21 de mai. de 2016

JESUS: 100% HOMEM E 100% DEUS


Ao lermos a Bíblia, vemos claramente o fato de que o homem Jesus Cristo é Deus. Muitas são as passagens bíblicas que ressaltam a humanidade e a divindade de Cristo. Apesar disso, não são poucas as confusões em torno das duas naturezas de Cristo, até mesmo entre cristãos sinceros.

É comum, por exemplo, vermos crentes que pensam que Jesus era 50% homem e 50% Deus. Tal assertiva, à primeira vista, para um crente não familiarizado com a doutrina bíblica, pode parecer normal. Mas não é. Afirmar isso é dizer que Jesus era meio homem e meio Deus, quando as Sagradas Escrituras afirmam que Cristo era, ao mesmo tempo, 100% homem e 100% Deus. Isto é, plenamente humano e absolutamente divino.

A plena humanidade de Cristo
Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo no útero de Maria, mas seu nascimento foi normal e humano (Mt 1.25; Lc 2.7 e Gl 4.4). Ele desenvolveu-se no ventre de sua mãe como qualquer outro feto saudável, passando por um período de gestação e trabalho de parto normais. Após seu nascimento, desenvolveu-se fisicamente de forma também normal (Lc 2. 40-52 e Hb 5.8), vivendo sadiamente em um lar (Mc 6.1-6).

As Sagradas Escrituras afirmam que Jesus esteve sujeito a todas as limitações físicas próprias da humanidade: teve sede (Jo 19.28), fome (Mt 21.18) e cansaço (Jo 4.6); e sentiu alegria (Lc 10.21), tristeza (Mt 26.37), amor (Jo 11.5), compaixão (Mt 9.36), surpresa (Lc 7.9) e ira (Mc 3.5)

O teólogo britânico Bruce Milne, em sua obra Conheça a Verdade (ABU Editora, 1987), destaca que a tradução literal das passagens de Lucas 19.41, Mateus 27.46 e João 2.17 aponta para um Jesus que viveu intensamente as emoções humanas. Em Lucas, lê-se no original grego que "tomado de tristeza incontrolável, chorou". Na passagem de Mateus, lê-se que Jesus teve "uma consternação que se assemelha ao desalento". Já no Evangelho de João, o apóstolo descreve o Mestre com uma "indignação violenta que o consome como fogo".

Mas, uma das provas contundentes da humanidade de Jesus é a sua vida religiosa. Mesmo sendo Deus, Jesus, como homem, precisava estudar. Ele precisou aprender sua língua, como qualquer outra criança (Lc 2.52). Jesus estudou as Escrituras e meditou nelas para poder explicá-las (Lc 2.46,52). Agora, quando explicou-as, o fez com uma percepção singular (Mt 22.29; 26.54,56; Lc 4.21; 24.27, 44). Como homem, Jesus, também precisava orar. Todos os milagres que operou não foram por seu poder como Segunda Pessoa da Trindade, mas pelo poder do Espírito Santo (Mt 12.28; Lc 4.18 e At 10.38). Para isso, Jesus orava constantemente, e algumas vezes a noite inteira (Lc 6.12).

As tentações que sofreu são outra prova eloquente de sua humanidade. Ele foi "tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado" (Hb 4.15). Mas alguém pode dizer: "Será que essas tentações foram mesmo tentações para Ele, uma vez que Jesus não nasceu com natureza pecaminosa?" O fato de que as tentações que Cristo sofreu não terem contado com apoio interno, com uma natureza pecaminosa lutando dentro Dele a favor da tentação, como ocorre conosco quando somos tentados, não significa que Jesus não sofreu pressões quando foi tentado. Lembremos de Adão antes da Queda. Ele é um caso de natureza humana sem pecado, mas sujeita a uma tentação real (Gn 3). Além disso, o "filtro" da proteção divina na hora da tentação não estava sobre Jesus. Como assim?

1 Coríntios 10.13 diz que Deus faz com que nunca sejamos tentados "além das nossas forças". Como parafraseia Bruce Milne, "a tentação que encontramos é filtrada através da mão protetora de Deus". Acredita-se, porém, que, no caso de Jesus, esse "filtro" foi removido. Não é à toa que Cristo chegou a suar sangue em meio à tensão para fazer a vontade do Pai (Lc 22.44). Assim, "Jesus não participou do pecado original e permaneceu sem pecado durante toda a sua vida, mas como verdadeiro homem, Ele suportou o peso e o poder da tentação a um ponto que jamais iremos experimentar", conclui Milne.

A plena divindade de Cristo
Há uma profusão de textos que ressaltam a divindade de Jesus (Rm 9.5; Hb 1.8; Jo 1.1-3; 1.18; 20.28; At 20.28; Tt 2.13 e 2 Pe 1.1). Essas referências que acabei de citar são apenas as mais diretas. Existem outras passagens que, mesmo não sendo tão diretas, afirmam a divindade de Cristo. Por exemplo, aquelas que comparam a glória de Jesus com a glória do próprio Deus (1 Co 2.8; 2 Co 4.4; Hb 1.3; Tg 2.1 e Jo 17.5). Em João 12.41, a glória de Deus em Isaías 6 é a manifestação da glória de Jesus.

Em outras passagens, a Jesus são dirigidas orações e Ele recebe adoração (Ap 5.13; 7.10; 22.20; At 7.59; 9.13 e 1 Co 16.22). No original grego, o mesmo vocábulo usado para se referir à adoração que é devida somente à Deus em Mateus 4.10 (proskyneia) é utilizado para descrever a reação das pessoas em relação a Jesus (Mt 2.2,8,11; 14.33; Mc 5.6; Jo 9.38). Os discípulos o adoraram (Mt 28.17 e Lc 24.52). Os anjos o adoram (Ap 5.11-12). E detalhe: em todas essas passagens, Jesus aceita a adoração. Porque Ele é Deus!

Poderíamos citar ainda Jesus como Criador (Jo 1.1-3), enviando testemunhas como o próprio Deus (compare Isaías 43.10 com Atos 1.8), declarando-se Deus (Mc 2.7-12; Jo 8.56-58, 10.30) e julgando, no final dos tempos, "os segredos dos homens" (Rm 2.16), entre tantos outros textos. Mas esses já são suficientes para confirmar a divindade de Cristo. Detenhamo-nos agora na compreensão sobre a coexistência dessas duas naturezas distintas em Jesus - a natureza humana e divina.

Os dois lados da ponte
Compreender a humanidade e a divindade de Cristo é importantíssimo para entendermos a quem adoramos bem como a nossa Salvação em Cristo.

Jesus afirmou que Ele é o único caminho para Deus (Jo 14.6). Logo, Cristo é, por assim dizer, a única ponte sobre o abismo que nos separa de Deus. As pontes, sabemos, unem duas extremidades. Portanto, a título ilustrativo e didático, para entendermos a importância da humanidade e da divindade de Cristo, digamos que cada lado da "Ponte Cristo" representa uma natureza Dele. Um lado da ponte, a natureza humana. O outro lado, a natureza divina. Se cortarmos um dos lados da ponte, não poderemos, claro, chegar ao outro lado. Assim, os dois lados da "Ponte Cristo" têm que estar inteiros, não apenas um, para que cheguemos a Deus.

