulto facilmente poderia se desencadear com eles no centro das atenções, e com grandes chances de serem responsabilizados pelo desastre. Em outras palavras, eles estavam sendo hipócritas. Mas Jesus não "engoliu" sua farsa ("A multidão não precisa ir embora" - disse-lhes o Mestre), pois o Nosso Senhor não fará milagres enquanto houver hipocrisia em nossos lábios e em nossos corações.
ADIÇÃO DA RESPONSABILIDADE:
Jesus foi bem enfático: "Dai-lhe vós de comer". O problema da fome das multidões É NOSSO! É nossa responsabilidade. Jesus não fará nenhum milagre de multiplicação enquanto não assumirmos a nossa responsabilidade. Ele vai multiplicar, mas não para mim, para eu satisfazer meus desejos e caprichos, mas para que NÓS tenhamos condições de dar conta das nossas responsabilidades.
DIVISÃO DOS RECURSOS:
Antes de ver a multiplicação, os discípulos tiveram que colocar seus escassos recursos nas mãos de Jesus e vê-lo partindo (dividindo) o pão. Antes de vermos o milagre da multiplicação em nossas vidas, temos que fazer o mesmo. Temos que colocar todos os nossos recursos em suas mãos e deixá-lo dividir à vontade.
MULTIPLICAÇÃO DO QUE FOI DEPOSITADO NAS MÃOS DO MESTRE:
Quando o homem, de todo o seu coração e sem reservas, faz as três primeiras Operações, Jesus, sem pestanejar, faz a última: A tão esperada e maravilhosa multiplicação!
Não vai faltar, nem para você nem para ninguém. Os escassos recursos dos discípulos era insuficientes até para eles mesmos, mas, nas mãos de Jesus, eles se multiplicaram e todo mundo se fartou e ainda sobraram 12 cestos.
Esta ultima operação não seu eu quem realiza, é o Senhor, mas as três primeiras depende de mim!


PODE PEDIR!

Mc. 10:51 "E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista”.
Esta pergunta, nesta passagem, parece tratar de apenas mais uma, das muitas, curas que Jesus realizou enquanto esteve aqui. Mas, se pararmos para meditá-la, veremos quão profundas riquezas o Senhor tem para nós nesta pequena indagação.
Marcos e Mateus declaram que Jesus saia de Jericó, Lucas diz que ele entrava em Jericó. Simples. Havia duas cidades com o mesmo nome, uma ao lado da outra.
Mateus declara que haviam 2 cegos e os demais um. Simples. Apenas Bartimeu se destacou por isso os evangelistas Marcos e Lucas o citam.
O importante é notarmos que aquele homem estava fora da cidade, pedindo esmolas. À margem da vida, totalmente alheio do que acontecia na cidade. Era deixado de lado, esquecido. Muitos o ajudavam com dinheiro, mas não o ajudavam a sair daquele lugar. Na época de Jesus, os que tinham enfermidades eram vistos como amaldiçoados por Deus, por isso eram desprezados.
Ali, quando as pessoas entravam na cidade passavam por ele. Quantas pessoas já haviam passado pela vida daquele homem. Já eram comuns aos seus ouvidos os passos, a falação, o barulho das moedas caindo em seu favor. Mas, no dia em que Jesus passou, ele percebeu que algo diferente estava acontecendo.
Muitos de nós vivemos à margem da vida, da nossa própria vida, mendigando qualquer coisa que as pessoas quiserem nos dar (atenção, amor, respeito, diálogo…). Sentados do lado de fora, percebemos a vida passando por nós e corremos o risco de não vivê-la. É possível que Jesus tenha passado muitas vezes por nós, mas nossa cegueira não nos deixou ver e nossos ouvidos estavam ocupados de mais com outras coisas para ouvir sua voz.
Aquele homem percebeu algo diferente. Ainda não sabia que era Jesus. Mas, teve sua primeira atitude de fé: a curiosidade. A curiosidade de saber por que algo diferente estava acontecendo, fez com que ele saísse do seu lugar e perguntasse a alguém. E a resposta: “É Jesus!” animou de tal forma o coração daquele homem que não pensou duas vezes antes de começar a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”. A esperança tomou conta dele. Sabia que Jesus era o único que podia tirá-lo daquele lugar e condição. Jesus era a promessa e aquele cego, deixado à beira do caminho, entendeu isso.
