20 de ago. de 2010

ONDE HÁ TREVAS A LUZ ENTRA E ONDE HÁ LUZ AS TREVAS NÃO ENTRAM!

Eu ouvi esta expressão no evento de cura interior e libertação que tivemos na semana passada e gostei muito. 
Em Jo. 1:4,5 leio "A palavra era a fonte da vida, e essa vida trouxe luz para todas as pessoas. A luz brilha na escuridão, e a escuridão não conseguiu apagá-la".
Numa meditação rápida, vejo que este texto esclarecedor mostra esta verdade grandiosa: Jesus, o Verbo vivo, tem todo o poder!
Nada e ninguém pode suplantá-lo, vencê-lo, ultrapassá-lo. Ele é o criador de todas as coisas!
Essa verdade traz segurança, confiança e esperança.
Segurança em quem ele é. Confiança no que ele pode fazer. Esperança nas suas promessas. 
Agora, é legal ver a declaração feita, nos versos seguintes, sobre João Batista: "Ele foi enviado para falar a respeito da luz. Ele veio para que por meio dele todos pudessem ouvir a mensagem e crer nela. João não era a luz, mas veio para falar a respeito da luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas"
É isso que eu quero ser: Uma pessoa que fala a respeito da luz sem que os holofotes estejam sobre mim, e sim sobre a minha mensagem!
Jesus é a luz que ilumina o homem. Jesus é o caminho que direciona o homem. Jesus é o destino de todo homem.
Basta a concordância da vontade do homem!



OS ENGANOS E AS OPORTUNIDADES DO PÓS- MODERNISMO

Introdução:
A segunda metade do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na história do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias de comunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram mudanças paradigmáticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituições.
De modo geral, as críticas apontam para as raízes da maioria dos conceitos sobre o Homem e seus aspectos, constituídas no século XV e consolidadas no século XVIII.
A Modernidade surgida nesse período é criticada em seus pilares fundamentais, como a crença na Verdade, alcançável pela Razão, e na linearidade histórica rumo ao progresso.
Para substituir estes dogmas, são propostos novos valores, menos fechados e categorizantes. Estes serviriam de base para o período que se tenta anunciar, no pensamento, na ciência e na tecnologia, de superação da Modernidade. Seria, então, o primeiro período histórico a já nascer batizado: a Pós-Modernidade.
Desenvolvimento:
Diversos estudos do mundo urbano globalizado coincidem ao reconhecer traços comuns da cultura contemporânea que exercem forte influência sobre a juventude e os adultos. Eis alguns aspectos:
- Centralidade das emoções e relativização dos valores e das tradições.
Funcionam escolhas de experiências sem critérios absolutos. Valoriza-se mais o flexível, o momentâneo, anseia-se gozar o momento presente, com poucas perspectivas para o futuro. Têm-se dificuldades com o silêncio interior.
- Uma geração de pouca leitura, de debilidade intelectual, uma geração de imagem, acostumada a estímulos constantes para manter sua atenção.
Uma geração “zapping” com controle remoto na mão, mudando de canal em canal para encontrar novos estímulos. Ao mesmo tempo, há necessidade de levar em conta que talvez esteja havendo mudança nos modos de ler, por exemplo, através da Internet.
- A não-crença em compromisso definitivo, nem na vida religiosa, nem na vida familiar.
Tudo isso afasta e amedronta. Muda-se o modo de enfrentar os compromissos, há grande dificuldade e medo em se escolher uma faculdade, uma profissão… em definir um projeto de vida.
- Opção por relações interpessoais e horizontais.
Preferência por relações democráticas de tolerância horizontal e aberta. Os grupos de amigos são mais valorizados do que as relações familiares. Há uma rebeldia diante de instituições retrógradas e uma impaciência com autoridades despóticas. Percebe-se também o sentimento de pertença nas motivações e experiências horizontais e democráticas, menos segregação racial e situações preconceituosas e maior tolerância e sensibilidade a múltiplas formas de vida.
- Fragmentação da identidade, isto é, maior confusão quanto à imagem de si mesmo.
Os jovens buscam o anonimato e distanciam-se de relações estáveis.
- Maior entrosamento entre os gêneros masculino e feminino.
Encontram-se homens que vivenciam harmoniosamente traços da feminilidade e mulheres que entram no mercado da força de trabalho em crescente igualdade de condições. Por isso, maior aceitação do homossexualismo e do modelo unissex de vestuário.
- Enfoque da subjetividade.
Está centrado quase unicamente nos seus problemas e necessidades pessoais.
- Desinteresse pela macro-política e grandes estruturas.
Há uma maior inclinação diante das pequenas transformações de ideais culturais do que de grandes obras ou revoluções. Individualista (e não solidária), conservadora (e não progressista), alienada (e não engajada), apática (e não participativa).
- Preferência pelo sincretismo religioso e pelas formas religiosas ecumênicas.
Maior liberdade de expressão e dificuldades em viver vinculado a valores institucionais, a uma estrutura de paróquia e à figura de autoridade. Há uma volta ao sagrado, mas um sagrado mais privado, mais light, menos exigente.
- Tendência ao hedonismo e vulnerabilidade psicológica.
Dificuldade de elaboração de momentos de frustração, do tempo de espera, das angústias, e opção preferencial pelo prazer e pela felicidade, entretenimento e consumo imediato. Não questiona a sociedade de consumo. Frente aos desafios e obstáculos que a vida coloca no caminho, a tendência é desistir. Busca-se imperativamente a felicidade.
O home pós-moderno é “Um sujeito solto, sem rumo, arrastado pelos neurolépticos, pelo consumo metonímico, pela imagem narcisista, pelo massacre da mídia, pela velocidade do tempo urbano e pela religião espetáculo…”.
- Papel dos adultos.
Para Maria Rita Kehl, a vaga de adulto, em nossa cultura, está desocupada. (“Juventude e Sociedade do Projeto Juventude”). Outros teóricos dizem que a cadeira está ocupada por um adulto diferente, ainda não decifrado.
- Ausência dos pais.
Os jovens externam a percepção de que os pais estão ausentes e alguns já sinalizam que as coisas poderiam melhorar na estrutura familiar, porque os papéis não estão sendo devidamente assumidos ou a liberdade anda excessiva, ou o tempo de convivência está ficando cada vez mais restrito.