Se Cristo fosse só homem ou só Deus, seu sacrifício não seria perfeito. Somente um verdadeiro ser humano, plenamente justo, poderia morrer por todos os demais para salvá-los (Rm 5.18-19). Porém, não havia um justo sequer (Rm 3.10,23). Somente Deus é plenamente justo. Portanto, Deus teve que se fazer homem, ser tentado e vencer, e morrer na cruz como propiciação pelos nossos pecados, para que a Salvação fosse possível (Jo 1.1-5,9-14; 3.16,17; Rm 5.12,15).

Cristo é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Jesus não é mais ou menos humano e 100% divino. Ele também não é 100% humano e mais ou menos divino. Ele também não é 50% homem e 50% Deus. A Bíblia diz que somente um Messias 100% homem e 100% Deus poderia efetuar a Salvação (Is 7.14; Ml 4.2; Mt 1.21-23). Em outras palavras, se Jesus era o Messias, e Ele o é, então é plenamente homem sem deixar de ser plenamente Deus. Se dissermos o contrário, sua obra na cruz seria um farsa. Aquele homem que morreu na cruz era Deus. Jesus é Deus feito homem, feito carne por nós (Jo 1.14).

Para entendermos melhor a coexistência dessas suas naturezas distintas em Cristo, vejamos alguns conceitos teológicos e bíblicos indispensáveis sobre a relação entre as duas naturezas de Jesus.

Conceitos das duas naturezas em Cristo
1)              A união entre as duas naturezas é hipostática. O Concílio de Calcedônia, realizado em 451 d.C., foi o último que deu fim, uma vez por todas, ao debates sobre a pessoa única de Jesus provocados por pequenos grupos sectários do cristianismo. Foi a declaração de fé desse concílio que serviu de base para todas as formulações ortodoxas sobre a pessoa de Cristo até hoje. Basta lembrar que sua declaração de fé sobre Cristo foi aprovada plenamente pelos reformadores do século 16. Essa declaração afirma: "Devemos confessar que nosso Senhor Jesus Cristo é um único e o mesmo Filho (...) perfeito na divindade (...) perfeito na humanidade (...) de uma sé substância (em grego, homoousios) com o Pai na divindade; uma só substância (homoousios) conosco na humanidade (...), tornado conhecido em duas naturezas (physeis), sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação (...), sendo a propriedade de cada natureza preservada e correndo em uma só pessoa (prosõpon) e uma subsistência (hypostasis)".
Note a ênfase dessa declaração ortodoxa de fé: as duas naturezas de Cristo coexistem "sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação". Ela afirma ainda que Jesus é consubstancial conosco na humanidade e consubstancial com o Pai na divindade (homoousios), e a propriedade de cada uma das naturezas é preservada "concorrendo em uma subsistência". No original grego, o vocábulo que aparece aqui para "uma subsistência" é hypostasis. A ideia que esse termo dá é a de uma união perfeita das duas naturezas (sem diminuição de nenhuma delas) em uma única pessoa. O seja, Jesus é plenamente homem e plenamente Deus.

O grego é uma língua rica. Ela conta com a riqueza de vocábulos diferentes para se referir a nuances de uma mesma situação. Exemplo: para se referir ao amor, o grego usa quatro vocábulos diferentes. Todos os quatro significam amor, porem cada um expressa um aspecto diferente do amor. Na língua portuguesa não temos isso. Se digo que amo meu amigo e amo minha esposa, claro que todos sabem que refiro-me ao amor em níveis e situações diferentes. Porém, se quiser ser mais preciso, é necessário acrescentar algum adjetivo ao termo amor para que isso seja evidenciado: o amor pelo meu amigo é o amor fraternal e o por minha esposa, amor conjugal.

O grego, por ser uma língua rica, não precisa disso. Há quatro termos que sozinhos significam amor, mas em níveis e situações absolutamente diferentes. Por exemplo, no caso que acabei de citar, seriam fileo (amor fraternal) e eros (amor conjugal).

Pois bem, os cristãos do quinto século d.C., preocupados com a ortodoxia bíblica, ao procurarem minuciosamente na rica língua grega os termos que melhor expressariam a relação entre a humanidade e a divindade de Cristo, usaram justamente hypostasis. Foi uma escolha cuidadosa e importantíssima. Qualquer outro vocábulo não seria melhor para o caso. É por isso que os teólogos ortodoxos costumam dizer que a união das duas naturezas de Cristo trata-se de uma "fusão hipostática". Isto é, uma fusão perfeita de duas naturezas em uma única pessoa. Em outras palavras, a pessoa Cristo não era 50% homem e 50% Deus, não era meio homem e meio Deus, mas 100% homem e 100% Deus. O Deus Cristo é aquele homem. O homem Cristo é o verdadeiro Deus. Deus feito homem.

2)              As duas naturezas coexistem em anipostasia e enipostasia. O que são "anipostasia" e "enipostasia"? Esses termos foram cunhados pela primeira vez por Leôncio de Bizâncio (475-543 d.C.), que na sua juventude aderiu à heresia nestoriana (vamos falar dela mais à frente), mas depois voltou à ortodoxia bíblica. Ele escreveu várias obras apologéticas, combatendo o nestorianismo, o eutiquianismo e o monofisismo, doutrinas heterodoxas sobre a pessoa de Cristo.


Os termos "anipostasia" e "enipostasia" foram usados por Leôncio quando estava em debate a autoconsciência de Cristo. Na época, alguns hereges ensinavam que, já que Jesus era homem e Deus ao mesmo tempo, ou Ele teria duas consciências - uma humana e uma divina, sendo uma á parte da outra - ou teria apenas uma única consciência, que seria ou apenas humana ou apenas divina. Que resolveram? Decidiram que o "eu" autoconsciente de Cristo era apenas divino, não existindo uma autoconsciência humana. Em outras palavras, ensinavam o apolinarismo, doutrina que recebe esse nome por ter sido criada por Apolinário (310-390 d.C.), que afirmava que, na encarnação, o corpo de Jesus era humano, mas sua alma era divina. Isto é, Cristo não possuiria uma natureza completamente humana.
Leôncio combateu essa heresia afirmando que, uma vez que Jesus era verdadeiro homem, Ele tinha um corpo humano e uma alma humana. Caso contrário, sua natureza humana seria incompleta, Ele seria meio homem. Logo Jesus, por ter uma alma humana tinha uma autoconsciência humana, mas esta, ressaltou Leôncio, não possuía existência própria. Ela existia apenas no âmbito da união hipostática, isto é, da união perfeita entre a natureza humana e a divina em uma única pessoa, o Cristo.

O termo usado por Leôncio para se referir à impossibilidade de a autoconsciência humana de Cristo viver à parte de sua divindade chama-se anipostasia. Já o termo usado para se referir ao fato de o "eu" humano autoconsciente de Cristo se achar presente e real apenas no "eu" divino é enipostasia. No grego, en significa "no" (enhypostasia). Já o prefixo grego an de anipostasia (anhypostasia) quer dizer "sem".

3)              Há comunhão de propriedades entre as duas naturezas. Havia em Cristo uma comunhão genuína entre as duas naturezas. Portanto, é errado dizer que, quando Jesus efetuou certos atos (milagres), foi apenas como Deus; e, em outros casos, reagiu apenas como homem, não como Deus (quando se cansou, se irritou, sentiu fome e sede).


