18 de ago. de 2010

AS MARCAS DA IGREJA


Na matéria de Eclesiologia, ensino sobre as marcas da verdadeira igreja, por isso decidi postar esta palavra do Pr. Carlos Alberto Chaves Fernandes da Igreja Presbiteriana da Tijuca, Rio de Janeiro.
Una, Santa, Católica e Apostólica
Ensina o Credo Niceno (aceito por todas as confissões de fé cristãs) que a Igreja é objeto de nossa fé. Repete-se, no mesmo, que cremos na Igreja. Entretanto não é qualquer igreja que é objeto da fé cristã. A Igreja, na qual se crê, tem marcas distintivas, como emblemas que a definem e qualificam.
A primeira destas marcas da Igreja é que ela não é múltipla, mas uma única Igreja, ela é Igreja UNA. Só existe uma Igreja: a Igreja de Jesus Cristo, ou a Igreja Cristã. A Igreja tem por marca a sua singularidade. Isso significa que as igrejas que conhecemos, com nomes variados (romana, grega, anglicana, luterana, presbiteriana, batista, metodista...) são denominações e não Igreja, no sentido teológico do termo e que, por isso, não são objetos de nossa fé. Ninguém deve crer na igreja católica, ortodoxa, episcopal etc.
A Igreja não é somente singular, mas também unida. Este é o sentido de Igreja Una. É uma só e unida Igreja. As muitas caras da Igreja (as denominações) e que desembocam, tantas vezes, em grupelhos que alimentam até ódio religioso são, na verdade, a negação da Igreja. Isso significa que a unidade da Igreja não está em suas doutrinas particulares (estas, estabelecem as diferenças), mas em Cristo que morreu pela Igreja. Cristo é o centro da unidade da Igreja e a razão de sua singularidade. Afirma Calvino sobre a Igreja que: Onde quer que vemos a Palavra de Deus ser sinceramente pregada e ouvida, onde vemos serem os sacramentos administrados segundo a instituição de Cristo, aí de modo nenhum se há de contestar está a Igreja de Deus (Institutas, IV, I, 9).
A Igreja é una, visto que a ela tem uma missão só. Ela não tem muitas tarefas, muitas obras, muitas missões. Ser Igreja é que é a missão. Ela recebeu esta missão do Senhor: ser instrumento de Deus na implantação do Seu Reino, ou seja, fazer com que a criação chegue ao alvo determinado por Deus: a redenção! Os frutos deste Reino: paz, amor, justiça, fé, esperança, entre outros mais, são modos distintivos da missão da Igreja. Assim, a missão, base da unidade da Igreja, não é fazer proselitismo (roubar gente de outras denominações para a "nossa igreja"): isso é trabalhar contra a unidade da Igreja. A Igreja é que é a missão assumida pelos eleitos que sabem ser ela instrumento de Deus neste mundo para levar a cabo os propósitos de Deus para a Sua criação.
Ser fiel à pregação da Palavra e à ministração dos sacramentos é, em última análise, permanecer na luta pela libertação deste mundo. Pois esta é a sua preocupação: anunciar o Evangelho que promove a justiça, a paz, o amor, a fé, a esperança.
A segunda destas marcas da Igreja é que ela é santa. Isso significa dizer que ela é separada deste mundo. Realmente este é o significado de Igreja (e k k l e s i a = e k (preposição, deu origem ao sufixo latino "ex", "de fora") + k a l e w (verbo "chamar", numa tradução literal do termo teríamos: "chamados de fora"). Esta é a santidade da Igreja: ela foi chamada por Deus para servi-lo. Este serviço, que se origina do chamado de Deus, é a santidade da Igreja.
Santa, neste caso, não pode ser visto de modo meramente moral (sem pecados ou maldades – neste sentido, somente Deus é Santo, ou seja, sem pecado). A santidade da Igreja é o seu serviço: ela está a serviço do Deus que é Santo. Quem quiser encontrar santidade na Igreja olhando para os membros da Igreja e reparando como eles são "santos", certamente terá uma grande decepção.