O pensamento Pós-Moderno esvaziou a religião formal.
Na Pós-Modernidade, a fé deixou a dimensão pública e restringiu-se à esfera privada.
Na tentativa de se libertar de uma cultura religiosa com padrões morais absolutos, o indivíduo pós-moderno criou uma religiosidade interiorizada, subjetiva e sem culpa.
As pessoas querem optar pela sua “preferência” religiosa sem ser importunadas por opiniões contrárias. Os critérios que orientam essas escolhas são todos íntimos e subjetivos. Semelhantemente, também não tentarão impor sua nova opção de fé a ninguém.
Na Igreja, o que antes era convicção, hoje é opção. Os mandamentos divinos passaram a ser sugestões divinas. A igreja é orientada por aquilo que dá certo e não por aquilo que é certo. O pragmatismo missionário e o “novo poder” da igreja (político, econômico, tecnológico, etc) esvaziou o significado da oração e seu espaço na tarefa da igreja. Confiamos mais em nossos recursos e menos em Deus, super estimamos o poder de César e subestimamos o poder de Deus. As ferramentas ideológicas e tecnológicas tornaram-se mais eficientes que a comunidade e a comunhão.
Encontramos a versão evangélica da pós-modernidade em algumas denominações do neo-pentecostalismo. Este ramo do protestantismo possui diversos traços de continuidade cultural com o catolicismo popular latino-americano. Continuidade que muitas vezes desemboca em sincretismo e no reforço de práticas e concepções corporativistas. O protestantismo ou os evangélicos ortodoxos (fiéis a igreja primitiva), por sua vez, é a religião da escrita, da educação cívica e racional. Favorece uma cultura política democrática e promove uma pedagogia da vontade individual.
Entende-se por “evangélicos tradicionais” todo o conjunto de instituições religiosas surgidas em conseqüência da Reforma Religiosa do século XVI, muitas avivadas pelo derramar do Espírito Santo no início do século XX, e que procuram manter os princípios básicos que formam o princípio protestante da liberdade: a justificação pela fé, a “sola scriptura”, o livre exame da Bíblia e o sacerdócio universal de todos os cristãos.
Hoje em dia é difícil incluir entre os protestantes alguns setores do neo-pentecostalismo. Esta é a opinião do Dr. Ricardo Mariano que analisou os modernos movimentos neo-pentecostais e segundo ele:
“O neo-pentecostalismo, o responsável pela “explosão protestante”, à medida que passa a formar sincretismos, a se autonomizar em relação à influência das matrizes religiosas norte-americanas, a promover sucessivas acomodações sociais, a abandonar práticas ascéticas e sectárias, a penetrar em novos e inusitados espaços sociais e a assumir o status de uma grande minoria religiosa, cada vez menos tende a representar uma ruptura com a cultura ambiente. Tende, pelo contrário, a mostrar-se menos distintivo, mais aculturado, mais vulnerável à antropofagia brasileira e, portanto, cada vez menos capaz de modificar a cultura que o acolheu e na qual vem se acomodando”.
Alguns grupos neo-pentecostais, pelo contrário, provêm da cultura religiosa do catolicismo popular, corporativista e autoritário. É a religião da lábia, do engano e da corrupção. Ele favorece o analfabetismo bíblico. Esta nova religiosidade evangélica é um tipo de ocultismo, recheado de citações bíblicas. Muitas igrejas há muito deixaram de ser evangélicas, tornando outra forma de expressão religiosa, distante do pensamento protestante e reformado.
Uma das rupturas mais sérias desses grupos com o pensamento protestante é o uso da Bíblia. No Protestantismo a Bíblia é sua última autoridade, não a tradição ou personalidades importantes ou mesmo a experiência espiritual, enquanto que alguns do neo-pentecostalismo enfatiza o uso mágico da Escritura. Para esses, a Bíblia é mais um oráculo a ser consultado do que a única regra de fé e prática.
Em Brasília, um jornal local publica semanalmente um anúncio estranho: “Revela-se por Profecia” (sic). A promessa por trás dessa mensagem é a solução imediata dos problemas, dos encostos e das maldições, tal como as inúmeras videntes que infestam os grandes centros urbanos. Normalmente nestas sessões, a vidente se posta diante do pedinte com uma Bíblia aberta. A intenção é encontrar “na palavra” a solução para os problemas. Os versos bíblicos são interpretados fora de contexto, sempre na busca de uma “palavra de bênção”.
Nesses movimentos, as doutrinas bíblicas foram rejeitadas e substituídas por um falso evangelho centralizado no homem. Boa parte da pregação é um mero exercício de auto-ajuda, com a intenção principal de acalmar a consciência pecaminosa com promessas de riqueza e bem-estar. Contudo, o mandamento para todos os ministros cristãos, ainda continua sendo, prega a palavra (I Tm. 4:1), em lugar disso, os pregadores se transformaram em animadores de auditório.
O que fazer?
Nossa tarefa apologética para esta era pós-moderna é restaurar a confiança na verdade. A Bíblia continua sendo a Palavra de Deus. A Bíblia é um documento inspirado da revelação divina, quer este ou aquele indivíduo receba ou não o seu testemunho. Devemos, pois, respeito e obediência à Bíblia, não por ser letra fixa e estática, mas porque, sob a orientação do Espírito Santo, essa letra é a Palavra viva do Deus vivo dirigida não só ao crente individual, mas à Igreja em geral.
A igreja precisa rever sua atuação, olhando para o Senhor Jesus e lançando-se humildemente de volta às Escrituras, resgatando sua identidade e o seu chamado. Se abrirmos mão da Palavra de Deus como verdade absoluta, correremos sérios riscos diante de uma sociedade sem referenciais, mas principalmente diante de um Senhor zeloso que rege a história e têm em suas mãos todo o domínio e todo o poder.
Reflexão sobre as possibilidades de evangelização eficaz na pós-modernidade.
Antes de qualquer outra coisa, é preciso lembrar que a pós-modernidade não atinge a todos e todas igualmente. Vivemos em tempos históricos diferentes, embora estejamos na mesma data do calendário ocidental. Há pessoas cujas estruturas de pensamento são tipicamente modernas, e até mesmo pré-modernas. Além do mais, nunca somos uma coisa só.
Somos um complexo de tudo o que herdamos da genética e da cultura com o encaminhamento pessoal que damos a essa herança biosocial. Assim, o que se fala aqui são pistas para serem levadas em conta na hora de pensar as estratégias, não uma receita que serve para todos e todas em todos os lugares. O mundo pós-moderno é plural e exige pluralidade de abordagens para ser alcançado pelo evangelho.
Ao invés de lamentar o passado que não volta, parece ser mais efetivo aproveitar as oportunidades que a pós-modernidade oferece, em vez de ir para a trincheira e gastar as forças lutando contra o que de fato não é o inimigo. Mesmo porque independentemente de se gostar ou não da pós-modernidade e suas características, isso não vai impedir a pós-modernidade de acontecer. Os movimentos históricos acontecem conosco ou sem nós.
Então, não adianta espernear, ficar com saudosismo, o melhor é achar as fissuras para nelas introduzir o evangelho.
Seguem abaixo algumas possibilidades sobre estratégias e ações de evangelização:
• Identificar o grupo para o qual se está anunciando.
Não é muito producente falar com formados nas áreas das humanas com um discurso absolutista, triunfalista e arrogante, do tipo: está provado que Deus existe. Mesmo porque as provas racionais hoje têm cedido lugar para as crenças. Assim, mesmo que se perceba certa coerência lógica e racional, alguns discursos são rejeitados porque não atingem a condição existencial.
• Lembrar que a nossa tarefa é tirar os entraves que impedem as pessoas de crer.
Somos uma espécie de lavradores: nosso trabalho é limpar o terreno para que a lavoura possa ser semeada. Isto é, demonstrar que faz sentido acreditar em Deus e ter uma vida com ele. Todavia, não se deve esquecer que o fazer sentido passa pelo sentido existencial, não simplesmente intelectual.
• Oferecer condições de culto em que a experiência com o sagrado esteja presente.
Devemos lembrar que conquanto tenha implicações éticas, o cristianismo não se define pela normatização da vida, mas pelo relacionamento com a pessoa de Cristo. O culto não pode se transformado em aulas nem apelar simplesmente para a razão. O intuito do culto não é simplesmente proporcionar compreensão, mas relacionamento, um estar-diante-de- Deus e com a comunidade de fé.
• Oferecer um sistema simbólico coerente para ordenar a vida das pessoas.
Lembrar que enquanto os símbolos que orientam a vida de uma pessoa não estão em crise, essa pessoa não estará disposta a aceitar outros símbolos, mas quando isso acontecer, é a oportunidade e Cristo deve ser anunciado. Todavia, não insistir ou perder tempo com o fruto verde, colher o fruto maduro.
• Pregar para a pessoa toda, não simplesmente para o intelecto.
Mesmo porque o viés pelo qual a pessoa pós-moderna vive a religião não é primariamente racional, mas emocional. Celebração e emoção são partes da vida humana. O cristianismo não pode ser apresentado como algo triste e enfadonho. Não devemos eternizar a tristeza da sexta-feira da paixão, mas a alegria do domingo da ressurreição.
Permitir que o Deus bíblico tome o lugar do Deus onto-teo-lógico.
Por exemplo, no Antigo Testamento Deus não é representado, nem por imagem, nem por conceito. Entretanto, a teologia cristã posterior transformou as metáforas sobre Deus em definições sobre Deus. A teologia vetero-testamentária não tinha a pretensão de achar que conhecia racionalmente a Deus. Tinha humildade em reconhecer Deus como incognoscível.
• Ter um discurso coerente com a prática.
As pessoas pós-modernas estão dispostas a aceitar quase tudo devido sua ênfase no pluralismo e na relatividade, mas continuam não aceitando a incoerência daqueles que se definem de um jeito e vivem de outro. O testemunho sincero, sem farisaísmo, sem falsa santidade e o desenvolvimento de relações humanas verdadeiras são eficazes sempre. Os cristão são o quinto evangelho, na prática mais “lido” que os outros quatro. A questão é: o que é lido em nós!
Ao evangelizar, não passar a impressão de superioridade.
Isso não quer dizer que não se acredita que o cristianismo possa ser a melhor resposta. Quer dizer que você não se porta como o único dono infalível da verdade. Isso cria barreiras e resistência, dificultando a pessoa de aceitar o que você anuncia.
É preciso viver “o evangelho de modo pós-individualista, pós-racionalista, pós-dualista e pós-noeticêntrico.”
Pós-individualista.
Tendo por foco a comunidade, o mundo pós-moderno nos estimula a reconhecer a importância da comunidade de fé em nossos esforços evangelísticos. Os membros da nova geração, geralmente, não se impressionam com nossas apresentações verbais do evangelho. O que desejam ver são pessoas que vivenciam o evangelho em relacionamentos integrais, autênticos e terapêuticos. Centrando-se no exemplo de Jesus e dos apóstolos, o evangelho cristão da era pós-moderna convidará outras pessoas a participarem da comunidade daqueles cujo alvo de lealdade maior é o Deus revelado em Cristo.
Pós-racionalista.
Isso significa que não podemos simplesmente comprimir a verdade nas categorias de certeza racional que são típicas da modernidade. Em vez disso, ao entender e expressar a fé cristã temos de dar espaço para o conceito de “mistério” – não como complemento irracional ao racional, mas como algo que nos lembra que a realidade fundamental de Deus transcende a racionalidade humana.
Pós-dualista.
O projeto iluminista ergueu-se com base na divisão da realidade em “mente” e “matéria”... Os cristãos impregnados da perspectiva do iluminismo freqüentemente dão expressão a um evangelho dualista. Sua preocupação principal, senão única, consiste em salvar “almas”. Se, porém, vamos ministrar no contexto pós-moderno, devemos estar cientes de que a nova geração está cada vez mais interessada na pessoa humana como um todo.
Pós-noeticêntrico.
O evangelho cristão pós-noeticêntrico ressalta a relevância da fé em todas as dimensões da vida. Ela não permite de forma alguma que o comprometimento com Cristo estacione simplesmente num esforço intelectual, deixando que se transforme unicamente num assentimento a proposições ortodoxas. O comprometimento com Cristo deve também achar guarida no coração. Na verdade, o mundo pós-moderno dá-nos ocasião para que nos reapoderemos da velha crença pietista segundo a qual uma cabeça boa não tem valor se o coração também não for bom.
Apesar desses possíveis métodos e metodologias, o que mais deve ser ressaltado quanto à evangelização na pós-modernidade, é o fato de que é determinante a criatividade e a pluralidade de ações. A questão é que para muitos parece que todas as respostas teológicas possíveis já foram dadas, que todos os métodos e estratégias já foram tentados, que por isso, nada tem que ser mudado, apenas insistir nos já consagrados modelos.
Porém, é preciso ressaltar que a diversidade social pós-moderna demanda a pluralidade evangelizadora. É preciso diversificar as estratégias, as ações. É necessário investir em tipos de ministérios diferentes, em formas novas de abordagens. É indispensável lembrar que o que dá certo num lugar, pode não dar no outro. A pós-modernidade é um desafio à nossa criatividade e coragem para continuar a evangelização de modo relevante de tal modo que mais pessoas se tornem discípulos de Cristo, como sempre ocorreu na história da igreja e da teologia.