Ora, a Bíblia diz que os milagres que Jesus fez não foram realizados pelo seu poder como Deus, mas pelo poder do Espírito Santo (At 10.38). Por isso Ele disse aos seus discípulos que eles fariam obras maiores do que as Dele (Jo14.12). Quando Jesus operou milagres, operou-os como homem dependente do Espírito Santo (Lc 4.18). Quem viver uma vida de santidade e de dependência do Espírito, poderá ver também milagres em seu ministério e vida.

E quando Jesus se cansou, não se cansou apenas como homem. Ele se cansou como Deus feito homem, e se irritou como homem e Deus. Aliás, a beleza da encarnação é que ela nos apresenta Deus pisando o nosso chão, suando o nosso suor, comendo o que comemos, dormindo onde dormimos. É o deus verdadeiro vivendo como verdadeiro homem. Era Deus ali, conosco em humanidade.

4) Quando encarnou, Jesus não renunciou as funções e os atributos divinos. Esse princípio da Cristologia foi bastante defendido pelos reformadores ainda no século 16 e consiste no fato de que, enquanto Jesus estava aqui na Terra, Ele continuava com suas funções de sustentador de todas as coisas (Cl 1.17 e Hb 1.3). Jesus também permaneceu superior aos anjos, porque, mesmo sendo homem, continuava sendo o que sempre foi e será - Deus (Mt 26.53 e Hb 1.4-13)

5) As duas naturezas passaram por dois estados - da concepção à morte e da exaltação até hoje. Princípio também frisado pelos reformadores, ele enfatiza o fato de que as duas naturezas de Cristo passaram por dois estados - um da sua concepção no ventre de Maria até a sua ressurreição, e o outro a partir da sua ressurreição e ascensão (At 2.22-36; 2Co 8.9 e Fp 2.5-11). Jesus ressuscitou corporalmente, mas seu corpo, neste novo estado, foi glorificado. O mesmo corpo, mas glorificado.

6) Na encarnação, Cristo não despiu-se de sua divindade, mas de sua glória. A teoria de Kenosis diz que Jesus, quando estava aqui na Terra, despiu-se de sua divindade. Essa teoria baseia-se em uma frágil interpretação da passagem de Filipenses 2.7, que diz que Jesus "esvaziou-se" ou "aniquilou-se a si mesmo". No original grego, o termo usado nessa passagem bíblica é ekenõsen, daí o nome da teoria.
Para tentar não ser taxada como uma teoria que diz que o Jesus encarnado era Deus que passou a ser apenas homem, a Teoria de Kenosis diz que os atributos divinos de Jesus durante seu ministério terreno eram só "latentes" e "exercidos apenas em intervalos". Porém, mesmo que, na fusão entre as duas naturezas, o poder de Jesus como Deus fosse administrado em alguns momentos, isso não significa que ele havia se despido de sua divindade. E a prova está no próprio versículo utilizado para tentar provar o contrário. Uma leitura atenta em Filipenses 2 mostra que o verso 7 não está dizendo que Jesus renunciou seus poderes divinos, mas sim sua glória, isto é, sua dignidade divina. Administrando seu próprio poder depois de encarnado, Jesus "tornou-se a si mesmo insignificante", como ressaltam os teólogos James Packer e Bruce Milne.

Conceitos errados sobre as naturezas de Cristo
Cientes desses princípios, podemos perceber nitidamente agora os erros das heresias acerca da pessoa única de Jesus. Senão, vejamos (e usando a ilustração de Cristo como ponte, de que falamos já neste artigo)

a) Ebionismo - Advindo do cristianismo judaizante, dizia que Jesus era só homem, nada de Deus. Jesus seria apenas um Messias humano, nomeado por Deus para cumprir o seu desígnio e voltar no final dos temposEssa teoria quebra flagrantemente uma extremidade da Ponte Cristo, a divina, portanto é falsa.

b) Docetismo - Movimento que data dos tampos apostólicos e que resolveu cortar a outra extremidade da ponte, eliminando totalmente a humanidade de Cristo. Para o docetismo, Jesus só parecia ser humano (o vocábulo grego doceo significa "parecer"). Baseava-se nos ensinamentos grego-orientais de que a matéria é essencialmente má e que Deus não pode estar sujeito a sentimentos ou outras experiências humanas.

c) Gnosticismo - Tinha uma forte tendência docética. Para os gnósticos, Cristo não era Deus, mas um ser espiritual superior que desceu da "estratosfera celestial" e se uniu, durante algum tempo, a uma pessoa história, Jesus. Portanto, os dois elementos estavam frouxamente ligados em Cristo. Cortavam a ponte nas duas extremidades.

d) Arianismo - Ensino de Ário (256-336 d.C.), presbítero de Alexandria muito influenciado por Orígenes. consistia na ideia de que Jesus era criatura e não Deus. Cortava a ponte na extremidade da divindade. Dizia Ário que mesmo sendo superior aos anjos, "o Filho é criado". Para Ário, houve um tempo em que Ele (Cristo) não existia". O debate começou no Concílio de Nicéia (325), com o arianismo condenado, e resolvido definitivamente no Concílio de Constantinopla (381). Ainda hoje vemos esse ensino em seitas como os cristadelfianos e as Testemunhas de Jeová.

e) Apolinarismo - Para Apolinário (310-390 d.C.), de quem já falamos, na encarnação, o Deus Filho tomou o lugar da alma humana. Assim, Jesus era Deus possuindo um corpo humano. Seu corpo era humano, mas sua alma não. Logo, não era plenamente humano. Cortou o lado humano da Ponte Cristo.

f) Nestorianismo - Nestório, que dá nome a esse pensamento, foi arcebispo de Constantinopla em 428 d.C. Contam os historiadores que Nestório, preocupado em defender a humanidade de Cristo, acabou dividindo demais as duas naturezas, colocando em dúvida a unidade pessoal em Cristo. Muitos eruditos sérios de hoje afirmam que, provavelmente, Nestório não era nenhum herege, não tendo defendido muitas das opiniões que lhe são atribuídas. Ele teria sido mal interpretado e suas palavras distorcidas. Por isso, foi removido do seu cargo de arcebispo em 431 d.C., mas trabalhou até a morte como profícuo missionário.

g) Eutiquianismo - É o outro extremo. Se o nestorianismo ensinava a separação exagerada entre as duas naturezas, Eutíquio ensinou uma união radical, ao ponto de afirmar que, na encarnação, a natureza humana se fundiu com a divina ao ponto de ser surgido uma terceira espécie de natureza. Assim Jesus seria uma terceira espécie de ser, nem plenamente homem, nem plenamente Deus. O eutiquianismo foi condenado em 448d.C., no Sínodo de Constantinopla, como heresia. Depois de abandonar sua heresia, Eutíqui voltou a ser empossado em suas atividades já no ano seguinte, em 449 d.C.

Após todos esses movimentos, o Concílio de Calcedônia (451 d.C.) fechou os debates sobre as duas naturezas de Cristo com a declaração de fé que já falamos. Jesus, como está claro na Bíblia, é 100% homem e 100% Deus.