A Igreja presta este serviço a Deus no mundo. Ela é separada para servir a Deus e não separada do mundo para ser de Deus. Ela é separada para servir a Deus dentro deste mundo. Se julgar que sua santidade é o seu afastamento do mundo, na verdade afastar-se-á do lugar do serviço de Deus e, por isso, servir-se-á e não ao Deus que a convocou, perdendo, assim, a santidade para qual foi chamada. Este é o ser da Igreja: servir a Deus no mundo. As tarefas realizadas pelas comunidades, em situações históricas diferentes e diante dos desafios das várias e diferenciadas situações, tem como princípio, meio e fim o serviço a Deus.
Isso significa dizer que a Igreja não faz evangelização, atendimento aos necessitados, publicações, cultos dominicais, e seja lá mais o que fizer, a não ser dentro desta perspectiva de sua santidade. Razão porque o Novo Testamento conhece e reconhece que o Culto de Deus é o Serviço de Deus: servir e cultuar a Deus são uma e a mesma coisa. Pode-se, pois, afirmar, com plena convicção, que o culto prestado pela Igreja ao Seu Deus está na vida de serviço que tem.
Isto, porém, não é um "esforço" da Igreja. A sua santidade foi conquistada e é realizada em Cristo: Jesus Cristo é quem apresenta a Igreja, diante de Deus, como santa, inculpável, irrepreensível, sem ruga, sem marca. E, assim como Seu Senhor, a Igreja serve ao Pai no serviço que presta à humanidade neste mundo, lutando pelo amor, a paz e a justiça.
O Espírito, que é Santo, é quem garante a unidade e comunhão desta Igreja, reunindo-a no mundo para proclamar as virtudes d’Aquele que a tirou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Ao, pois, dizer que deve-se depositar confiança (cre) na santa Igreja, afirma-se o amor que Deus tem por esta Igreja, chamando-a, separando-a, vocacionando-a, purificando-a dos seus pecados e dando-lhe comunhão para que seja o "plano-piloto" do seu Reino em meio a este mundo.
A terceira destas marcas da Igreja é que ela é católica. Este é um termo que, lido assim, parece referir-se à Igreja Romana, mas não. O termo quer dizer Universal. Mas este é outro termo problemático hoje em dia, pois pode parecer que se está falando da Igreja Universal do Reino de Deus. O termo quer dizer Ecumênica. Mas isso também traz muito problema na maioria das comunidades cristãs.
Primeiramente deve-se destacar que ao falar-se católica não se está pensando quantitativamente, mas qualitativamente. A Igreja não é católica porque é grande, imensa, quantitativamente, espalhada por toda a face do planeta (embora, a bem da verdade, isso seja ótimo!). Se de um lado o termo que dá emblema à Igreja, católica, quer dizer Igreja "abrangente", isso significa, também, Igreja "integral". A Igreja que é objeto de nossa fé não é propriedade de um povo, uma raça, uma nação, de uma classe social, de um segmento etário ou de um dos sexos.
A Igreja destina-se à todos, assim como a salvação em Cristo, objeto central, fundamental e principal da Igreja. Ela transcende as barreiras que dividem a humanidade, sejam fronteiras, sejam governos, partidos, culturas, raças, sexos, classes sociais. Por isso, a Igreja afirma a sua catolicidade na medida que trabalha sempre para derrubar as barreiras criadas pelos homens e que acabam gerando discriminações as mais variadas.
Vê-se, pois, que a questão fundamental que envolve a catolicidade da Igreja é, antes de tudo uma questão qualitativa e que, como conseqüência, acaba por atingir a via quantitativa. Porém, mesmo antes, no início, quando a Igreja era um minúsculo movimento recém saído do judaísmo e constituída de poucas raças e seguimentos sociais, mesmo ali era ela católica, pois apontava seus esforços na direção de todas as nações, de todos os povos, de todas as pessoas e lutava, ainda que pobre e sem poder, contra as barreiras que separavam os seres humanos.