Era preciso, agora, parar Jesus e fazer com que Ele olhasse e o ajudasse. Gritar foi seu modo. E aquele homem contra tudo e contra todos que estavam a sua volta, tentando o calar, gritou. Gritou até que Jesus parou. O grito do desprezado, marginalizado, cego, mendigo... parou Jesus.
Não importa nossa condição. Jesus parou para o jovem rico, para o mestre da lei, e também parou para o pobre cego que estava à beira do caminho. Por que não ouviria, também, nossa voz? Se o clamarmos de coração, ultima e única esperança da nossa vida, Ele ouvirá e se voltará para nós.
Jesus parou. Ele ouviu o clamor do cego, mas não foi até ele. Jesus poderia ir até onde aquele homem estava, mas desejou que ele saísse do seu lugar. Ajudado por alguns que entenderam que o Reino de Deus é amor e inclusão, aquele homem se aproximou de Jesus e ouviu a pergunta mais esperada de sua vida: “Que queres que eu te faça?”
Durante seu tempo de beira de caminho, com certeza, muitas vezes ele ouviu essa pergunta, mas de uma forma como quem dissesse: “Que queres que eu te faça? Não posso ajudá-lo!” Mas, vinda de Jesus, essa pergunta se torna totalmente nova. Ele sabia que o Mestre falava a verdade e que realmente queira saber como ajudá-lo.
Jesus ouve nosso clamor. Pára e pergunta a nós: “O que queres que eu te faça?”
Quantas coisas se passam em nossas mentes?
Quantos desejos temos?
Quantos sonhos?
Quantas coisas e problemas pra resolver?
Com certeza, tudo isso se passou na mente e coração daquele homem. Poderia pedir dinheiro, riqueza, para que pudesse sair daquele lugar, poderia pedir que as pessoas o amassem que sua família o respeitasse e o recebesse. Muitas coisas.
Mas ele pediu: “Senhor, que eu veja!”. Imaginem as conseqüências desse pedido.
Curado, teria que sair da beira do caminho, não poderia mais mendigar, pois teria condições de trabalhar e assumir a própria vida. Assumir a própria vida.
Conseqüência da cura: ter a responsabilidade de viver. Por isso, Jesus pergunta, quer saber se realmente aquele homem, e nós hoje, queremos receber a cura e, com ela, a responsabilidade de viver.
Muitas pessoas se afastam de Jesus, por que Ele é um Deus que traz a vida, mas que dá a nós a responsabilidade de vivê-la. Muitos já não sabem viver por si só, precisam que as pessoas lhe indiquem o caminho, o sustentem, cuidem de todas as coisas. Mas o nosso Deus não é muleta, nem secretário. Ele cura-nos para que saiamos da condição cômoda e assumamos nossa vida.
Lembro de Jr. 45:5 Procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda carne, diz o Senhor; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores
Das cerca de 32.000 promessas na Bíblia quero enfatizar esta.
Esta promessa é para lugares e situações difíceis. Uma promessa de segurança e vida no meio de fortíssima pressão: uma vida "como despojo". Isto pode bem ajustar-se aos nossos tempos, que estão ficando cada vez mais difíceis à medida que nos aproximamos do fim.
Que significa a "vida como despojo?" Significa uma vida arrancada das garras do destruidor, como Davi arrebatou do leão o cordeirinho. Significa, não o sermos retirados do ruído da batalha e da presença dos inimigos; significa, sim, uma mesa no meio dos inimigos, um abrigo no temporal, uma fortaleza entre os adversá¬rios, uma vida preservada no meio de contínua pressão: a preservação de Paulo quando agravado além das forças, ao ponto de perder esperança até da vida; o socorro divino a Paulo — quando o espinho na carne permaneceu, mas o poder de Cristo repousou sobre ele e a graça de Cristo lhe foi suficiente.
Nosso desejo, nossa oração, deve ser: “Senhor, dá-me a minha vida por despojo”, e hoje, nos lugares mais difíceis, leva-me em vitória.