5 de jul. de 2012

CHEGADAS E PARTIDAS

Hoje,
A igreja é como um aeroporto, pessoas chegam e pessoas partem.
A igreja é como um hospital, pessoas nascem e pessoas morrem.
A igreja é como uma praça, pessoas sentam nos bancos e pessoas passam correndo.
A igreja é como uma olimpíada, pessoas vencem e pessoas perdem.
A igreja é como família, pessoas  amam e pessoas brigam.
A igreja é como uma construção, pessoas são edificadas, e pessoas são demolidas. 
A igreja é como um consultório, pessoas são diagnosticadas e pessoas são desenganadas.
A igreja é como um supermercado, pessoas compram e pessoas vendem.
Hoje, o que a igreja menos parece é com um templo, onde Deus é adorado gratuitamente, servido alegremente e amado ardentemente.
 Que saudade da igreja de antigamente!   

15 de dez. de 2011

POSSO SER "UMA ENCHENTE QUE DERRUBA TUDO"



I Cr. 14 15 (corrigida) “E há de ser que, ouvindo tu um ruído de marcha pelas copas das amoreiras, então sairás à peleja; porque Deus terá saído diante de ti, para ferir o exército dos filisteus”
.
(NVI) “Assim que você ouvir um som de passos por cima das amoreiras, saia para o combate, pois este é o sinal de que Deus saiu à sua frente para ferir o exército filisteu".

(Atualizada) “E há de ser que, ouvindo tu um estrondo de marcha pelas copas das amoreiras, então te apressarás; porque o SENHOR saiu então diante de ti, a ferir o arraial dos filisteus.” 


É tempo de "discernir", aprender e ver os sinais dos movimentos do Senhor e se mover segundo estes sinais.
O Espírito de Deus sopra onde e como quer, e eu devo ouvir o Seu som. 
É tempo para para eu ser mais ativo na obra de Deus.
Devo observar todas as situações, boas ou ruins e ver nelas oportunidades, tirando delas o máximo proveito.
É minha responsabilidade pelejar sempre contra os "filisteus" e, como mostra o texto acima, quando o próprio Senhor sai diante de nós, então devo ser especialmente valente na guerra como "uma enchente que derruba tudo" (v. 11).
 Talves um vento forte tenha sacudido as copas das árvores, acompanhado de um estrondo semelhante a um trovão, e Davi e os seus homens entenderam ser o sinal para uma arremetida, e no avanço deles o adversário foi ferido.
O barulho de marcha celestial é o sinal para marcharmos também, indo adiante, no cumprimento dos propósitos divinos.
Que estejamos velando para nos aproveitarmos da oportunidade esperançosa, quando ela chegar. 
Este mês de dezembro, com seu "espírito natalino" é uma oportunidade de ganhar almas. 
Que os meus ouvidos estejam abertos para ouvir o estrondo ou o sussurro do vento, e minha mente esteja pronta para obedecer ao sinal. 
tenho uma promessa: “Porque o SENHOR sairá diante de ti”. 
este é um estímulo, visto que o Senhor sai diante de mim, não há o que temer.
É isso aí!

MAIS VENCE O MAS


Na língua portuguesa existe uma série de palavras que se assemelham a advérbios. A Nomenclatura Gramatical Brasileira não faz nenhuma classificação especial para essas palavras, por isso elas são chamadas simplesmente de "palavras denotativas". Uma dessas palavras, também conhecida  como advérbio de situação é "mas", muito usada para apresentar ou destacar uma situação.
Na Bíblia encontro muito esta palavra quando o assunto é lutas, ataques diabólicos, inimigos ferozes; também ela é usada para me mostrar a importância crucial da preparação, atenção, vigilância, prudência, busca, confiança, perseverança, esperança.
Uma dessas passagens onde o "mas" é usada é I Cr. 14: 10-17.
Neste texto essa palavrinha é encontrada no início do verso 13 onde os filisteus, inimigos ferozes dos judeus, depois de sofrerem uma derrota voltaram ao vale dos Gigantes para combaterem Davi e seu exército.
O inimigo não desiste, insiste, persiste até que seja derrotado completamente. Que bom saber que esta derrota já está decretada!
Mas no verso 14 encontro um advérbio de intensidade "mais" que mostra Davi procedendo do mesmo modo que na primeira vez que os filisteus vieram ao vale (verso 10).
Bom, assim como o inimigo não desiste eu não vou deixar de buscar ao Senhor, de consultar meu Salvador nas batalhas.
Observo que, na segunda vez, a orientação do Senhor foi diferente. 

Na primeira Davi atacou os filisteus no Vale de Perazim, agora o conselho foi para ele atacar pelo outro lado, perto das amoreiras. 
É emocionante a declaração divina no verso 15 "Quando você ouvir o barulho de marcha por cima das amoreiras, ataque-os porque isso quer dizer que eu estou indo na sua frente para derrotar o exército dos filisteus". 
As estratégias podem mudar, segundo o conselho divino. Preciso estar atento para orientações novas, caminhos novos, novas direções.
Concluíndo, mesmo que o inimigo volte para me afligir, Deus sempre estará presente para me proteger.
O "mas" perdeu para o "mais".
Falou.

9 de dez. de 2011

GANHANDO COM CERTEZA


Em Et. 6: 13b lemos: "...você já começou a perder a luta com Mordecai. Ele é judeu, e você não vai ganhar de jeito nenhum. Você vai perder na certa".

Neste livro emocionante, cuja história mostra a providência divina, a perseverança de um homem em defender sua fé e a determinação de uma mulher em enfrentar as circunstâncias adversas, me detive neste versículo.
Podendo interpretar e fazer um paralelo entre o "judaísmo" de Mordecai com o meu "cristianismo", entendo que também meus adversários já entram perdendo quando querem lutar comigo, não por mim, mas pelo meu Deus, privilégio este que Mordecai também tinha.
Este personagem demonstrava ter princípios bem delineados e firmados e não se "dobrava" facilmente bem como acreditava no socorro divino. Sua declaração a sua sobrinha Ester nos versos 13- 14 do capitulo 4 mostra bem isso.  Mas, voltando ao texto primeiro, me conforta o coração e enche de fé meu espírito a certeza da "superioridade" do cristão verdadeiro ante as adversidades. Preciso enfatizar o "verdadeiro" porque ser cristão no Brasil parece "carne de vaca". Todo mundo se diz cristão, gospel, etc, mas vida que é bom, ai ai,
Como o diabo quer nos manter ignorantes quanto a isso e nos amedronta com qualquer "careta".
Como o diabo cria situações aflitivas que concorrem para nos fazer esquecer da Palavra de Deus onde temos promessas de vitória apenas se perseverarmos.
Como Deus é bom nos alertando, avisando e preparando para as batalhas já ganhas em Cristo Jesus.
Como é bom se Cristão!
É isso aí, bom dia. 

8 de dez. de 2011

que peixe sou?