19 de ago. de 2010

FAMILIARIDADE OU INTIMIDADE?

CAMPANHA DESATANDO AS AMARRAS
Segunda semana: Amarras Familiares
Texto: II Sm. 6:1-11 (I Cr. 13)
Introdução:
Depois que a arca foi roubada pelos filisteus, na época de Eli e seus filhos ímpios, ficou sete meses com eles, mas foi devolvida em meio a uma série de sofrimentos e juízos divinos.
Daí ela foi parar em Bete-semes. O povo de lá a recebeu com curiosidade e, ignorando completamente as leis levíticas e sacerdotais, abriram a arca santa para olhar dentro! Deus então feriu mais de cinqüenta mil homens, para se fazer entendido. Os Bete-semitas ao invés de se arrependerem e se preparem para a tarefa de se comportarem com a arca de maneira apropriada, não, trataram de se livrar dela rapidamente. Chamaram os homens de Quiriate-Jearim e deram o “presente de grego” para eles.
Já o pessoal de Quiriate era diferente. A casa de Abinadabe, que não era levita, foi escolhida e seu filho Eleazar foi consagrado para ser o guardador da arca. Inicialmente, tudo correu bem, ninguém teve hemorróida nem foi fulminado. A arca ficou na casa dele, tranqüila, por cerca de vinte anos...
Desenvolvimento:
Até que, a arca foi levada, este era o plano, de volta à Jerusalém. Davi estava ansioso por restaurar a arca do Senhor ao local onde ela pertencia. Mandou trazer a arca. O pessoal se põe a caminho.
Colocam a arca num carro de boi e pé na estrada. Só que um dos bois, lá pelas tantas dá um tropeção. A arca balança, balança, vai cair... A Bíblia não diz se havia alguém entre Uzá e a arca neste momento, mas parece que não. Uzá era o sujeito mais próximo. Era filho de Abinadabe, tinha com a presença da arca em sua casa. Vinte anos de convivência. A arca para ele era como uma peça de mobília ou um cachorrinho de estimação e esta familiaridade lhe foi fatal. Para impedir a arca de cair, Uzá toca na arca.
Aparentemente não foi um toque desrespeitoso, profano. Parecia um toque necessário, até emergencial, acostumado, mas Deus não levou isto em consideração. Foi tocar e cair fulminado, imediatamente.
O menino que cresceu acostumado à presença da arca da aliança em sua própria casa, agora homem, cai fulminado na frente de todos por um raio de Deus.
Davi temeu ao Senhor e levou a arca para a casa de Obede-Edom, o giteu. Assim ficou a arca de Deus com a família de Obede-Edom, três meses.
Obede-Edom, levita, cuja descendência serviu ao Senhor fazendo parte dos cantores dos turnos de adoração 24 horas diante da arca da aliança (I Cr 15:21, 25; 16:5) na época do rei Davi, foi abençoado bem como toda a sua família.
É muito interessante que a arca tenha ficado na casa de Abinadabe e nada de extraordinário acontecera em vinte anos. Provavelmente Abinadabe apenas “tolerava” a presença da arca em sua casa… Mas na casa de Obede-Edom a bênção chegara de maneira muito visível em apenas três meses…
Podemos comparar Abinadabe e Obede-Edom com os cristãos que recebem Jesus em suas vidas e seus lares, mas com o passar do tempo tem atitudes diferentes diante da presença do Senhor.
Quantos aqui abriram suas casas para o velho santuário ou a moderna Palavra de Cristo no Lar para receber a “arca da aliança”, ou seja, a presença do Senhor, representada pela Bíblia e pela mensagem que o obreiro leva semanalmente.
Quantos foram abençoados, seus lares foram transformados?
Mas alguns fizeram como Abinadabe. Ele não valorizava mais, ficou acostumado, familiarizado com a presença do Senhor e isso foi desvalorizado, banalizado.
Agora, Obede Edom foi diferente. Ele foi abençoado porque:
Ele se dispôs a receber a arca mesmo correndo riscos.
Obede-Edom pagou o preço exigido para ter a arca em sua casa.
Obede-Edom estava capacitado para abrir a sua casa para receber a arca: Ele era um levita, por isso poderia tocar na arca, conduzi-la e ministrar ao Senhor diante dela.
Entenda, cada cristão é um sacerdote do Senhor (I Pe 2:9) e está apto para conduzir a arca e recebê-la em sua casa. Esse ministério maravilhoso de “ter a igreja em sua casa” requer intimidade como resultado da familiaridade.
Obede-Edom era submisso ao seu rei
O Espírito Santo quer mover os corações para abrirmos a nossa casa para receber a “arca do Senhor”, isto é, a Palavra de Cristo no Lar.
A obediência de Obede-Edom foi recompensada, assim como a promessa do Senhor a todos que O servem.
Como cristãos (levitas) temos dois caminhos a seguir: O caminho da familiaridade ou O caminho da intimidade. Qual você deseja?
Qual você deseja para a sua família?
Você pode estar se perguntando o que a história de Abinadabe, Obede Edon, Palavra de Cristo no Lar tem a ver com amarrar familiares:
Como está sua casa, sua família, Suas finanças, Sua saúde, o amor familiar, a paz no lar?
O que está faltando ou amarrando o progresso familiar?
Porque a sua casa não prospera? Porque seus filhos não obedecem?
Porque falta familiaridade que leva a intimidade ou tem muita familiaridade e pouca intimidade, ou nem uma das duas.
Pense sobre isso, ore sobre isso e faça a coisa certa!

18 de ago. de 2010

LAGARTOS GIGANTES-


DINOSSAUROS
"O que diz a Bíblia a respeito dos dinossauros?"
O tema dos dinossauros na Bíblia é parte de um debate que se desenvolve dentro da comunidade cristã a respeito da idade da terra, da interpretação correta do Gênesis e de como interpretar as evidências físicas que nos cercam. Aqueles que acreditam em uma idade mais antiga para a terra tendem a concordar que a Bíblia não menciona os dinossauros, pois, de acordo com seu paradigma, os dinossauros desapareceram milhões de anos antes que o primeiro homem andasse sobre a terra. Os homens que escreveram a Bíblia não poderiam ter visto dinossauros ainda vivos.
Aqueles que crêem que a terra é mais jovem tendem a acreditar que a Bíblia menciona os dinossauros, apesar de jamais haver usado a palavra “dinossauro”. Ao invés, usa a palavra tanniyn, vinda do Hebraico. Tanniyn é traduzida de algumas poucas maneiras diferentes nas Bíblias de língua inglesa; às vezes como “monstro do mar”, às vezes como “serpente”. É mais comumente traduzida como “dragão”. Tanniyn parece ter sido algum tipo de réptil gigante. Estas criaturas são mencionadas quase trinta vezes no Antigo Testamento e são encontradas tanto em terra quanto no mar.
Além de mencionar estes répteis gigantes quase trinta vezes no Antigo Testamento, a Bíblia descreve algumas criaturas de tal modo que alguns estudiosos acreditam que os escritores poderiam estar descrevendo dinossauros. Behemoth é descrita como a mais poderosa de todas as criaturas de Deus, um gigante cuja cauda é comparada à árvore de cedro (Jó 40:15 em diante). Alguns estudiosos tentaram identificar Behemoth como um elefante ou hipopótamo. Outros dizem que tanto elefantes quanto hipopótamos têm caudas muito finas, nada que se possa comparar ao cedro. Os dinossauros como o Braquiossauro e o Diplodocus, por outro lado, tinham caudas enormes que poderiam facilmente ser comparadas à árvore do cedro.
Quase toda a civilização antiga tem algum tipo de arte descrevendo criaturas répteis gigantes. Desenhos ou entalhes sobre rocha, artefatos e até pequenas estátuas de barro descobertas na América do Norte se parecem com representações modernas de dinossauros. Entalhes em rochas na América do Sul representam homens montando criaturas parecidas com o Diplodocus e, assombrosamente, assemelham-se com imagens familiares como o Triceratops, Pterodáctilo e Tiranossauro Rex. Os Mosaicos romanos, a cerâmica maia e muros da cidade babilônica são testemunhos dessa fascinação cultural e geograficamente sem fronteiras do homem com essas criaturas. Sérias narrativas como as de Il Milione de Marco Polo se mesclam com fantásticos contos de bestas que acumulam tesouros. Narrações atuais de observações sobrevivem, apesar de serem tratadas com espantoso ceticismo.
Além do volume substancial de evidências antropológicas e históricas a favor da coexistência de dinossauros e homens, há outras evidências físicas, como as pegadas fossilizadas de humanos e dinossauros, descobertas juntas em lugares da América do Norte e oeste da Ásia central.
Para finalizar, encontramos dinossauros na Bíblia? Este assunto está longe de ser resolvido. Depende de como se interpreta as evidências disponíveis e de como se vê o mundo ao redor. Eu acredito na interpretação da terra jovem e aceito que os dinossauros e homens coexistiram. Creio que os dinossauros desapareceram algum tempo depois do Dilúvio devido à combinação de dramáticas mudanças ambientais e por terem sido incessantemente caçados pelo homem, até a completa extinção.
Tudo bem, é a minha posição. Você tem a sua, fique em paz , mas seja coerente!