Muitas vezes oramos para sermos livres de calamidades; e até cremos que o seremos. Mas não oramos quanto ao nosso comportamento na própria presença das calamidades; viver no meio delas, enquanto durarem, na consciência de que estamos seguros e abrigados pelo Senhor; e de que poderemos, assim, permanecer no meio delas enquanto continuarem, sem que nos façam mal.
Por quarenta dias e quarenta noites o Salvador foi guardado ante a presença de Satanás no deserto, e isso, sob circunstâncias de grande provação, uma vez que Sua natureza humana estava enfraquecida pela falta de alimento e descanso.
A fornalha estava aquecida sete vezes mais do que o comum, mas os três hebreus foram guardados no meio das chamas, tão calmos e bem postos como quando na presença do próprio rei antes que lhes viesse a libertação.
A longa noite de Daniel foi assentar-se ele entre os leões. E quando foi retirado da cova, "nenhum dano se achou nele, porque crera no seu Deus". Eles habitaram ante a face do inimigo, porque habitavam na presença de Deus.
Bartimeu pediu e recebeu, pode pedir, mas peça direito!

Pastos verdejantes

Li no Mananciais:
Is. 49:9para dizeres aos presos: Saí, e aos que estão em trevas: Aparecei. Eles pastarão nos caminhos e em todos os altos desnudos terão o seu pasto”.
Brinquedos e jóias sem valor são facilmente obtidos, mas o que é de real valor custa caro. As alturas do poder são sempre compradas a preço de sangue. Você pode obter as mais elevadas vitórias, se tiver sangue bastante para dar por elas. Essa é a condição de conquista das santas altitudes, em toda parte. A história de verdadeiro heroísmo é sempre uma história de sangue e sacrifício. Os mais altos valores da vida e do caráter não são assoprados para o nosso caminho por ventos casuais. As grandes almas têm grandes dores.
Deus me mostrou verdades muito grandes
E eu as amei, tomei-as para mim.
Mas foi no andar diário ano após ano,
Dor após dor e lutas após lutas,
Que elas tomaram posse, então, de mim.

Quando Deus nos coloca em circunstâncias difíceis, que nos obrigam a exercitar fé, nossa capacidade de conhecer a Deus é aumentada. Assim, quando muitas dificuldades assediarem o nosso caminho, demos graças a Deus por Ele estar-Se ocupando de nós, e descansemos completamente nEle.
Não peço de ti, filho meu, grandes coisas,
Mas teu coração.
Pra Mim algo existe que É mais do que coisas:
É ter a ti mesmo;
E ter comunhão.
Não queiras pra ti, filho meu, grandes coisas,
Que todas têm fim.
Que sejas, meu filho, homem de uma só coisa:
Que queiras a Mim.

REGANDO OS POVOS

Mq. 5:7E o remanescente de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho da parte do SENHOR, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem a filhos de homens”.
Se isso vale para o Israel literal, certamente vale para o "Israel espiritual".
Quando os cristãos são o que deveriam ser, são uma benção incálculavel para aqueles com os quais se encontram espalhados.
São como o orvalho, pois de uma maneira tranquila e discreta refrescam aos que estão ao seu redor. Silenciosamente , porem, de forma eficaz, ministram para vida, crescimento e o gozo daqueles que habitam com eles.
Caídos dos céus, reluzentes como diamante ao sol homens e mulheres agraciados atendem aos fracos e aos simples, tratados de forma desprezível pelo "mundo", até que cada folha da erva tenha sua porção de orvalho.
Pequenos como indivíduos, são, quando unidos, suficientemente completos para os propósitos de amor que o Senhor cumpre através deles. As gotas de orvalho conseguem refrescar extensos terrenos.
As pessoas piedosas são como chuvas que chegam ordenadas por Deus sem pedir licença nem autorização dos homens. Trabalham para Deus, seja que os homens desejem isso ou não; não solicitam a permissão humana como tampouco a chuva não o faz.
O "cristão orvalho" existe para servir a Deus servindo as pessoas!