Meditando em Mt. 13: 47-50 (Parábola da Rede), onde Jesus  ensina sobre a rede do "amor" de Deus e o julgamento no final dos tempos, fiquei pensando sobre os "vários peixes" que uma rede arrasta.
Outro dia, assistindo um documentário sobre pesca na Ilha de Marajó, me chamou a atenção o descarte de certos peixes que, segundo os pescadores, não prestam para o consumo ou comércio ou são venenosos, como, por exemplo, o Baiacu.
Ele é um peixe de carne alva e leve, com sabor marcante mas delicado. No entanto, ele possui um veneno extremamente forte chamado "tetrodoxina" fatal aos seres humanos.
No Japão, onde este peixe é consumido em restaurantes especialisados no manuseio, ele é um caso de saúde pública. Segundo estimativas, ocorrem 50 mortes de consumidores incautos por ano.
No documentário que assisti era exatamente este peixe que era descartado, morto a pauladas pelos pescadores.
Voltando a minha meditação, fico pensando sobre a rede do amor divino, os vário peixes que são carregados para a igreja.
Penso naqueles que pulam da rede, naqueles envenenam outros, nos que são insignificantes, ficam no "fundo" da rede e não fazem diferença e penso nos que são grandes, saborosos, alegram o Pescador, dão "lucro" para o Reino. Um lucro espiritual é claro, pois o Reino é espiritual!
Gosto de pescar; não sou um grande pescador, mas gosto. O peixe que mais gosto é a tilápia, que peixe gostoso.
Tem que saber pescar, muitos ficam "beliscando" a isca e é preciso muita atenção para não perder o escamoso. Ele resiste um pouco quando fisgado, mas quando é tirado da água, o pescador abre um sorrizão.
É; quero ser uma tilápia. Isso, uma tilápia graúda, daquelas que enchem  o samburá (igreja) e alimentam muitas pessoas.
è isso aí!


7 de dez. de 2011

PORQUE NÓS?

Meditando em Mt. 9:9-13, quando Jesus chamou Mateus (Levi em Marcos e Lucas), sua atitude provocou uma reação raivosa nos fariseus.
Observando, na tradução Linguagem de Hoje, as três passagens que discorrem sobre o assunto (Evangelhos sinóticos), observo uma certa "progressão" no ódio daqueles que deveriam entender a "lei" do amor para com os pecadores.
Mt. 9: 11 diz: "...por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?".
Mc. 2: 16 diz: "...porque ele come e bebe com essa gente?"
Lc.  5: 30 diz: "...porque  vocês comem e bebem com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama?".
"...por que é que o mestre de vocês..."
"...porque ele..."
"...por que vocês..."
Observe que, Lucas, o médico amado, nos traz uma revelação óbvia mas relevante, de que os fariseus se voltaram contra os discípulos raivosamente. No início do verso 30 lemos que eles ficaram zangados com os discípulos.
A "zanga" contra Jesus foi direcionada contra os Seus seguidores. Tudo bem, eu sei que isso é normal, mas quantas vezes nos esquecemos disso e nos perguntamos porque tantos problemas, perseguições, lutas, incompreensões? Porque nos esquecemos tão facilmente da advertência de Jesus sobre as aflições e sobre o ânimo que deveríamos ter?
Que Deus nos ajude a entendermos a raiva daqueles que não amam os "doentes" como Jesus cita no verso 12 de Mt. 9.
Que Deus nos ajude a não nos acharmos "sãos" como aqueles fariseus hipócritas.
QUE DEUS ME AJUDE!

24 de nov. de 2011

OS EGIPCIOS ODEIAM OS PASTORES

Gn. 46: 33-34: "Quando o rei lhes perguntar qual é a profissão de vocês digam que a vida inteira vocês são criadores de ovelhas, como foram os seus antepassados. Assim vocês poderão ficar morando na região de Gósem, pois os egípcios detestam os pastores de ovelhas".
 Quanto tempo eu não coloco minhas meditações neste blog; um pouco por falta de tempo, um pouco por falta de vontade e um pouco por achar que nem tudo deve ser postado!
Mas esta meditação de outro dia, achei interessante e muito significativa, principalmente para mim que sou pastor .
Me considero um pastor de ovelhas e não de "púlpito" (isso é outra meditação) portanto estou ciente do "ódio" dos egípcios.
 Entendo que, este povo pode representar aqueles que não amam a Deus e não comungam com Sua palavra, consequentemente, são inimigos do evangelho e daquele que o anunciam. 
Entendo também que todos os cristãos são "pastores" de ovelhas, no cumprimento da grande comissão e no testemunho diário.
Pastores pais, mães, empregados, patrões, adolescentes, jovens, adultos.
Pastores com um grande rebanho ou "meia dúzia" de ovelhas.
Pastores que brilham ou apenas clareiam levemente, mas são pastores, alvo do ódio do mundo.
Um cristão "lâmpada de geladeira" já faz diferença nas trevas da ignorância, da maldade, da indiferença e do pecado. Até mesmo este é odiado pelos egípcios. 
Tudo bem, meu medo não é do ódio do mundo, mas da falta de amor, da indiferença e do distanciamento de Deus e do pecador necessitado.
Tenho medo de ser um religioso que quer o "amor' de todo o mundo e não um cristão que quer o amor de Deus acima de tudo.
Eu preciso amar mais para combater o ódio, evangelizar mais para combater o ódio, orar mais para combater o ódio, "brilhar" mais, independente do ódio!  
É isso aí!   
  