Onde está a igreja?


Mt. 18:20Pois onde houver dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou ali com eles”.
A igreja está ficando cada vez mais complexa. Temos muitos pacotes, opções e formatos. Vejam alguns exemplos: igreja-família; igreja-hospital, igreja-escola; igreja-exército; igreja-asilo; igreja-disneylândia; igreja-shopping-center, igreja-tecnológica; igreja-projeto-social; igreja-umbandinizada.
A realidade da igreja leva-nos a uma importante pergunta: onde está a igreja? Deus tem um endereço em nossas cidades e comunidades? Se a Igreja é o Seu Corpo, o endereço da igreja não deveria estar no cartão de visitas de Deus? Se minha filha muda-se para outra cidade onde não houvesse uma igreja conhecida e me perguntasse de qual igreja ele deveria participar, o eu responderia? 
Creio que devo dar a ela algumas marcas que poderiam distinguir a igreja de Cristo de outras assembléias. Quero enfatizar 4 marcas ou funções principais da igreja no mundo: Martyria, Diakonia, Koinonia e Kerigma.
Martyria: A palavra grega para "testemunho" é martyria. Os mártires da igreja primitiva foram testemunhas fiéis. O risco do testemunho os levou a sofrer por amor a Cristo. Além disso, a igreja martírica reafirma a necessidade dos cristãos se tornarem maduros. Paulo fala da meta que o cristãos deve ter de ser maduro (Ef 4.13). E ele ainda exorta veementemente: "tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo" (1Co 11.1). Suas palavras parecem sugerir que ser um cristão é "entrar em um relacionamento tão íntimo e profundo com Cristo que os cristãos, de certa forma, começarão a imitá-lo em conseqüência deste relacionamento”. Imitação é desta maneira, o fruto, e não uma condição prévia da fé. Tornar-se um cristão é começar o processo, não de conformar-se, mas de ser conformado a Cristo.
Envolve o discipulado "faça discípulos de todas as nações..." Mt 28:19. Entrar num relacionamento tão íntimo e profundo com Cristo que os cristãos, de certa forma, começarão a imitá-lo em conseqüência deste relacionamento. A Palavra de Deus é indispensável para o discipulado. Paulo exortou os cristãos colossenses a deixar habitar "ricamente em vocês a palavra de Cristo" (Cl 3.16).
Cipriano de Cartago disse: Esta é a vontade de Deus que Cristo fez e ensinou. Humildade na conversação; perseverança na fé; modéstia nas palavras; justiça nas ações; misericórdia no trabalho; disciplina na moral, ser incapaz de fazer o mal, ser capaz de agüentar quando o mal é feito; manter a paz com os irmãos; amar a Deus com todo o coração; amá-lo como Pai e temê-lo como Deus.
A pergunta que sempre devemos fazer é: "Que tipo de comunidade queremos plantar no Brasil"?
A igreja saudável vive este equilíbrio entre as ênfases da igreja, não agindo unilateralmente ou focalizando somente um ou dois aspectos. Para que a igreja seja efetiva no mundo ela deve ter uma compreensão própria de sua natureza, sua essência e funções.
Diakonia: A palavra grega diakonia é simplesmente traduzida por "serviço". A idéia básica é a do serviço à mesa, mas ela acabou sendo usada de maneira geral para serviço, comumente para tarefas domésticas. Lucas, por exemplo, registra um arranjo primário da jovem igreja em Jerusalém pelo qual os líderes servem comida às viúvas e aos necessitados em comunhão (At 6.1). O sentido de serviço não pode se limitar a isto sem se tornar barato demais. A palavra "diaconia" expressa melhor o conceito de serviço em amor que qualquer outra palavra grega relacionada. A Grande Comissão deve ser acompanhada pela Grande Compaixão em atos como alimentar o faminto, cuidar do estrangeiro e do refugiado, vestir os que estavam nus, visitar os prisioneiros...
A busca pelo equilíbrio no serviço a Deus e serviço ao mundo é uma tensão contínua.
Este equilíbrio, que é também o todo, é expresso nas palavras de Cristo: "Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças... ame o seu próximo como a si mesmo" (Mc 12.30-31).
Estes dois mandamentos correspondem também às duas tábuas do Decálogo: leis de um a quatro, sobre amar a Deus, e leis de cinco a dez, sobre amar o próximo. A vida regenerada do pecador justificado tem dois focos principais: Deus e o próximo. Diante da natureza destes dois objetos, é óbvio que as duas principais obrigações do cristão não estejam em pé de igualdade, mas sejam inseparáveis. A adoração a Deus sempre tem precedência em importância; o amor ao próximo é o resultado inevitável.
Harvey Cox destaca que "diakonia realmente se refere ao ato de curar e reconciliar, cuidar das feridas e superar as diferenças, restaurando a saúde do organismo". Isto requer que a igreja viva entre as pessoas na comunidade, imersa em suas realidades, tendo empatia com as suas necessidades e trabalhando com elas para otimizar as bênçãos do Reino.
O serviço cristão deve penetrar em cada camada da sociedade. Como o vento, o Evangelho deve invadir toda a criação. Se a vida física é uma pressuposição necessária para a proclamação do Evangelho, então a igreja deve trabalhar com toda a humanidade e com estruturas que preservem a vida e a dignidade humanas.
A preocupação evangélica não deve ser apenas com a proclamação da graça salvadora de Deus, mas também com a promoção da graça comum de Deus no mundo, pois a graça comum se destina tanto a cristãos quanto a não-cristãos. Jesus disse que Deus "faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos" (Mt 5.45). Governo, escolas, comércio e mercados públicos são áreas legítimas para o envolvimento cristão transformacional.
Há uma razão pragmática para isso, como Edmund Burke expressa claramente: “Para que o mal triunfe tudo o que é necessário é que boas pessoas não façam nada”.
Deus está não apenas na Igreja, mas ele preenche toda a criação.
Koinonia: No Novo Testamento, a palavra grega para "comunidade" é koinonia, uma comunidade de homens e mulheres que crêem em Jesus Cristo como Salvador e Senhor de suas vidas. Na união com Ele, concretizada pelo arrependimento e fé, os pecadores salvos pela graça de Deus são indissoluvelmente incorporados nesta comunidade ou corpo. John Stott declara: "Koinonia fala de nossa herança comum (do que compartilhamos aqui dentro), de nosso serviço cooperativo (do que compartilhamos lá fora) e de nossa responsabilidade recíproca (do que compartilhamos uns com os outros). No primeiro, estamos recebendo juntos; no segundo, estamos oferecendo juntos, enquanto que, no terceiro, há um doar e receber mútuos".
Esta idéia de comunidade é fundamental: Jesus nos ordena que amemos uns aos outros como Ele nos amou. Reconciliados com Deus e uns com os outros em Cristo, a igreja recebe o ministério da reconciliação. Este ministério, para que seja efetivo, requer uma demonstração prévia de realidade - a unidade da igreja - antes que possa sequer falar de reconciliação ou participar de qualquer mediação significativa em conflitos.
O fracasso de muitas igrejas de alcançar igualdade entre seus membros, a integração racial e entre as classes sociais silencia a mensagem de paz social em comunidades. A unidade dos cristãos deve ser experimentada em comunidades locais, como testemunho da Nova Criação em Cristo. 
É claro que a questão é: "como os cristãos podem estar em unidade quando há uma série de razões para a diversidade?" As igrejas, normalmente, estão divididas por causa de personalidade, cultura, denominacionalismo, doutrinas, etc. A imagem que Paulo tem da igreja reflete o mistério, a multiforme sabedoria de Deus, que é brilhante como as cores do arco-íris e variada como as múltiplas cores de um campo de flores (Ef 3.10). Ou seja, a unidade cristã deve ser baseada na diversidade. A igreja tem muitas partes como um corpo, mas é um só corpo (1Co 12).
O lema de Agostinho foi adotado pela Assembléia da Aliança Evangélica em Nova Iorque, em 1783: "In Necessariis Unitas; In Dubiis Libertas; In Omnibus Caritas". Isso pode ser traduzido como: "Nas questões essenciais, unidade; nas não-essenciais, liberdade; em todas as outras, caridade".
Kerigma: "Pregue a palavra; esteja preparado a tempo e fora de tempo" (2Tm 4.2) A palavra grega usada para a idéia de proclamação no Novo Testamento é kerygma ou simplesmente "mensagem".
A igreja tem uma história a contar. Na linguagem comum dos cristãos, a mensagem é que Deus já derrotou "as potestades e principados" em Jesus e possibilitou que homens e mulheres fossem "herdeiros" do Criador do mundo criado. Deus, em Cristo. Agora há descanso, restauração e redenção pela fé em Jesus, nosso Salvador. Esta proclamação ou pregação do Evangelho é indispensável. Ela nega o universalismo, o humanismo ou qualquer outra maneira de se lidar com a condição humana do pecado. A proclamação tem basicamente duas direções.
Primeira, o evangelho deve ser proclamado na igreja. Somos informados de que a igreja é feita de joio e trigo (Mt 13.25, 30, 36). A separação, contudo, terá lugar no dia do julgamento. O Senhor ainda avisa à sua igreja que existem ovelhas e bodes no rebanho (Mt 25.32). O evangelismo na igreja é um ministério necessário. Existe, assim, uma necessidade de reavivar a igreja, acordá-la do seu sono e capacitá-la para a ação. Ao mesmo tempo, também precisamos nos lembrar de que a participação no discipulado não é o mesmo que a própria salvação. O joio e o trigo crescerão juntos.
Segunda, o evangelho deve ser proclamado fora da igreja. Como Jesus disse, "este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo" (Mt 24.14). Por esta razão, Cristo derramou o Espírito sobre o Seu povo. "Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas... até os confins da terra" (At 1.8).
O conteúdo da proclamação cristã é Jesus Cristo. A dimensão kerygmática do Novo Testamento se focaliza em Jesus como Senhor, Cristo e Salvador. A proclamação do evangelho feita por Paulo focalizava a pessoa de Cristo e, mais especificamente, o Cristo crucificado e ressurreto dos mortos. 
A centralidade da cruz de Cristo tem sido por muito tempo um tema de destaque na teologia e espiritualidade evangélicas. McGrath insiste "... que a Cristologia desempenha um papel decisivo na teologia e reflexão espiritual evangélicas, e fornece à teologia evangélica tanto a sua coerência intelectual quanto o seu foco evangelístico e espiritual”. 
A questão “quem é Jesus Cristo?” é desta maneira, determinante para todo o empreendimento teológico evangélico.
Eu sou a igreja. Nós, cristãos somos a igreja, não no plural, mas no singular.