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ALERTA

Li num artigo do Daniel Mastral:
Halloween, ou comumente conhecido como "dia das bruxas", infelizmente é comemorado todo dia 31 de outubro principalmente pelas CRIANÇAS de todo o planeta, que são inocentes e nada sabem sobre o que está por trás disto. Nos EUA, por exemplo, até mesmo os adultos vão ao trabalho vestidos a caráter. Fantasias de monstros, caveiras, fantasmas são comuns na celebração de Halloween.
Temos visto, de uns 15 anos para cá, a mesma cultura sendo infiltrada no Brasil. Parece apenas uma celebração inocente, mas não é. Lembrem-se que Satanás odeia deixar rastros por onde passa. Sempre agirá no oculto, sem ser revelado. Agiu assim durante toda a história da humanidade3, e continua sendo assim até hoje.
A palavra "Halloween" significa "dia da colheita". Mas o que ela significa na realidade é a celebração do louvor máximo a Satanás por parte dos satanistas do mundo inteiro. O filme de terror "Colheita Maldita", por exemplo, é baseado no significado oculto da festa de Halloween.
O alvo de Satanás é atingir crianças, principalmente porque elas são puras de coração e o próprio Senhor Jesus disse a elas que delas pertence o reino de Deus. A grande maioria das escolas infantis absolutamente não tem ciência do fato que está por trás desta comemoração satânica e celebram este feriado, fazendo as crianças se vestirem como bruxas, lobisomens ou qualquer tipo de ser demoníaco. Isto dá legalidade para que Satanás aja livremente sobre as crianças. A chance delas se tornarem adultos violentos, rebeldes, perturbados e corruptos no futuro será muito grande, se a família da criança não usar o poder de Deus para anular esta legalidade.
Fora que, sabemos que Satanás adora matar, roubar e destruir (João 10:10). E neste dia, ao ser celebrado, ele e seus demônios têm legalidade total para matar em massa.
Outro ponto importante é que, em 31 de outubro, é celebrado o sabbath no alto satanismo, quando Satanás em pessoa se materializa e aparece no meio da celebração. No ritual, sacrifício de crianças, jovens e adultos são realizados a pedido do próprio Satanás. Até antes de 1517, o sabbath satânico era comemorado em 9 de março.
Em 31 de outubro de 1517, Martin Lutero iniciou na Alemanha a reforma da Igreja e publicou suas 95 teses denunciando a contaminação da Igreja Medieval. Lutero teve acesso às Escrituras Sagradas, coisa que o povo não tinha, já que Satanás até então contaminou de tal modo a Igreja que os cultos eram realizados em latim, dificultando o entendimento do povo, e somente os altos sacerdotes da Igreja podiam ler as Escrituras Bíblicas.
Lutero, ao ler as Escrituras, entendeu e publicou que a salvação é por meio da fé em Jesus Cristo, não por pagamento de indulgências à Igreja ou adoração a relíquias da Igreja na época. Lutero foi considerado um imprevisto para Satanás que tinha a Igreja contaminada em seu total controle naquela época.
Como forma de vingança e retaliação, o alto satanismo passou a comemorar o sabbath em 31 de outubro (o mesmo dia em que Lutero publicou as 95 teses).
No dia da comemoração da Reforma Protestante é comemorado também o Dia das Bruxas.

AJUDA BENDITA

Rm 8.26,27: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos”.
Este é o grande mistério da oração. Este é o delicado mecanismo divino que as palavras não podem interpretar e que a teologia não pode explicar, mas que o humilde cristão conhece, mesmo sem entender.
Ah! os pesos de oração que carregamos, mesmo sem os entender!
Quantas vezes o nosso coração se derrama sem mesmo articular palavras, com uma intensidade que nem podemos compreender!
E contudo, sabemos que isto é um eco do trono e um segredar do coração de Deus. É muitas vezes antes um gemido do que um cântico, um peso, mais que um vôo. Mas é um peso bendito, e um gemido cujos meios-tons encerram louvor e um gozo inexprimível.
É um gemido inexprimível, como diz o texto. Nós mesmos não o podemos expressar sempre, e às vezes não podemos senão entender que é Deus que está orando em nós por algo que precisa do Seu toque, e que Ele entende.