4 de jul. de 2011

A Caverna de Adulão

Mais que um lugar de refúgio, a caverna é um lugar de acolhimento e aprendizagem.
No primeiro livro de Samuel, capítulo 22, está registrado o momento da vida de Davi quando Saul o perseguia obrigando-o a esconder-se. O lugar escolhido foi a caverna chamada de Adulão. Quando ouviram essa notícia, os irmãos de Davi e toda a casa de seu pai desceram para ter com ele. Com ele se ajuntou todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens.
É preciso compreender que Davi sofria perseguição por puro ciúme. Ele não fez nada que pudesse levar Saul a preocupar-se, senão o fato de que Davi caiu na graça do povo, por uma seqüência de vitórias obtidas a partir da morte de Golias.
É duro sofrer injustamente! Talvez, na cabeça de Davi, havia alguma confusão, pois alguns anos antes fora ungido rei sobre Israel, e agora, a cada dia, a profecia ficava mais longe de cumprir-se.
Sentir tristeza por causa do momento difícil, atribulado, era natural e compreensível.
Mas pode o cristão sentir-se deprimido, angustiado? Este estado é permitido ao filho de Deus ou não?
Para alguns, deprimir-se, sentir angustia, não pode ser de Deus. Para mim, angustiar-se é perfeitamente compreensível. A Caverna de Adulão teve um papel muito importante na vida de Davi. Foi um momento em que viveu num ambiente onde era permitido chorar.
Há ambientes onde não se pode angustiar-se. O choro é visto como uma fraqueza espiritual, e isto, na verdade é desumanizar-se. Para ser humano é necessário viver as etapas da vida, uma a uma, sem desconsiderá-las.
Deixamos de ser humanos quando adotamos comportamentos mascarados pela pseudo-espiritualidade, agindo como super-homens, que superam de forma automática qualquer dificuldade que surgir. Na caverna, Davi escuta sua própria voz, ouvindo os lamentos de seus companheiros, suas histórias e dificuldades de entender seus tropeços. Na caverna não havia lugar para pessoas como Elifaz, Zofar, e Bildade, que analisaram o problema vivido por Jó como fruto do seu pecado. Graças a Deus na caverna, todos os que ali se encontravam, podiam se compreender e nada cobrar pois eram todos humanos.
A caverna era o refúgio para quem precisava parar, pensar e tentar entender seus caminhos. Na caverna o líder não era um homem insensível, que nunca teve problemas em sua vida, perfeito em todas as suas atitudes. Ao contrário, Davi também tinha o seu problema. Estava aprendendo a compreender a dor das pessoas, a partir da sua própria dor. Também aprendia a valorizar cada pessoa que se ajuntava a ele. Passava a ver o potencial de cada um, suas virtudes e defeitos. Ali todos precisam de um milagre. Não havia profetas de plantão a ministrar milagres na vida dos outros.
Na caverna não havia como mentir pois todos estavam no mesmo barco e o "status quo" deixou de ser algo a ser perseguido. Agora é hora de pensar em sobreviver, sem luxo, sem requinte, sem floreios, sem subterfúgios, sem maquiagem. Não há discriminação quanto a nada, pois todos estão no mesmo barco.
Também ali, na caverna, era lugar de profunda aprendizagem espiritual. Chegara o momento de Deus falar coisas sérias a Davi, exigir-lhe obediência e submissão. Na caverna é lugar de "conversa de homem para homem". Aquelas conversas difíceis, onde derramamos nossa alma diante de Deus, questionando os fatos, o mal, a angústia.
Davi precisava ouvir o Senhor falar, orientá-lo quanto a que rumo tomar. Quando estamos por baixo, endividados, angustiados, e às vezes até sem força para orar, tornamo-nos sensíveis ao Senhor e à sua voz. O quebrantamento vem com a dor. Há revelações profundas de Deus a nós quando estamos refugiados na caverna de Adulão. 
A caverna era o lugar de Josebe- bassebete, Eleazar, Sama, Abisai e outros trinta valentes. Outrora, apertados, endividados, desanimados, agora, "gigantes"na fé.
A igreja precisa ser uma Caverna de Adulão! Um lugar receptivo, sem preconceitos e rico em aprendizagem. Não há vergonha em passar por períodos de tribulação. Mas é preciso aprender o que Deus quer nos ensinar para que a experiência valha a pena.
Toda terça, 19h30, a caverna de Adulão estará aberta numa de nossas Comunidades!

29 de jun. de 2011

UMA FAMILIA COMO TODAS?