AS MARCAS DA IGREJA


Na matéria de Eclesiologia, ensino sobre as marcas da verdadeira igreja, por isso decidi postar esta palavra do Pr. Carlos Alberto Chaves Fernandes da Igreja Presbiteriana da Tijuca, Rio de Janeiro.
Una, Santa, Católica e Apostólica
Ensina o Credo Niceno (aceito por todas as confissões de fé cristãs) que a Igreja é objeto de nossa fé. Repete-se, no mesmo, que cremos na Igreja. Entretanto não é qualquer igreja que é objeto da fé cristã. A Igreja, na qual se crê, tem marcas distintivas, como emblemas que a definem e qualificam.
A primeira destas marcas da Igreja é que ela não é múltipla, mas uma única Igreja, ela é Igreja UNA. Só existe uma Igreja: a Igreja de Jesus Cristo, ou a Igreja Cristã. A Igreja tem por marca a sua singularidade. Isso significa que as igrejas que conhecemos, com nomes variados (romana, grega, anglicana, luterana, presbiteriana, batista, metodista...) são denominações e não Igreja, no sentido teológico do termo e que, por isso, não são objetos de nossa fé. Ninguém deve crer na igreja católica, ortodoxa, episcopal etc.
A Igreja não é somente singular, mas também unida. Este é o sentido de Igreja Una. É uma só e unida Igreja. As muitas caras da Igreja (as denominações) e que desembocam, tantas vezes, em grupelhos que alimentam até ódio religioso são, na verdade, a negação da Igreja. Isso significa que a unidade da Igreja não está em suas doutrinas particulares (estas, estabelecem as diferenças), mas em Cristo que morreu pela Igreja. Cristo é o centro da unidade da Igreja e a razão de sua singularidade. Afirma Calvino sobre a Igreja que: Onde quer que vemos a Palavra de Deus ser sinceramente pregada e ouvida, onde vemos serem os sacramentos administrados segundo a instituição de Cristo, aí de modo nenhum se há de contestar está a Igreja de Deus (Institutas, IV, I, 9).
A Igreja é una, visto que a ela tem uma missão só. Ela não tem muitas tarefas, muitas obras, muitas missões. Ser Igreja é que é a missão. Ela recebeu esta missão do Senhor: ser instrumento de Deus na implantação do Seu Reino, ou seja, fazer com que a criação chegue ao alvo determinado por Deus: a redenção! Os frutos deste Reino: paz, amor, justiça, fé, esperança, entre outros mais, são modos distintivos da missão da Igreja. Assim, a missão, base da unidade da Igreja, não é fazer proselitismo (roubar gente de outras denominações para a "nossa igreja"): isso é trabalhar contra a unidade da Igreja. A Igreja é que é a missão assumida pelos eleitos que sabem ser ela instrumento de Deus neste mundo para levar a cabo os propósitos de Deus para a Sua criação.
Ser fiel à pregação da Palavra e à ministração dos sacramentos é, em última análise, permanecer na luta pela libertação deste mundo. Pois esta é a sua preocupação: anunciar o Evangelho que promove a justiça, a paz, o amor, a fé, a esperança.
A segunda destas marcas da Igreja é que ela é santa. Isso significa dizer que ela é separada deste mundo. Realmente este é o significado de Igreja (e k k l e s i a = e k (preposição, deu origem ao sufixo latino "ex", "de fora") + k a l e w (verbo "chamar", numa tradução literal do termo teríamos: "chamados de fora"). Esta é a santidade da Igreja: ela foi chamada por Deus para servi-lo. Este serviço, que se origina do chamado de Deus, é a santidade da Igreja.
Santa, neste caso, não pode ser visto de modo meramente moral (sem pecados ou maldades – neste sentido, somente Deus é Santo, ou seja, sem pecado). A santidade da Igreja é o seu serviço: ela está a serviço do Deus que é Santo. Quem quiser encontrar santidade na Igreja olhando para os membros da Igreja e reparando como eles são "santos", certamente terá uma grande decepção.
A Igreja presta este serviço a Deus no mundo. Ela é separada para servir a Deus e não separada do mundo para ser de Deus. Ela é separada para servir a Deus dentro deste mundo. Se julgar que sua santidade é o seu afastamento do mundo, na verdade afastar-se-á do lugar do serviço de Deus e, por isso, servir-se-á e não ao Deus que a convocou, perdendo, assim, a santidade para qual foi chamada. Este é o ser da Igreja: servir a Deus no mundo. As tarefas realizadas pelas comunidades, em situações históricas diferentes e diante dos desafios das várias e diferenciadas situações, tem como princípio, meio e fim o serviço a Deus.
Isso significa dizer que a Igreja não faz evangelização, atendimento aos necessitados, publicações, cultos dominicais, e seja lá mais o que fizer, a não ser dentro desta perspectiva de sua santidade. Razão porque o Novo Testamento conhece e reconhece que o Culto de Deus é o Serviço de Deus: servir e cultuar a Deus são uma e a mesma coisa. Pode-se, pois, afirmar, com plena convicção, que o culto prestado pela Igreja ao Seu Deus está na vida de serviço que tem.
Isto, porém, não é um "esforço" da Igreja. A sua santidade foi conquistada e é realizada em Cristo: Jesus Cristo é quem apresenta a Igreja, diante de Deus, como santa, inculpável, irrepreensível, sem ruga, sem marca. E, assim como Seu Senhor, a Igreja serve ao Pai no serviço que presta à humanidade neste mundo, lutando pelo amor, a paz e a justiça.
O Espírito, que é Santo, é quem garante a unidade e comunhão desta Igreja, reunindo-a no mundo para proclamar as virtudes d’Aquele que a tirou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Ao, pois, dizer que deve-se depositar confiança (cre) na santa Igreja, afirma-se o amor que Deus tem por esta Igreja, chamando-a, separando-a, vocacionando-a, purificando-a dos seus pecados e dando-lhe comunhão para que seja o "plano-piloto" do seu Reino em meio a este mundo.
A terceira destas marcas da Igreja é que ela é católica. Este é um termo que, lido assim, parece referir-se à Igreja Romana, mas não. O termo quer dizer Universal. Mas este é outro termo problemático hoje em dia, pois pode parecer que se está falando da Igreja Universal do Reino de Deus. O termo quer dizer Ecumênica. Mas isso também traz muito problema na maioria das comunidades cristãs.
Primeiramente deve-se destacar que ao falar-se católica não se está pensando quantitativamente, mas qualitativamente. A Igreja não é católica porque é grande, imensa, quantitativamente, espalhada por toda a face do planeta (embora, a bem da verdade, isso seja ótimo!). Se de um lado o termo que dá emblema à Igreja, católica, quer dizer Igreja "abrangente", isso significa, também, Igreja "integral". A Igreja que é objeto de nossa fé não é propriedade de um povo, uma raça, uma nação, de uma classe social, de um segmento etário ou de um dos sexos.
A Igreja destina-se à todos, assim como a salvação em Cristo, objeto central, fundamental e principal da Igreja. Ela transcende as barreiras que dividem a humanidade, sejam fronteiras, sejam governos, partidos, culturas, raças, sexos, classes sociais. Por isso, a Igreja afirma a sua catolicidade na medida que trabalha sempre para derrubar as barreiras criadas pelos homens e que acabam gerando discriminações as mais variadas.
Vê-se, pois, que a questão fundamental que envolve a catolicidade da Igreja é, antes de tudo uma questão qualitativa e que, como conseqüência, acaba por atingir a via quantitativa. Porém, mesmo antes, no início, quando a Igreja era um minúsculo movimento recém saído do judaísmo e constituída de poucas raças e seguimentos sociais, mesmo ali era ela católica, pois apontava seus esforços na direção de todas as nações, de todos os povos, de todas as pessoas e lutava, ainda que pobre e sem poder, contra as barreiras que separavam os seres humanos.
A Igreja, é claro, é a expressão do amor de Deus, revelado na Sua eleição. Entretanto, a Igreja em sua militância não tem como determinar os eleitos, mas somente anunciar a todos o Evangelho do amor de Deus em Cristo: A saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo (Paulo). Por isso a Igreja insere-se em todas as culturas, em todos os espaços humanos, para trazer a mensagem transformadora do Evangelho de Deus em Cristo.
A quarta destas marcas da Igreja é que ela é apostólica. Este é o fundamento sobre o qual se ergue a Igreja. Aprendemos isso no N.T.: Jesus Cristo é a Pedra Angular que sustenta o edifício; o fundamento é o testemunho, a doutrina, o ensino apostólico; as colunas são os ministérios da Igreja; e, todos nós, as pedras vivas. Deus não tem, nem reconhece, nenhum outro templo onde habitar.
Foram os apóstolos de Jesus Cristo, fundadores da Igreja, que edificaram a Igreja. Por isso receberam o ofício das chaves, ou seja, as "chaves da Igreja", pois a Igreja é, antes de tudo, apostólica. Ela não é de uma pessoa, de um bispado que se prolonga em linha de continuidade, não é propriedade de uma raça, uma nação, um grupo, uma denominação.
Isso significa que na Igreja não se acredita no que se tem na cabeça, como se a fonte de nossa fé fosse somente a nossa exclusiva relação com Deus. Nossa relação com Jesus Cristo, sua doutrina, seus ensinos, suas intenções santas, estão relacionadas aos apóstolos. Ora, o ensino apostólico encontra-se nas Escrituras Sagradas do Novo Testamento, assim, as questões doutrinárias de fé, de prática e de consciência devem estar coerentes com o ensino dos santos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo.