E assim podemos simplesmente derramar tudo o que está no nosso coração, o peso que oprime nosso espírito, a tristeza que nos esmaga, sabendo que Ele ouve, Ele ama, Ele entende, Ele recebe; e Ele separa da nossa oração tudo o que é imperfeito, ignorante e errado, e apresenta o restante como o incenso do grande Sumo Sacerdote, diante do trono, nas alturas; e a nossa oração é ouvida, aceita e respondida em Seu nome.
Não é necessário estar sempre falando com Deus e ouvindo Sua voz, para estarmos em comunhão com Ele. Há uma comunhão inarticulada, mais doce do que palavras.
A criança pequena pode sentar-se o dia inteiro ao lado da mãe atarefada e, embora poucas palavras sejam trocadas e ambas estejam ocupadas — uma com os brinquedos, e outra com o serviço — podem ambas estar em perfeita comunhão.
A pequena sabe que a mãe está ali, e sabe que está tudo bem. Assim, o santo e o Salvador podem passar horas em silenciosa comunhão de amor; mesmo ocupado com as coisas mais comuns, ele está consciente de que cada coisa pequena que faz é tocada pela cor da Sua presença e o sentimento da Sua aprovação e bênção.
Então, quando pressionados por fardos e dificuldades complicados demais para serem postos em palavras, ou misteriosos demais para serem expressos ou compreendidos, como é bom cair nos Seus braços de amor e simplesmente soluçar ali a tristeza que não pode¬mos exprimir!
Todavia, mesmo tendo este recurso divino, não aproveitamos, não usamos ele. Muitos vivem uma vida sem receberem esta graça, este dom. Apenas articulando palavras, limitadas, tendenciosas, que não expressam realmente o que necessitam.
Quantas vezes elas nos faltam, fogem de nossos lábios.
Não sabemos de fato o que precisamos. Sabemos o que queremos no momento, mas é o melhor para nós?
No serviço contamos com o encarregado para interceder em nosso favor ante o patrão num pedido de aumento ou melhores condições de trabalho.
Na escola contamos com o professor para interceder por nós diante da diretoria.
Em casa, o pai ou a mãe diante do cônjuge para nos dar mais dinheiro, menos tarefas.
Todos eles podem ter sucesso ou não.
E, nos assuntos realmente importantes, diante do Criador, deixamos de lado o Intercessor.
Que loucura! Principalmente porque o intercessor é “um” com o Criador!
A maioria de nós enfrentará circunstâncias difíceis nas nossas vidas. Quando isso acontecer, é possível que sintamos que nossas orações estão batendo no teto.
Nossas palavras parecerão vazias e inúteis. Parece que não conseguimos verbalizar o que está nos nossos corações. Sentimos que nossas palavras são ineficazes e insuficientes.
Então, o que fazer? Confiamos nessa promessa.
Chegamo-nos a Deus em oração! Mesmos quando não temos as palavras para dizer, oferecemos nossos corações a Ele, confiando que o Espírito Santo leva esses pensamentos, emoções e frustrações inarticuladas a Deus.
O Espírito faz conhecido o nosso coração a Deus, intercedendo por nós de acordo com a vontade de Deus. Mesmo quando não temos as palavras, o Espírito faz conhecidas as nossas necessidades. Que graça e segurança!

BENEFÍCIO DA DOR

Li no Mananciais no Deserto:
 Ez 1.1,3Estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu vi visões de Deus... e ali esteve sobre ele a mão do Senhor”.
            Não há comentarista da Escritura que seja tão valioso como o "cativeiro". Os velhos Salmos soam com nova profundidade e paixão aos nossos ouvidos, quando nos sentamos junto aos rios da Babilô­nia; vibram para nós com nova alegria, quando saímos do nosso cativeiro "como as correntes no sul".
            O homem que passou por muitas aflições não abrirá mão facilmente do seu exemplar da Bíblia. Aos olhos dos outros o seu livro poderá parecer idêntico a outros livros, mas não para ele. Pois sobre as páginas da sua velha Bíblia marcada de lágrimas, ele escreveu, com caracteres visíveis só a seus olhos, o registro de suas experiências. E aqui e ali ele chega às colunas de Betei ou às palmei­ras de Elim, que são para ele memoriais de algum capítulo crítico de sua história.