Na maioria das vezes, as crianças são conhecidas por serem filhas de quem são; poucas vezes, os pais são conhecidos por causa de seus filhos. Este é o caso de Elcana e Ana.
Esse casal não fez nada de extraordinário, a não ser criar Samuel. Eles nem foram os primeiros nem os últimos a ter filhos depois de um prolongado período de ansiedade e oração. Não fosse por esse filho, esses dois – por mais fiéis que tivessem sido ao Senhor – provavelmente terminariam em obscuridade, conhecidos só por Deus e pelos anjos.
Mas o filho notável, Samuel, fez com que memória de Elcana e Ana fosse preservada nas Escrituras Sagradas, e então, esse casal, embora morto, ainda nos fala hoje.
Elcana (Que Deus criou) era um levita (I Cr. 6:16-23) pertencente a uma das famílias mais ilustres de sacerdotes. Vivia nas terras de Efraim (I Sm. 1:1).
Ele se casou com Ana (Graciosa). É possível era um bom marido, pois amava a esposa. Porém, alguns fatos no casamento deles não são muito agradáveis. Até poderíamos dizer que certas atitudes não eram corretas, como também não são corretas em nossos dias.
O nome de Ana é mencionado em primeiro lugar, indicando que ela era a primeira esposa e que, mais tarde, foi incluída outra mulher, Penina (Coral), na família provavelmente devido a sua esterilidade fazendo de Ana uma mulher sofredora que enfrentava circunstâncias complicadas.
Ana não foi abençoada com um casamento feliz, nem com a família pela qual ela tanto esperava, ter muitos filhos e isso era motivo de choro, desavenças e tristeza.
Também Ana era maltratada pela outra mulher de seu marido – Ofensas, palavras ásperas eram dirigidas à delicada Ana. Penina, a segunda mulher de Elcana, rival de Ana, aproveitava a infertilidade de Ana para proferir palavras duras e provocar sua ira.
Essa família constituída por um homem e duas mulheres não era incomum naquela época. Porém, incomum era que ele já não tivesse determinado que Ana fosse embora, porque não lhe havia dado filhos. Penina lhe deu muitos filhos. Ana não tinha nenhum. Aos olhos daquela época, havia falhado em seu objetivo de vida. Em outras palavras, ela não tinha razão de viver.
O objetivo maior das mulheres da época era gerar filhos, e o maior número possível deles. Essa era a maneira que assegurava a existência da família, por mais que houvesse um elevado índice de óbitos de crianças. Para a sociedade da época, uma mulher que não tivesse filhos era considerada fracassada, um peso morto para a sociedade.
Porém, a Bíblia enfatiza que Elcana amava Ana, embora não lhe tivesse dado filhos. Esse era um dos motivos pelos quais Penina ficava mais agressiva com Ana. Como ela era fértil, presenteava Elcana com um filho atrás do outro, mas a mulher amada era Ana.
Notemos a situação de Elcana: As duas mulheres eram infelizes. Primeiro, a mulher que ele amava, pelo fato de não ter filhos, era muito infeliz. Penina tinha muitos filhos, mas não se sentia amada. O clima desse lar era cheio de confusões.
A vida de Ana era repleta de problemas, mas também de fervorosa adoração e comunhão com Deus. Qualquer pessoa em seu lugar teria entrado em profunda depressão. Ela poderia estar triste, mas sua fé era forte quando se ajoelhava e se entregava em oração. Cada ano, Ana caminhava ao lado do marido até a Casa do Senhor para adorá-Lo e oferecer sacrifício a Deus.
Essa ação de devoção e amor a Deus era uma prova de que ela encontrava conforto e a certeza de que um dia Deus atenderia seu pedido.
Quão importante e benéfica é a adoração e também a comunhão com Deus! Vejamos algumas razões importantes para o fortalecimento e crescimento espiritual.
– Adoração é comunhão com Deus – Não sabemos se Ana confidenciava seus problemas pessoais com Elcana, nem se ela contava para o esposo as palavras duras que recebia de Penina. Mas, uma certeza temos: Ela levava seus problemas diários ao altar do Senhor através da oração e súplica, clamando a Deus por misericórdia, amor, compaixão e bondade.
– Adoração é um passo importante para se ter sabedoria – Como é possível, hoje, enfrentar os conflitos familiares? Só existe uma saída: Pedir a Deus sabedoria. Adorar o único Deus criador do Universo. Só Ele é capaz de nos mostrar o melhor caminho a seguir.
– Comunhão e adoração é algo do íntimo – Não é complicado ser fiel nas ofertas, nos dízimos, ir a todos os cultos da igreja. Porém, a verdadeira adoração e comunhão vem do interior. É você e Deus na solidão da alma. É quando você consegue extravasar seus sentimentos, sem constrangimento algum. É sentir a presença de Deus e ter certeza que Ele pode fazer a diferença em sua vida.
Não existe possibilidade de se ter uma vida espiritual saudável, sem ter alguns momentos com Deus de intimidade no qual se possa falar com Ele e ter a certeza que Ele está ouvindo. Nesse instante, você sente paz, segurança e conforto.
– Adoração e comunhão promovem a paz – Conhecer a imensidão do amor de Deus é abrir o coração como se Ele estives-se bem próximo de você. É ter a certeza que Ele tem empatia para com suas lutas e dificuldades.
Quer ter paz interior e fortalecimento espiritual? Não existe alternativa a não ser tirar um tempo a sós com Deus.
Esses momentos de comunhão entre nós e Deus devem se tornar um hábito agradável. Precisamos submeter a Ele nossos planos, nossas metas, nossos alvos. Esta é a única fórmula para encontrar a paz, porque a vida com Cristo é uma vida de descanso.
Enquanto sofria pelo fato de não ser mãe, Ana se apoderava do maior poder disponível aos seres humanos: a oração. Ela descobriu que sua fé era forte o suficiente para se manter consciente de tudo o que estava ocorrendo e alimentava a esperança de concretizar seu sonho.
É bom lembrar sempre:
A comunhão com Deus e a adoração de um dia não serão suficientes para o dia seguinte, pois Satanás constantemente muda suas táticas.
Cada dia, ele coloca à nossa frente circunstâncias diferentes, e somente pela força adquirida de Deus poderemos vencer.
Se você estiver, sofrendo adore a Deus.
Se estiver sentindo solidão, adore a Deus.
Quando estiver ansioso(a), adore a Deus.
Quando for criticado(a), adore a Deus.
Quando tudo estiver contra você, adore a Deus.
Lembre-se de que você não tem um grande problema, mas tem um grande Deus.
Viagem ao templo
A Bíblia relata que, cada vez, Elcana, Ana e Penina e seus filhos iam ao templo, Elcana oferecia sacrifícios. Ele dava uma parte para Penina e outra para todos os seus filhos e filhas.
Mas para Ana ele dava duas vezes mais. Elcana amava muito Ana. No caminho, e mesmo no período em que ficavam no templo, Penina insultava muito Ana. Por esta razão, ela chorava muito. Um dia, seu marido disse: “Ana, por que está chorando? Por que não come? Por que está triste? Por acaso, eu não sou melhor para você do que dez filhos?”
É verdade que o desejo de Ana ter um filho era um assunto muito importante e pessoal na sua vida. Um bebê traria alegria ao seu coração, iluminaria sua vida e silenciaria as críticas. Porém, enquanto o tempo predeterminado e perfeito de Deus não chegava, os anseios e aspirações de Ana iam se transformando, ela buscava a vontade de Deus, cada vez mais.
O tempo que Ana desejou ter um filho foi suficiente para que Deus trabalhasse nela o desejo de algo mais precioso do que simplesmente ter um filho só para si. Ela passou a desejar ter um filho para o Senhor!
Certa vez, a família estava em Siló e todos tinham acabado de comer. Eli, o sacerdote, estava sentado numa cadeira, à porta da tenda sagrada. Ali, Ana se levantou aflita e, chorando muito, orou a Deus, o Senhor, e fez esta promessa: “Ó Senhor Todo-poderoso, olha para mim, Tua serva! Vê a minha aflição e lembra de mim! Não esqueças a Tua serva! Se Tu me deres um filho, prometo que o dedicarei a Ti por toda a vida e que nunca ele cortará o cabelo” (1Sm 1:11).
Por um longo período, Ana continuou orando ao Senhor. Eli começou a prestar atenção a ela e notou que seus lábios se moviam, porém não se ouvia nenhum som. Eli pensou que ela estivesse bêbada e disse: “Até quando você vai ficar embriagada?” Respondeu ela: “Senhor, eu não estou bêbada. Estou desesperada e estava orando, contando a minha aflição ao Senhor. Eu sou muito infeliz e sofredora.” Eli lhe disse: “Vá em paz. Que o Deus de Israel lhe conceda o que você pediu” (1Sm 1:17).
Que o senhor sempre pense bem de mim!” falou Ana. E saiu. Alimentou-se e já não mais estava triste. O que provocou essa mudança radical em suas emoções? Foi a certeza de que seu pedido iria se tornar realidade. Esse marco foi o fim da tristeza de Ana e o começo da alegria, provando sua grande fé. Nada havia mudado, mas ela creu que muito em breve teria em seus braços um filho.
Ana amava Deus e era completamente dedicada a Ele. Ainda assim, foi mal compreendida e falsamente acusada. Contudo, por sua maneira de reagir se percebe que sua vida era permeada das suaves virtudes da graça e da benevolência, a despeito das circunstâncias difíceis que ela vivia. Observe a reação de Ana diante das palavras de Eli: Ela não retrucou, nem ficou na defensiva. Apenas explicou educadamente sua condição. Em outras palavras, foi cortês e usou de sabedoria.