Esta é a única autoridade da Igreja: ser apostólica. Ela fala com autoridade porque fala conforme os apóstolos. Porém, e mais importante, ela age com autoridade porque age conforme agiram os apóstolos. Ela dá testemunho apostólico e exemplo apostólico. Os ministérios da Igreja estão sob uma ordem: a ordem apostólica. Por isso, quer na palavra (pregação sobre a obra redentora de Jesus Cristo), quer nos sacramentos (apresentação da obra redentora de Jesus Cristo), a Igreja segue os apóstolos e, assim, e somente assim, podemos falar com toda a tranqüilidade em sucessão apostólica (que nada tem haver com episcopado monárquico).
A Igreja vive dessa seqüência (de seguir, ou suceder) aos apóstolos. Isso significa que de um lado ela preserva, guarda, defende o que recebeu por herança dos apóstolos, persevera naquilo que deles aprendeu. De outro, na imitação de suas práticas, a Igreja renova e inova, recriando nos diferentes contextos da história e da geografia deste mundo (ela é católica) a prática libertadora, purificadora, santificadora, dos apóstolos de Cristo. Na pobreza e simplicidade apostólicas a Igreja estende ao mundo a mão abençoadora de Jesus livrando os homens das garras do mal, da opressão, das injustiças e do diabo.
Aprendemos com João Calvino que "onde quer que vemos a Palavra de Deus ser sinceramente pregada e ouvida, onde vemos serem os sacramentos administrados segundo a instituição de Cristo, aí, de modo nenhum, se há de contestar, está uma Igreja de Deus..." (Institutas, IV, I, 9). Isso significa que, por esses sinais identifica-se a Igreja.
A Igreja, por ser apostólica, tem como sinal claro a pregação apostólica, ou seja, conforme ensinaram os apóstolo. Tudo o que deveríamos conhecer e saber foi-nos dado por Deus, através dos santos apóstolos, na Escritura Sagrada. Por essa razão, este sinal da Igreja (a correta pregação da Palavra de Deus) está ligado à sua marca preponderante (ser a Igreja apostólica).
A Palavra de Deus deve ser pregada sinceramente. Este é um termo muito cheio de significado: sincero quer dizer sem cera. As ceras eram usadas para esconder rachaduras em vasos por comerciantes que desejavam enganar os consumidores. A correta pregação da Palavra não esconde a verdade, antes a coloca claramente aos ouvintes. Por isso, parte dessa marca não é somente a sincera pregação, mas a correspondente escuta da mesma. Na Igreja a Palavra deve ser acolhida, quando pregada na linha apostólica e com sinceridade, de modo manso e obediente. Por isso diz Tiago: Acolhei com mansidão a Palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas (1:21).
Vê-se, pois, que a pregação e o acolhimento da Palavra de Deus são indiscutíveis sinais da Igreja de Jesus Cristo. Mas o que Calvino quer destacar é que não é somente um mero falar e um mero ouvir. Não é uma questão de comunicação somente. Está implícito que este falar e este ouvir correspondem a um praticar. Considerando que na tradição calvinista o único intérprete fiel da Palavra é o Espírito Santo, pois é Ele quem nos revela a Cristo e aplica os benefícios da graça ao nosso coração, a aplicação da Palavra de Deus ao coração do cristão é obra eficaz do Espírito Santo. Conseqüência disso é a prática desta Palavra: Tornai-vos, pois, praticantes da Palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos (Tg. 1:22).
Neste sinal fala-se de duas submissões: do ministro no falar e da comunidade no ouvir. Ambos, como sinal da Igreja, quer no anunciar, quer no ouvir e praticar, devem estar submissos a Deus que opera, pela Palavra, através do Espírito Santo. A Igreja de Cristo está submissa à Palavra de Cristo, pois é a Igreja Apostólica, unida no poder do Evangelho, santificada pelo Espírito que a consagra para si.
A Igreja, por ser apostólica, expressa como seu claro sinal, conforme o ensino de Jesus que nos advêm destes mesmos apóstolos, os Santos Sacramentos. Este é um termo latino, tradução do termo grego bíblico mysterion (m u s t h r i o n ). Este termo, na Bíblia, é usado para descrever todas as coisas ou sinais que representam sublimidades espirituais.
A pregação da Palavra de Deus nos orienta a fé e a conduz às verdades de Deus, os Sacramentos, foram instituídos por Deus para o mesmo fim. Eles consistem em um sinal externo mediante o qual o Senhor sela a nossa consciência com as verdades eternas de suas promessas (que outra coisa não é senão a Sua bondade para conosco), para sustentar a debilidade de nossa fé e nos fortalecer nas promessas de Sua Palavra. Seria como que um modo de calcar e recalcar as verdades do Evangelho de Jesus Cristo em nosso coração tardo e néscio para compreende-las.
Na pregação da Palavra de Deus existe um sinal externo (a Escrituras Sagradas), nos Sacramentos há, também, um sinal externo (que é o elemento material neles usados – água, pão e vinho). Como a Palavra de Deus nos promete a boa e misericordiosa graça de Deus, os Sacramentos também não existem sem uma promessa que os fundamente e garanta. Por isso, Calvino, ensinando sobre o Sacramento, diria que o mesmo é a Palavra visível (...) Destrate, certo é serem-nos pelo Senhor oferecidos a misericórdia e o penhor de Sua graça tanto por Sua sagrada Palavra, quanto pelos Sacramentos (Institutas, IV, XIV, 6 e 7).
Assim como na Palavra torna-se necessária a fé para que a sua mensagem seja compreendida e apreendia, nos Sacramentos, também, sem a fé de nada aproveitam. Não há outro modo de atuação da graça de Deus, que nos é apresentada na Sua Palavra, a não ser pela fé. Assim, também, a graça de Deus, que nos é apresentada nos Sacramentos, torna-se eficaz e eficiente no coração que tem fé. Como a fé é um dom de Deus aos eleitos, deve-se afirmar, com toda a certeza, que os Sacramentos de Deus são oferecidos, somente, aos Seus eleitos que já foram despertados pelo dom da fé.
Assim como a atuação da graça de Deus torna-se eficiente ao coração que a recebe por fé, somente por meio do Espírito Santo, também, o Sacramento, somente pela atuação poderosa do Espírito Santo, aplicando-nos os benefícios apresentados no Sacramento, torna-se eficaz na vida do crente. Por isso, os Sacramentos confirmam a Palavra Deus, pois, representam a Cristo e nos apresentam a Sua graça bendita, no poder do Espírito.
Outro sinal fundamental da Igreja de Cristo é a sua disciplina. Tal disciplina está relacionada à sua fidelidade à Palavra de Deus. Razão porque nós, presbiterianos, ao recebemos um membro à comunhão de nossa fé exigimos fidelidade à disciplina às autoridades constituídas para seu governo enquanto forem fiéis à Palavra de Deus.
Infelizmente este termo tem sido muito mal interpretado dentro da Igreja, confundindo-se disciplina com castigo e governo com autoritarismo. Mas disciplina tem muito mais a ver com ensinar, educar, corrigir do que com julgar, condenar e punir. Veja-se, por exemplo, o verbo grego que traduzimos por exortar. Pode parecer a alguns que seu sentido seja "chamar a atenção" no sentido de "passar um ‘sermão’", o que nada se coaduna com o significado do termo.
Exortar vem do verbo grego p a r a k a l e w (parakaleo), que é a junção da preposição p a r a (para = do lado, ao lado, junto de) e do verbo k a l e w (chamar), literalmente, significa chamar ao lado, ou chamar para ficar ao lado. A idéia seria um apelo, ou rogo para estar ao lado, estar no mesmo caminho, estar junto. Por esta razão ele é traduzido por pedir, convidar, rogar, consolar, encorajar. Esta não é outra senão a missão do Espírito Santo, que foi denominado por Jesus de outro Õ a r a k l h t o s (parakletos) ou seja Consolador.
Disciplinar, neste sentido, significa ficar ao lado de alguém, instar, ensinar, encorajar, dar o suporte e o amparo necessários para que não haja quedas, ou tropeços, ou desvios do caminho. Isso nada tem a ver com julgar, punir, condenar. Antes é um chamado à Igreja se responsabilizar pela educação, correção, orientação pedagógica e pastoral de todos os seus membros. Destarte tem mais ligação com misericórdia, amor, consolo e animação. Por esta razão Paulo exorta "através de Cristo", "por meio de Cristo", "na misericórdia do Senhor" (Rm. 12:1), "pelo amor do Espírito" (Rm. 15:30), por meio da "mansidão e da benignidade de Cristo" (II Co. 10:1).
Em Paulo o termo é o oposto de tribulação, sofrimento, morte (I Co. 1: 3-11). Razão porque prometeu Jesus que os que choram, receberiam consolo (Mt. 5:4). Não é outra a disciplina da Igreja senão curar, educar, assumindo o lado do outro, entrando no seu caminho para lhe endireitar as veredas. Julgar, condenar e punir gera tribulação, sofrimento e dor e nada tem que ver com o consolo amoroso do Espírito.
Vê-se, pois, que a primeira Igreja, descrita pelo autor do Livro dos Atos dos Apóstolos, a destacar o modo apostólico de viver-se Igreja, que a mesma "perseverava na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações" (At. 2:42). O ensino apostólico (didaskalia), a comunhão que gera e produz unidade (koinonia), o repartir do alimento e dos bens (diakonia) e a vida de culto onde ouve-se a Palavra e fala-se com o Senhor da Igreja (liturgia), eram as características da Igreja de Cristo. A Igreja de Cristo está, pois, fundamentada na Palavra, nos Sacramentos e na Disciplina, garantia de sua unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade.