            Para sermos beneficiados através do nosso cativeiro, precisamos aceitar a situação e torná-la no melhor meio possível de lucro. Ficar indignado porque uma coisa nos foi tirada ou porque fomos tirados daqui ou dali não irá melhorar nada, irá, sim, impedir-nos de melhorar o que nos resta. Se esticarmos a linha, o nó ficará ainda mais cego.
            O cavalo que não se submete ao cabresto, acaba estrangulando-se na própria baia. O animal muito fogoso, que se agita sob o jugo, apenas fere o dorso.
            É conhecida a diferença entre o impaciente estorninho, que bate as asas contra a gaiola, gritando, como a dizer: "Não consigo sair! Não consigo sair!", e o dócil canário, que canta na sua prisão.
            Nenhuma calamidade poderá ser vista como somente um mal para nossa vida, se a levarmos diretamente a Deus em fervente oração. Pois assim como alguém que se abriga sob uma árvore pode encontrar nela inesperados frutos, assim quem se refugia sob as asas de Deus sempre encontrará nEle muito mais do que já tinha visto ou conhecido.
            É assim que, através das nossas provas e aflições, Deus nos dá novas revelações de Si mesmo; e o vau de Jaboque nos leva a Peniel, onde, como resultado da luta ali travada, vemos a Deus "face a face" e a nossa vida é salva. Você que está em algum cativeiro, tome isto para si; e o Senhor lhe dará "cânticos na noite" e mudará "a sombra da noite em manhã".
            Submissão à vontade do Senhor é o mais macio travesseiro.

FINADOS


No dia de Finados muitos vão ao cemitério. Como sinal de consideração,  gratidão e saudade pelos que um dia estiveram conosco, porém já partiram, costuma-se levar flores para colocar sobre o túmulo. Com este gesto, afirma-se a fé e a esperança na ressurreição da vida. Flor é vida. Ao colocarem flores sobre o túmulo estão afirmando que a morte não é o fim. Em Cristo, há vida eterna! Cremos na ressurreição!
Muitas vezes caminhei entre os túmulos do cemitério para ler as epígrafes nos túmulos. Em muitos túmulos encontrei mensagens de fé e esperança, através do símbolo da cruz, de pensamentos e textos bíblicos.
Como nesses dias estamos mais intensamente lembrando dos nossos entes queridos que já partiram, quero compartilhar com você dois pensamentos encontrados em túmulos e alguns textos da Bíblia que falam sobre a questão da morte. Eles servem para uma reflexão pessoal. Os pensamentos são os seguintes: "Saudade não quer dizer que estamos longe, mas que um dia estivemos perto"; "a dor de tê-lo perdido, não deve fazer-nos esquecer a alegria de tê-lo tido conosco e a esperança de reencontrá-lo". Esses dois pensamentos nos lembram de que se perdemos alguém é porque um dia o tivemos conosco.
E muitos não tiveram essa felicidade. Por isso, não devemos sentir só a dor da perda, mas devemos ser agradecidos pela graça de termos tido quem perdemos.
Existem muitos problemas e tribulações que vêem sobre o cristão nesse "vale de lágrimas", mas nenhum deles é tão perturbante como a morte. A morte é algo que lança temor no mais forte coração, pois é o fim dessa vida terrena. Na morte o corpo se dissolve e volta ao pó, e com essa dissolução do corpo tudo o que pertence à nossa vida terrena é destruído.
Além do mais, não há como escapar das garras da morte. Com a exceção daqueles que estarão vivos no retorno de Cristo, todos devem morrer. Deus diz: "… aos homens está ordenado morrerem uma vez…" (Hb. 9:27). Isso é verdade do jovem, bem como do velho. Não sabemos o dia, nem a hora quando Deus nos dirá: "Esta noite te pedirão a tua alma" (Lc.12:20). Qualquer um de nós pode morrer a qualquer momento.
Tudo isso faz da morte uma coisa muito assustadora. Para muitas pessoas ela é algo a ser temido. O próprio pensamento da morte enche seus corações de terror. A antecipação da morte traz sentimentos tais como desespero e desesperança, e as pessoas farão quase tudo para evitar sua inevitabilidade.