Eis algumas regras pelas quais Deus nos exorta a falar com sabedoria:
Fale com sabedoria e bondade (Pv 31:26).
Pense antes de falar (Pv 15:28).
Aprenda a falar com brandura (Pv 15:1).
Fale palavras meigas (Pv 16:21).
Instrua ao falar (Pv 16:23).
Modere suas palavras (Pv 10:19).
Na manhã seguinte, Elcana e a sua família se levantaram cedo e adoraram a Deus. Então, voltaram para casa em Ramá.
Elcana teve relações com sua esposa Ana, e o Senhor respondeu às orações dela.
Ana ficou grávida e, no tempo certo, deu à luz um filho. Deu-lhe o nome de Samuel (aquele a quem Deus ouve) e explicou: eu pedi esse filho a Deus. Ana recebeu um precioso presente.
Os filhos são entregues aos pais como precioso depósito, o qual Deus um dia requererá de suas mãos”.
Nasceu um bebê! Não era um nascimento comum. Era o bebê de Ana, a mulher que fora estéril por tanto tempo! Havia um trabalho para ela fazer e devia fazê-lo depressa.
O coração da mãe encheu-se de alegria e louvor, e ela almejava extravasar sua gratidão a Deus. Samuel ia crescendo, e tornava-se agradável tanto para o Senhor, como para com os homens.
Ana teria apenas alguns anos para educar seu filho para Deus, pois, afinal, além de o pequeno Samuel ter sido “pedido a Deus” (significado do seu nome) e concedido por Deus, ele também havia sido prometido a Deus e deveria ser entregue a Ele.
Jamais Ana se esqueceria de quem lhe dera aquele precioso bebê: Deus, o Criador da vida, ouvira suas orações e respondera presenteando-a com um filho. Samuel sempre lembraria a misericórdia de Deus para com a sua piedosa e fervorosa mãe e para com todos os que invocam Seu santo nome.
Quanto tempo Ana teve para dedicar amor ao pequeno Samuel e incutir nele as verdades de Deus? Somente dois ou três breves anos até ele ser desmamado.
Assim como Ana orou para ter um filho, quantas e quantas orações foram elevadas ao Céu suplicando sabedoria para educar Samuel. Este é o grande poder que as mães têm nas mãos. Basta usá-lo.
Uma pergunta muito importante neste ponto da história de Elcana e Ana seria: Como uma mãe, do tempo de Ana ou dos dias atuais, cria um filho para Deus?
Vamos encontrar a resposta na Bíblia Sagrada:
1- Ame a Deus de todo o seu coração - (Dt 6:5) Para educar um filho para Deus você (mãe, avó, tia, educadora, babá) precisa amar a Deus sobre todas as coisas. Você só pode transmitir aquilo que possui.
2- Ensine a Palavra de Deus - (Dt 6:7) A Palavra de Deus ensina, repreende, orienta e educa seu filho à medida que ele cresce. Coloque como prioridade o culto familiar todos os dias (2 Tm 3:16).
Procure a melhor maneira de educar seu filho para Deus
1- - Leve seu filho a Cristo o mais cedo possível.
2- - Eduque-o na Palavra de Deus. Os filhos devem ter padrões bíblicos e não apenas padrões morais.
3- - Seja um exemplo fiel. Viva suas convicções 24 horas por dia, não apenas em palavra, mas através do seu exemplo.
4- -Ore sem cessar. Cerque seu filho numa atmosfera de oração.
5- - Crie um ambiente familiar positivo, construtivo e passe tempo com seus filhos. É importante a qualidade do tempo, mas a quantidade também é importante.
6- - Procure criar entre você e seus filhos um elo de amor, amizade e companheirismo.
Tenha regras objetivas, claras e bem definidas em seu lar.
- Quando disciplinar faça-o com amor.
- Confie em Deus e peça a unção do Espírito Santo para obter sabedoria.
- Lembre-se de que Deus completa o incompleto que existe nos pais sinceros de coração.
Ana e Elcana cumprem o voto
Ana nunca esqueceu de que seu filho Samuel devia ser entregue ao sumo sacerdote de Deus para servir ao Senhor todos os dias de sua vida.
Quando o casal se aproximou da Casa do Senhor com o filho e o sacrifício necessário para o comprimento do voto, Ana sabia que estaria entregando a Deus o maior sacrifício pessoal de todos: a fonte de sua suprema alegria. Entregava a Deus o seu bem mais precioso e valioso. Seu único filho.
Expressões de exultação e glória brotaram do coração agradecido de Ana quando declarou solenemente: “O meu coração se regozija no Senhor, a minha força está exaltada no Senhor” (1Sm 2:1). O coração de Ana concentrava-se em Deus.
Suas palavras não causaram surpresa alguma, naquele momento difícil. As palavras proferidas por ela vieram de um coração sincero. Essas palavras ficaram registradas na Bíblia para que homens e mulheres de todas as épocas pudessem receber conforto em seus momentos difíceis.
Pare, pense: O que você pode oferecer a Deus que seja valioso? - Seus filhos? Deus deu o Seu único Filho (Jo 3:16), e Ana também fez o mesmo. Você deu seus filhos a Deus para que Ele possa usá-los como Lhe aprouver e em qualquer lugar para o Seu serviço e Seus propósitos? Seu amor? Você tem demonstrado amor a Deus, amando seus familiares, amigos, inimigos e mesmo os menos favorecidos? Quantas vezes um pobre se aproxima pedindo ajuda e você se afasta? Lembra-se do que diz a Bíblia? “Tive fome e Me destes e comer”.
Sua obediência? O próprio Samuel disse, algum tempo depois: “Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à Sua palavra? Eis que o obedecer é melhor que sacrificar” (1Sm 15:22). Que tipo de obediência Deus está nos pedindo?
Seu tempo? Tempo perdido é tempo subtraído de Deus. Cada minuto é valioso. O que temos feito do nosso tempo? Será que dedico algumas horas do dia para estudar a Bíblia, orar, servir ao meu próximo, levar palavras de conforto para quem esteja sofrendo? O que você tem feito do seu tempo? Pense, reavalie suas prioridades.
Seu dinheiro? Quando o rei Davi depositou sua oferta no altar ao Senhor, abriu seu coração a Deus: “Não oferecerei ao Senhor, meu Deus, holocaustos que não custem nada” (2Sm 24:24). Dádivas de amor custam muito.
Você mesmo? Ana deu seu único filho, mas antes desta dádiva, Ana deu a si mesma a Deus, porque do contrário ela não teria feito a promessa e nem teria cumprido seu voto. E você, já fez sua entrega completa a Deus?
Logo que Ana entregou Samuel ao sacerdote Eli, ela proferiu uma das orações mais lindas na Bíblia. Está registrada em 1Sm 2:1-10.
Apenas destacando alguns pontos:
Salvação em Deus: Eu me alegro na Tua salvação (v.1).
Santidade de Deus: Não há santo como o Senhor (v.2).
Força de Deus: Rocha não há, nenhuma, como nosso Deus (v.2).
Sabedoria de Deus: O Senhor é o Deus da sabedoria (v.3).
Poder de Deus: Só Deus tem o poder de dar força aos fracos, alimentar os famintos, transformar as estéreis em férteis, ressuscitar os mortos, curar os enfermos, tornar ricos os pobres, e fazer com que os humildes sejam exaltados (v 4-8).
Julgamento de Deus: Os que contendem com o Senhor são quebrantados (v.10).
Que fantástica a oração proferida por Ana! Vale a pena meditar nos atributos de Deus em todos os momentos, quer sejam bons ou maus.
Ninho vazio
Como uma pessoa que ama a Deus e a família preenche os dias quando ninho fica vazio?
Ana não se entregou à tristeza, lamúria e choro de muita saudade de seu filho. Ela continuou amando seu filho a distância. A Bíblia relata que todos os anos, ela fazia uma túnica pequena e levava para Samuel.
Creio que, assim como Ana orava para ter esse filho agora ela orava cada vez que tecia as roupas para Samuel. O maior investimento que vocês como pai e mãe podem fazer pelos filhos distantes é a oração. Vocês não têm como controlar todos os seus passos, não têm como protegê-lo de todos os perigos, mas podem constantemente elevar aos Céu uma prece pedindo que Deus o proteja e que os seus ensinamentos possam ser vividos pelo seu filho onde ele estiver.
Ajudem seus filhos hoje, todos os dias, com suas orações e com seu amor. A fidelidade dessa dedicação representa um investimento de suma importância, para a próxima geração.
Samuel foi um grande líder, Ana foi mãe de mais três filhos e duas filhas.
Samuel cresceu e tornou-se o último juiz de Israel, excelente e talentoso profeta, aquele que ungiu os dois primeiros reis de Israel. Samuel foi um líder espiritual de grande importância que levou a nação a voltar-se para o Senhor. Seus pais tiveram seu papel nesse despertar espiritual quando confiou em Deus deixando um exemplo de devoção determinada em sua maternidade. Ela foi agraciada com mais três filhos e duas filhas.
Lições importantes daquela família Ana para nós hoje:
1- Enfrentar as angústias aos “pés” do Senhor. Você é perseverante?
2- Levar todos os problemas a Deus. Você leva seus problemas para quem?
3- Suplicar ao Senhor. Você conhece a importância de uma súplica sincera feita através da oração?
4- Entender que os filhos são dádiva do Senhor. Esse fato tem influenciado seu modo de educá-los?
5- Considerar a importância de educar um filho para Deus. Você pede a Deus sabedoria para ensinar seus filhos e educá-los para que sirvam a Deus?