A Igreja, é claro, é a expressão do amor de Deus, revelado na Sua eleição. Entretanto, a Igreja em sua militância não tem como determinar os eleitos, mas somente anunciar a todos o Evangelho do amor de Deus em Cristo: A saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo (Paulo). Por isso a Igreja insere-se em todas as culturas, em todos os espaços humanos, para trazer a mensagem transformadora do Evangelho de Deus em Cristo.
A quarta destas marcas da Igreja é que ela é apostólica. Este é o fundamento sobre o qual se ergue a Igreja. Aprendemos isso no N.T.: Jesus Cristo é a Pedra Angular que sustenta o edifício; o fundamento é o testemunho, a doutrina, o ensino apostólico; as colunas são os ministérios da Igreja; e, todos nós, as pedras vivas. Deus não tem, nem reconhece, nenhum outro templo onde habitar.
Foram os apóstolos de Jesus Cristo, fundadores da Igreja, que edificaram a Igreja. Por isso receberam o ofício das chaves, ou seja, as "chaves da Igreja", pois a Igreja é, antes de tudo, apostólica. Ela não é de uma pessoa, de um bispado que se prolonga em linha de continuidade, não é propriedade de uma raça, uma nação, um grupo, uma denominação.
Isso significa que na Igreja não se acredita no que se tem na cabeça, como se a fonte de nossa fé fosse somente a nossa exclusiva relação com Deus. Nossa relação com Jesus Cristo, sua doutrina, seus ensinos, suas intenções santas, estão relacionadas aos apóstolos. Ora, o ensino apostólico encontra-se nas Escrituras Sagradas do Novo Testamento, assim, as questões doutrinárias de fé, de prática e de consciência devem estar coerentes com o ensino dos santos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo.
Esta é a única autoridade da Igreja: ser apostólica. Ela fala com autoridade porque fala conforme os apóstolos. Porém, e mais importante, ela age com autoridade porque age conforme agiram os apóstolos. Ela dá testemunho apostólico e exemplo apostólico. Os ministérios da Igreja estão sob uma ordem: a ordem apostólica. Por isso, quer na palavra (pregação sobre a obra redentora de Jesus Cristo), quer nos sacramentos (apresentação da obra redentora de Jesus Cristo), a Igreja segue os apóstolos e, assim, e somente assim, podemos falar com toda a tranqüilidade em sucessão apostólica (que nada tem haver com episcopado monárquico).
A Igreja vive dessa seqüência (de seguir, ou suceder) aos apóstolos. Isso significa que de um lado ela preserva, guarda, defende o que recebeu por herança dos apóstolos, persevera naquilo que deles aprendeu. De outro, na imitação de suas práticas, a Igreja renova e inova, recriando nos diferentes contextos da história e da geografia deste mundo (ela é católica) a prática libertadora, purificadora, santificadora, dos apóstolos de Cristo. Na pobreza e simplicidade apostólicas a Igreja estende ao mundo a mão abençoadora de Jesus livrando os homens das garras do mal, da opressão, das injustiças e do diabo.
Aprendemos com João Calvino que "onde quer que vemos a Palavra de Deus ser sinceramente pregada e ouvida, onde vemos serem os sacramentos administrados segundo a instituição de Cristo, aí, de modo nenhum, se há de contestar, está uma Igreja de Deus..." (Institutas, IV, I, 9). Isso significa que, por esses sinais identifica-se a Igreja.
A Igreja, por ser apostólica, tem como sinal claro a pregação apostólica, ou seja, conforme ensinaram os apóstolo. Tudo o que deveríamos conhecer e saber foi-nos dado por Deus, através dos santos apóstolos, na Escritura Sagrada. Por essa razão, este sinal da Igreja (a correta pregação da Palavra de Deus) está ligado à sua marca preponderante (ser a Igreja apostólica).