Contudo, para o cristão as coisas são diferentes. Ele não teme a morte. Com o salmista ele diz: "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum…" (Sl. 23:5). Mesmo que esteja andando no "vale da sombra da morte," ele não teme. Ele sabe que a morte não é o fim de tudo para ele. Ele não morre como a besta do campo. Não morre como alguém sem esperança. Pela graça ele crê que Deus lhe deu a vida eterna, e que a morte é o meio pelo qual ele passa para uma experiência mais gloriosa dessa vida. "Tragada foi a morte na vitória" (1Co. 15:54).
A esperança do cristão está fixa no dia do retorno do nosso Senhor, e na ressurreição do seu corpo dentre os mortos. Embora seu corpo retorne ao pó, o mesmo não permanecerá nessa corrupção. Ele será levantado dentre os mortos. O corruptível se vestirá de incorrupção, e o mortal de imortalidade. "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro" (1Ts. 4:16).
Essa é uma das razões pelas quais o cristão espera avidamente a vinda de Cristo. Ele anseia pelo dia quando será transformado "num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta" (1Co. 15:52). Nesse momento glorioso todos do povo de Deus serão glorificados e entrarão na bem-aventurança dos novos céus e nova terra. Assim, a oração diária de todo filho de Deus é: "Ora vem, Senhor Jesus" (Ap. 22:20).
Mas isso não é tudo. A esperança dos cristãos não é somente que ele será ressuscitado dentre os mortos quando Cristo retornar, mas que após a morte ele entrará imediatamente na presença de Cristo. O filho de Deus espera Cristo vir na morte para levá-lo ao céu, da mesma forma que espera ele vir no final do mundo. Embora o corpo retorne ao pós e não será ressuscitado até o último dia, na morte, a alma é levada ao céu. Na morte, o cristão desfruta conscientemente da bem-aventurança de estar com o seu Senhor e Salvador.
Embora essa verdade seja muito confortadora, ela é negada por muitos que professam ser cristãos. Por exemplo, os católicos romanos crêem que na morte as almas da maioria dos crentes irão para o purgatório, e permanecerão ali por um tempo considerável antes de irem para o céu.
Existem alguns que crêem no que é chamado "sono da alma." Na morte, a alma entra num estado de sono, no qual a pessoa está inconsciente quanto a tudo. Ela permanece nesse sono até o dia da ressurreição, quando uma vez mais sua alma é unida ao seu corpo.
Outros ainda acreditam na reencarnação, mesmo que esta crença esteja em desacordo com a Palavra de Deus.
Contudo, a Bíblia deixa muito claro que nenhuma dessas visões é correta. Todo cristão pode ter conforto no fato que quando morre, sua alma vai imediatamente para o céu.
Vemos isso a partir das palavras pronunciadas por Cristo ao ladrão sobre a cruz. Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc.23:43).
Jesus não disse que o ladrão estaria com ele no paraíso após uma longa estadia no purgatório. Nem disse que o ladrão entraria em algum tipo de sono até a ressurreição e muito menos que ele voltaria para a terra! Não! Jesus deixou muito claro que o ladrão estaria com ele no céu no mesmo dia em que ambos morreram. Na morte, o ladrão iria para o céu.
Da mesma forma, o apóstolo Paulo cria que na morte o cristão vai imediatamente para o céu. Em 2 Co. 5:1, ele diz: "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus."
Quando nossa "casa terrestre" – o corpo e tudo o que pertence à nossa vida terrena – se dissolver na morte, não seremos deixados nu. Há "de Deus um edifício" no céu, no qual habitaremos. Essa não é a ressurreição do corpo, mas um estado celestial de glória que o cristão entra na morte. Ele não entra no purgatório quando morre, ou em alguma outra moradia que não o céu. Nem ele dorme ou retorna a esta vida terrestre. Ao morrer entra na glória do céu.
Não deveria nos surpreender, portanto, que o apóstolo diria também: "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho" (Fp. 1:21).
Que ganho haveria se na morte o cristão fosse para o purgatório? Que ganho existiria, se sua alma entrasse num estado de inconsciência? Que vantagem há em retornar a esta vida de sofrimento para "morrer" outra vez? Mas visto que a alma vai para o céu imediatamente após a morte, a morte é ganho. Para o cristão, a morte é a passagem que o leva desse "vale de lágrimas" para a glória do céu.