Pode????


Pode????
Pode um cristão, salvo em Jesus Cristo, ficar endemoninhado? Têm os agentes do mal alguma influência sobre a vida dos servos de Deus?
Segundo a Bíblia, o Diabo pode agir na vida de uma pessoa por possessão ou por influência. 
Possessão é o estado de quem está endemoninhado. Já a influência ou a opressão é o ato ou o efeito de oprimir ou exercer pressão sobre alguém, a fim de induzi-lo a alguma atitude contrária à vontade de Deus.
Só pode ficar possesso uma pessoa que nunca teve ou perdeu o Espírito de Deus em sua vida. 
Para a ciência, dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, o que também se aplica espiritualmente: “E o Espírito do Senhor se retirou de Saul, e o assombrava um espírito mau da parte do Senhor” (1 Sm 16.14). 
Não há como alguém estar possuído pelo Espírito Santo e por espíritos malignos, ao mesmo tempo (Jo 8.49; 1 Jo 4.4). 
O que pode ocorrer é uma pessoa que tem o Espírito ser oprimida, influenciada por demônios, induzida ao erro. Não foi o que aconteceu com Pedro? Depois de ele ter feito uma importante declaração, o Diabo, por influência, o induziu a dar a Jesus um conselho nada condizente com a vontade de Deus (Mt 16.16,22,23).
Um cristão autêntico, se não vigiar, pode até sofrer opressão, influência, mas não ficar possesso por demônios, a menos que se desvie do Senhor, tornando-se um ímpio, maldizente, desviado, soberbo, desobediente à Palavra. 
Em resumo, só podem ser possuídas por demônios pessoas que ainda não foram salvas por Jesus Cristo ou os ex-cristãos que apostatam da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios (1 Tm 4.1).
Pode um cristão de verdade não ser possuído pelo Espírito Santo? Não! Todos os crentes sinceros são moradas do Consolador (Ef 1.13; 1 Co 6.19,20). 
Pode, pode, pode, pode, pode?????????

IDE

Domingo de missões: Entendemos isso?????
Em Mc. 16 e Mt. 28 temos a ordem de Jesus que chamamos de “Grande Comissão”.
Vamos ler o texto de Mt. 28:18-20 Então Jesus chegou perto deles e disse; Deus me deu todo poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos”.
Sabemos que a ordem de Jesus aos seus discípulos foi que saíssem por todo o mundo e pregasse o evangelho a toda criatura, e o que vemos hoje é uma grande falta de compreensão e entendimento desta ordem, ou até mesmo uma distorção das palavras ditas por Jesus.
Quero salientar que quando disse aquelas palavras, não as ordenou somente aos que estavam ali presentes, mas a todos que se covertessem no futuro e porventura tivessem o desejo de falar sobre as maravilhas que Jesus fez e ainda faz em nosso meio. Portanto também fomos chamados a estar pregando o evangelho a toda criatura, não por vontade própria, mas como sinal de obediência à ordem expressa de Jesus.
Como ir por todo o mundo?
Quando você foi chamado por Deus para fazer sua vontade, o Senhor não lhe perguntou se você tinha um nível intelectual elevado, se era formado em alguma faculdade, se você possuía poder aquisitivo para executar viagens, se você sabia ou não falar em vários idiomas, enfim, quando você foi chamado por Deus, disse venha como esta, não fazendo acepção de pessoas. Você foi chamado a um compromisso, e certamente Deus lhe concederá o que é necessário para que se cumpra toda a obra que Ele preparou para sua vida.
Temos vários recursos que nos possibilitam cumprir a ordem de Jesus, e ir a todo o mundo, talvez seja muito mais perto do que você mesmo imagina, talvez tenha em sua família uma pessoa que ainda não foi evangelizada, talvez tenha algum “amigo” que ainda não recebeu a palavra de Deus revelada e necessita de libertação, cura e salvação, lembre-se que você tem uma grande responsabilidade em suas mãos, pois foi escolhido e tem como dever divulgar quem foi o responsável pela transformação em sua vida, embora você não tenha um diploma de faculdade, não saiba falar em outros idiomas, não possua poder aquisitivo para executar viagens pelo mundo, hoje você tem um diploma concedido pelo Espirito Santo de Deus, fala a língua dos anjos, e pode muito bem executar viajem dentro de sua casa, dentro do seu bairro, dentro da sua cidade e até a outros países se essa for a promessa de Deus para sua vida, portanto existem varias maneiras de irmos por todo mundo, você pode tanto realmente viajar a outros países, mas também viajar dentro de sua família para cumprir a ordem de Jesus.
Para pregarmos o evangelho primeiramente temos que conhecer o evangelho, conhecermos o verdadeiro sacrifício de Jesus na cruz do calvário, qual seu verdadeiro significado, e porque tinha que ser daquela forma, hoje pode ser que você ainda não tenha entendido a mensagem da cruz, porem existe em seu coração a disposição de entender porque foi chamado e como pregar o evangelho.
Durante toda nossa vida ouvimos falar que um homem morreu numa cruz para que fossemos salvos e perdoados de todos nossos pecados, mas na realidade nunca observamos que tudo aconteceu para que tivéssemos a oportunidade de conhecer o verdadeiro poder de Deus em nossas vidas, quando nos colocamos a disposição para entender esse sacrifício e começamos a buscar sabedoria de Deus, então, o Espírito Santo nos ensina e nos capacita para a obra que devemos cumprir. Portanto participarmos das atividades da igreja, ou seja, cultos, escola bíblica dominical, e outros cursos de ensinamento bíblicos, são de extrema importância, para que estejamos preparados para pregar o evangelho a toda criatura como ensina a palavra de Deus.
Todos os que foram resgatados das mãos de satanás, e liberto de uma vida de pecado, tem como dever expressar sua gratidão dando testemunho das maravilhas que Deus fez sobre sua vida, portanto todos foram chamados a evangelizar, desde que tenham verdadeiramente compromisso com a palavra de Deus.

DESATANDO AS AMARRAS

Primeira Mensagem: O que te impede de caminhar?
Jo. 11:44Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir”.
Durante sete semanas estaremos orando por aqueles problemas ou impedimentos que atrapalham sua vida. Pelos empecilhos que te fazem tropeças o te impedem de caminhar ao encontro da vitória.
Quantas vezes recebemos bênçãos e não conseguimos retê-las, preservá-las.
Quantas vezes desperdiçamos o que Deus nos dá por tropeços que damos no caminho.
Quantas vezes não vamos mais longe porque estamos amarrados.
A vida de muitos é como um “nó cego” difícil de desatar!
Nestes tempos difíceis e cheios de crises, o homem contemporâneo vive sempre em sobressalto, cercado de perigos e dificuldades: na vida pessoal, na familiar, nos ambientes de trabalho, nas lutas do dia-a-dia, na vida emocional e espiritual.
Cada homem se sente, cada vez mais, enredado de inúmeras dificuldades que o atormentam, sem conseguir “desatar os nós” e libertar-se delas.
Os desajustes da vida familiar, os problemas econômicos, as doenças, as incompreensões e atribulações morais, as intrigas, injustiças e invejas, os parentes ou amigos que não conseguem evitar o caminho do vício ou da droga, o desemprego...
Todos esses NÓS produzem em nossas almas aflição e angústia.
No texto acima, encontramos um ensinamento muito importante para Lázaro “aproveitar” o milagre com toda a liberdade. Ele fora ressuscitado, mas estava “atado” e vendado. Como acontece com muitos cristãos que, mesmo tendo nascido de novo, não vivem a vida que Deus planejou para eles.
Quantas "amarras" físicas e emocionais carregamos tolhendo nosso viver cristão.
Ouçamos a voz de Jesus: Desatai as amarras e deixai-o ir!
Quero ser um "desatador de amarras"!!!

FAZER DISCÍPULOS


Na Grande Comissão (Mt 28.16-20), a afirmação da autoridade universal do Senhor Jesus Cristo precede a definição da missão da igreja representada pelos onze discípulos que o rodeavam naquele momento: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” . Fica claro neste texto que o senhorio universal de Jesus Cristo é a base da missão universal da igreja.