A Palavra de Deus deve ser pregada sinceramente. Este é um termo muito cheio de significado: sincero quer dizer sem cera. As ceras eram usadas para esconder rachaduras em vasos por comerciantes que desejavam enganar os consumidores. A correta pregação da Palavra não esconde a verdade, antes a coloca claramente aos ouvintes. Por isso, parte dessa marca não é somente a sincera pregação, mas a correspondente escuta da mesma. Na Igreja a Palavra deve ser acolhida, quando pregada na linha apostólica e com sinceridade, de modo manso e obediente. Por isso diz Tiago: Acolhei com mansidão a Palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas (1:21).
Vê-se, pois, que a pregação e o acolhimento da Palavra de Deus são indiscutíveis sinais da Igreja de Jesus Cristo. Mas o que Calvino quer destacar é que não é somente um mero falar e um mero ouvir. Não é uma questão de comunicação somente. Está implícito que este falar e este ouvir correspondem a um praticar. Considerando que na tradição calvinista o único intérprete fiel da Palavra é o Espírito Santo, pois é Ele quem nos revela a Cristo e aplica os benefícios da graça ao nosso coração, a aplicação da Palavra de Deus ao coração do cristão é obra eficaz do Espírito Santo. Conseqüência disso é a prática desta Palavra: Tornai-vos, pois, praticantes da Palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos (Tg. 1:22).
Neste sinal fala-se de duas submissões: do ministro no falar e da comunidade no ouvir. Ambos, como sinal da Igreja, quer no anunciar, quer no ouvir e praticar, devem estar submissos a Deus que opera, pela Palavra, através do Espírito Santo. A Igreja de Cristo está submissa à Palavra de Cristo, pois é a Igreja Apostólica, unida no poder do Evangelho, santificada pelo Espírito que a consagra para si.
A Igreja, por ser apostólica, expressa como seu claro sinal, conforme o ensino de Jesus que nos advêm destes mesmos apóstolos, os Santos Sacramentos. Este é um termo latino, tradução do termo grego bíblico mysterion (m u s t h r i o n ). Este termo, na Bíblia, é usado para descrever todas as coisas ou sinais que representam sublimidades espirituais.
A pregação da Palavra de Deus nos orienta a fé e a conduz às verdades de Deus, os Sacramentos, foram instituídos por Deus para o mesmo fim. Eles consistem em um sinal externo mediante o qual o Senhor sela a nossa consciência com as verdades eternas de suas promessas (que outra coisa não é senão a Sua bondade para conosco), para sustentar a debilidade de nossa fé e nos fortalecer nas promessas de Sua Palavra. Seria como que um modo de calcar e recalcar as verdades do Evangelho de Jesus Cristo em nosso coração tardo e néscio para compreende-las.
Na pregação da Palavra de Deus existe um sinal externo (a Escrituras Sagradas), nos Sacramentos há, também, um sinal externo (que é o elemento material neles usados – água, pão e vinho). Como a Palavra de Deus nos promete a boa e misericordiosa graça de Deus, os Sacramentos também não existem sem uma promessa que os fundamente e garanta. Por isso, Calvino, ensinando sobre o Sacramento, diria que o mesmo é a Palavra visível (...) Destrate, certo é serem-nos pelo Senhor oferecidos a misericórdia e o penhor de Sua graça tanto por Sua sagrada Palavra, quanto pelos Sacramentos (Institutas, IV, XIV, 6 e 7).
Assim como na Palavra torna-se necessária a fé para que a sua mensagem seja compreendida e apreendia, nos Sacramentos, também, sem a fé de nada aproveitam. Não há outro modo de atuação da graça de Deus, que nos é apresentada na Sua Palavra, a não ser pela fé. Assim, também, a graça de Deus, que nos é apresentada nos Sacramentos, torna-se eficaz e eficiente no coração que tem fé. Como a fé é um dom de Deus aos eleitos, deve-se afirmar, com toda a certeza, que os Sacramentos de Deus são oferecidos, somente, aos Seus eleitos que já foram despertados pelo dom da fé.