No céu o cristão não experimentará nunca mais o pecado, sofrimento e tristeza. Todas essas coisas não mais existirão. Não haverá nenhum velho pecador. Finalmente o cristão estará completamente livre da sua natureza má, de forma que será impossível que ele peque. Com o fim de seu pecado, findará também tudo o que o seu pecado traz – o sofrimento e a tristeza desta vida.
Visto que está no céu, e não na terra, ele não mais enfrentará a perseguição e crueldades dos ímpios. Sua alma estará em descanso, como a voz do céu proclama: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem" (Ap. 14:13).
No céu o cristão experimentará a bem-aventurança da comunhão com todos os outros santos que morreram e foram para o céu. Jesus diz: "… muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus" (Mt. 8:11).
Quando o cristão morre, ele vai para o "seio de Abraão," onde se assentará com Abraão, Isaque, Jacó e todos os santos que foram para lá antes dele. Ele se reunirá com os seus amados que morreram no Senhor. O céu será como um grande banquete, no qual o povo de Deus desfruta da companhia uns dos outros, e se regozijam na bem-aventurança da sua salvação.
A esperança do céu, contudo, é muito mais que comunhão com os santos. No céu o cristão experimentará a bem-aventurança da comunhão com Cristo, e em Cristo, comunhão com Deus.
O apóstolo nos ensina que "enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor" (2Co. 5:6). Isso porque o Senhor está no céu, e nós na terra. Mas "deixar este corpo" é "habitar com o Senhor" (2Co. 5:8). Quando o cristão morre e vai para o céu, ele entra na presença de Cristo. Ele vê Cristo em todo lugar e sempre. Ele o vê como nunca o viu antes, pois o verá face a face.
Assim, na morte o cristão entra numa experiência maior do pacto da graça. Ele conhece o amor e a graça de Deus como nunca conheceu antes. Ele anda e fala com Deus de uma forma mais íntima e amorosa. Ele sabe, sem a menor sombra de dúvida, que Deus é o seu Deus e que habitará com ele agora e para sempre. Seu coração está cheio, transbordando em louvor e adoração a Deus.
Não estamos dizendo que na morte o cristão entra em seu estado final de glória. Devemos lembrar que na morte o corpo do cristão ainda está no túmulo, os céus e a terra ainda não terão sido feitos de novo, e os santos de Deus não estarão todos reunidos. Todavia, esse estado intermediário da alma é o princípio dessa glória eterna que nos espera. É algo que deve dar grande conforto a todos do povo de Deus. No meio de todas as tristezas que pertencem à morte, o cristão tem uma esperança maravilhosa. Ele sabe que está indo para o céu!
Entre os muitos textos que existem na Bíblia, destaco os seguintes:
"Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" (1 Co 15.19).
"Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos" (Sl 116.15).
"Porque estou certo de que nem a morte poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 8.38-39)
"Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu; para ser o Senhor, tanto de mortos como de vivos' (Rm.14.7-9).
"Disse Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente. Crês isto" (Jo 11.24-25)
"Eis a morada de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram"(Ap 21.3-4).
Nós, como todos os filhos de Deus, damos um último suspiro antes do próprio funeral. O que, pela perspectiva de Deus, não é nada para se angustiar. Ele responde a estes graves acontecimentos com esta grande notícia: “O dia da morte é melhor do que o dia do nascimento” (Ec.7:1).
Agora há uma virada. O céu se alegra com uma reação de maternidade a funerais. Os anjos vêem os enterros dos corpos do mesmo jeito que os avós monitoram as portas das salas de parto. “Ele sairá a qualquer minuto!” Eles mal podem esperar para ver a pessoa que está chegando.
Enquanto nós dirigimos carros funerários e vestimos preto, eles estão pendurando fitas rosa e azuis e distribuindo charutos. Nós não nos angustiamos quando bebês entram no mundo. As hostes celestiais não
choram quando nós o deixamos. Que conforto isso me trás!
... A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nos enquanto vivemos..."
"...A morte é vida para que está vivo em Cristo..".
"...Se morremos estando mortos espiritualmente, morreremos eternamente. Se, contudo, morremos estando vivos com Jesus, viveremos eternamente..."