Essa missão se resume no mandamento: “fazei discípulos”. Curiosamente, para expressar essa idéia, o Evangelho Segundo Mateus usa o verbo “matheteúsate”, que, no Novo Testamento, aparece apenas quatro vezes: três delas nesse Evangelho (13.52; 27.57; 28.19) e uma em Atos (14.21). Em contraste com o verbo “matheteuein”, o substantivo “discípulo” (“mathetes”) é comum nos Evangelhos e em Atos, porém não é encontrado em nenhum outro livro do Novo Testamento. Tal expressão é característica nos Evangelhos para referir-se aos seguidores de Jesus Cristo: aparece 73 vezes em Mateus, 46 vezes em Marcos e 37 vezes em Lucas.
Para entender devidamente o sentido do mandamento é indispensável prestar atenção em um detalhe gramatical que nem sempre é levado em consideração: no texto grego, “matheteúsate” é o único verbo no modo imperativo. As outras três formas verbais ligadas a este verbo “matheteúsate” -- “ide”, “batizando-os” e “ensinando-os”-- estão, de acordo com o original grego, na forma verbal gerúndio e sua função é qualificar a ação a que se refere o verbo principal -- “fazei discípulos”. O primeiro gerúndio (no grego) presente na frase é traduzido como “ide”, mas poderia ser traduzido como “marchem”, e não deve ser interpretado separadamente do mandamento central expresso pelo verbo no modo imperativo no grego. O que Jesus diz é: “Marchem: façam discípulos”. Os outros dois gerúndios respondem à pergunta: como se faz discípulos? A resposta é: “batizando-os e os ensinando”.
Concluindo, o foco da Grande Comissão não é outro senão o de “fazer discípulos de Jesus Cristo”. Esta é a missão que Jesus Cristo delegou à sua igreja, é a tarefa central da igreja até o fim do mundo. A conexão entre essa missão e o senhorio universal de Jesus Cristo é estabelecida por uma expressão que aparece logo no início do versículo 19: “portanto”. Em outras palavras, pelo fato de que Jesus Cristo é o Senhor de toda a criação e de todos os aspectos da vida humana, a igreja recebeu o mandamento de fazer discípulos, ou seja, pessoas que reconheçam esse senhorio e vivam de acordo com ele. Jesus Cristo é o Senhor de todos; portanto, todos devem reconhecê-lo como tal.
Se levarmos em conta que, durante seu ministério terreno, Jesus Cristo dedicou muito de seu tempo à formação de seus discípulos, torna-se evidente que a missão que ele confiou a seus discípulos pouco antes de sua ascensão é continuar o que ele mesmo fez com eles. A missão da igreja, representada pelo corpo apostólico, é o prolongamento da missão de Jesus Cristo, prolongamento este que se baseia em um discipulado missionário idealizado para continuar até o fim do mundo.
A esfera de ação do trabalho de fazer discípulos abarca “todas as nações”. E, visto que a autoridade de Jesus Cristo está presente “no céu e na terra”, a missão que ele delega a seus discípulos é igualmente global.

12 PASSOS

Hoje é cada vez mais comum a busca pelo prazer, seja ele qual for. Quando essa busca se torna obsessiva e ultrapassa limites morais, chamamos isso de “vício”. Os objetos de vício podem ser o álcool, a pornografia, as drogas, a comida, o trabalho, o cigarro, o sexo etc.
Porém, esse comportamento obsessivo é só a ponta do “iceberg”. O que há por trás dele?
Em Mt. 22.35-37, Jesus nos ensina que existem dois principais mandamentos que se resumem neste: Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. Para cumpri-lo, são necessários três tipos de relacionamento: do homem com Deus, do homem consigo mesmo e do homem com o seu próximo. Repare que Deus coloca as coisas no lugar em que elas devem estar.
Ele acima e os homens iguais, sem diferenças. Além disso, ele vincula o mandamento a uma ação: amar o próximo como a si mesmo.
Desde a entrada do pecado, essas três relações estão sempre precisando de uma restauração. E para obedecermos aos mandamentos, precisamos que elas estejam em perfeito estado. Não é fácil, e quando as relações não vão bem, os principais indicativos são os comportamentos viciados.
Então, como obedecer aos mandamentos, se os relacionamentos estão quebrados ou em vias de falir?
O programa de Doze Passos é um programa criado nos Estados Unidos em 1935 por William Griffith e Doutor "Bob" Smith, inicialmente para o tratamento de alcoolismo e mais tarde estendido para praticamente todos os tipos de dependência química. É a estratégia central da grande maioria dos grupos de auto-ajuda para o tratamento de dependências químicas ou compulsões, sendo mais conhecidos no Brasil os Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos.
Ao contrário do que muitos pensam os passos não tratam do alcoolismo em si, mas de restaurar os relacionamentos descritos anteriormente.
“Copiando” esses doze passos, vejamos como posso aplicar os dois mandamentos descritos em Mateus.
Para restaurar o relacionamento “com Deus”, preciso:
1) Admitir que sou impotente perante os efeitos da minha separação de Deus (a saber: pornografia, álcool etc.), que perdi o domínio sobre minha vida.
2) Vir a acreditar que um poder superior a mim mesmo pode devolver-me a sanidade.
3) Decidir entregar minha vontade e minha vida aos cuidados de Deus.
Para restaurar o relacionamento “comigo mesmo”, preciso:
4) Fazer um minucioso inventário moral de mim mesmo.
5) Admitir perante Deus, eu mesmo e outro ser humano a natureza exata de minhas falhas.
6) Prontificar-me inteiramente a deixar que Deus remova todos esses defeitos de caráter.
7) Humildemente rogar a ele que me livre de minhas imperfeições.
Para restaurar o relacionamento “com o próximo”, preciso:
8) Fazer uma relação de todas as pessoas a quem prejudiquei e me dispor a reparar os danos a elas causados.
9) Fazer a reparação direta dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando isso signifique prejudicá-las ou a outrem.
10) Continuar a fazer o inventário pessoal e, quando estiver errado, admiti-lo prontamente.
Os dois últimos passos existem para manter os relacionamentos saudáveis:
11) Procurar, por meio da oração e meditação, melhorar meu contato consciente com Deus. Pedir apenas o conhecimento de sua vontade e forças para realizá-la.
12) Procurar transmitir essa mensagem e praticar estes princípios.
Esses doze passos devem fazer parte da minha caminhada diária com Deus, comigo mesmo e com o próximo. Possibilitam-me abandonar comportamentos destrutivos e viver uma vida de maturidade espiritual e emocional.

7 de ago. de 2010

ENSINO

No aprendizado da Palavra de Deus encontramos ensinos para todas as áreas de nossa existência.
Ela nos ensina sobre relacionamentos interpessoais (com Deus, com seres espirituais, conosco e com outros seres humanos).
Ela nos ensina sobre a criação do universo, a queda do homem e o plano de salvação do mesmo arquitetado por Deus na eternidade.
Também nos ensina, ainda que parcialmente, sobre a natureza divina, dando vislumbres da grandeza do Deus triúno e do amor incondicional dele por nós. Somente na eternidade conheceremos o Pai em toda a sua majestade e grandeza.
Por estas e por outras razões necessitamos conhecer a Palavra de Deus.
Como cremos que a Bíblia não “contém” a Palavra de Deus, mas “é” a Palavra de Deus, nada nela é “por acaso”. Nenhum ensino, fato, personagem, registro e palavra está nela em vão.
Até mesmo a repetição de palavras, sua quantidade e posicionamento foi planejado por Deus.
Deixando de lado o engano de que a expressão “não temas” é encontrada 365 vezes na Bíblia, uma para cada dia do ano, quando na verdade essa expressão existe 84 vezes na versão Almeida Corrigida Fiel e 92 vezes na versão atualizada (basta contar), a quantidade e posicionamento de outras expressões e palavras nos trazem ensino também.
Por exemplo, a palavra ensino. Ele é encontrada 246 vezes na Bíblia, junto com suas variantes (ensinar, ensinará, ensinou etc).
O primeiro verso onde esta palavra é citada na Bíblia versão corrigida (a mais antiga no meio evangélico) é Ex. 4:12. O último é Ap. 2:20 e o verso central é Sl. 25:12.
Ex. 4:12 diz: “Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca e te ensinarei o que hás de falar”.
Aprendemos que Deus exorta Moisés a seguir em frente na missão que estava recebendo sem medo, pois não estava sozinho. O Pai o ensinaria como proceder ma empreitada gigantesca de libertar a nação de Israel da escravidão do Egito.
Já em Ap. 2:20 lemos: “Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetiza, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios de idolatria”.
Jezabel, se referindo não a uma pessoa, mais a uma prática de comportamento, que Ele condena e abomina.
Aqui a palavra ensino está num contexto de desaprovação por parte de Deus ante a atitude da igreja de Tiatira de “tolerância” com o ensino errado e enganoso.
Já o versículo central, Sl. 25:12 Diz “Qual é o homem que teme ao Senhor? Ele o ensinará no caminho que deve escolher”.
Davi declara que o “caminhar” de vitórias que todo cristão deseja vem com o temor a Deus que resulta em aprendizado.
De aprendiz humilde a uma pessoa tolerante para com ensinos diabólicos, o temor se perdeu no meio do caminho.
Que eu não perca a postura de humildade, e se  eu esqueci de muitas coisas que aprendi nestas mais de três décadas, pelo menos devo me lembrar: Eu estou em “obras”, ainda sou um aprendiz. Não devo perder a humildade!
Paz!