Assim como a atuação da graça de Deus torna-se eficiente ao coração que a recebe por fé, somente por meio do Espírito Santo, também, o Sacramento, somente pela atuação poderosa do Espírito Santo, aplicando-nos os benefícios apresentados no Sacramento, torna-se eficaz na vida do crente. Por isso, os Sacramentos confirmam a Palavra Deus, pois, representam a Cristo e nos apresentam a Sua graça bendita, no poder do Espírito.
Outro sinal fundamental da Igreja de Cristo é a sua disciplina. Tal disciplina está relacionada à sua fidelidade à Palavra de Deus. Razão porque nós, presbiterianos, ao recebemos um membro à comunhão de nossa fé exigimos fidelidade à disciplina às autoridades constituídas para seu governo enquanto forem fiéis à Palavra de Deus.
Infelizmente este termo tem sido muito mal interpretado dentro da Igreja, confundindo-se disciplina com castigo e governo com autoritarismo. Mas disciplina tem muito mais a ver com ensinar, educar, corrigir do que com julgar, condenar e punir. Veja-se, por exemplo, o verbo grego que traduzimos por exortar. Pode parecer a alguns que seu sentido seja "chamar a atenção" no sentido de "passar um ‘sermão’", o que nada se coaduna com o significado do termo.
Exortar vem do verbo grego p a r a k a l e w (parakaleo), que é a junção da preposição p a r a (para = do lado, ao lado, junto de) e do verbo k a l e w (chamar), literalmente, significa chamar ao lado, ou chamar para ficar ao lado. A idéia seria um apelo, ou rogo para estar ao lado, estar no mesmo caminho, estar junto. Por esta razão ele é traduzido por pedir, convidar, rogar, consolar, encorajar. Esta não é outra senão a missão do Espírito Santo, que foi denominado por Jesus de outro Õ a r a k l h t o s (parakletos) ou seja Consolador.
Disciplinar, neste sentido, significa ficar ao lado de alguém, instar, ensinar, encorajar, dar o suporte e o amparo necessários para que não haja quedas, ou tropeços, ou desvios do caminho. Isso nada tem a ver com julgar, punir, condenar. Antes é um chamado à Igreja se responsabilizar pela educação, correção, orientação pedagógica e pastoral de todos os seus membros. Destarte tem mais ligação com misericórdia, amor, consolo e animação. Por esta razão Paulo exorta "através de Cristo", "por meio de Cristo", "na misericórdia do Senhor" (Rm. 12:1), "pelo amor do Espírito" (Rm. 15:30), por meio da "mansidão e da benignidade de Cristo" (II Co. 10:1).
Em Paulo o termo é o oposto de tribulação, sofrimento, morte (I Co. 1: 3-11). Razão porque prometeu Jesus que os que choram, receberiam consolo (Mt. 5:4). Não é outra a disciplina da Igreja senão curar, educar, assumindo o lado do outro, entrando no seu caminho para lhe endireitar as veredas. Julgar, condenar e punir gera tribulação, sofrimento e dor e nada tem que ver com o consolo amoroso do Espírito.
Vê-se, pois, que a primeira Igreja, descrita pelo autor do Livro dos Atos dos Apóstolos, a destacar o modo apostólico de viver-se Igreja, que a mesma "perseverava na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações" (At. 2:42). O ensino apostólico (didaskalia), a comunhão que gera e produz unidade (koinonia), o repartir do alimento e dos bens (diakonia) e a vida de culto onde ouve-se a Palavra e fala-se com o Senhor da Igreja (liturgia), eram as características da Igreja de Cristo. A Igreja de Cristo está, pois, fundamentada na Palavra, nos Sacramentos e na Disciplina, garantia de sua unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade.


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