18 de ago. de 2010

12 PASSOS

Hoje é cada vez mais comum a busca pelo prazer, seja ele qual for. Quando essa busca se torna obsessiva e ultrapassa limites morais, chamamos isso de “vício”. Os objetos de vício podem ser o álcool, a pornografia, as drogas, a comida, o trabalho, o cigarro, o sexo etc.
Porém, esse comportamento obsessivo é só a ponta do “iceberg”. O que há por trás dele?
Em Mt. 22.35-37, Jesus nos ensina que existem dois principais mandamentos que se resumem neste: Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. Para cumpri-lo, são necessários três tipos de relacionamento: do homem com Deus, do homem consigo mesmo e do homem com o seu próximo. Repare que Deus coloca as coisas no lugar em que elas devem estar.
Ele acima e os homens iguais, sem diferenças. Além disso, ele vincula o mandamento a uma ação: amar o próximo como a si mesmo.
Desde a entrada do pecado, essas três relações estão sempre precisando de uma restauração. E para obedecermos aos mandamentos, precisamos que elas estejam em perfeito estado. Não é fácil, e quando as relações não vão bem, os principais indicativos são os comportamentos viciados.
Então, como obedecer aos mandamentos, se os relacionamentos estão quebrados ou em vias de falir?
O programa de Doze Passos é um programa criado nos Estados Unidos em 1935 por William Griffith e Doutor "Bob" Smith, inicialmente para o tratamento de alcoolismo e mais tarde estendido para praticamente todos os tipos de dependência química. É a estratégia central da grande maioria dos grupos de auto-ajuda para o tratamento de dependências químicas ou compulsões, sendo mais conhecidos no Brasil os Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos.
Ao contrário do que muitos pensam os passos não tratam do alcoolismo em si, mas de restaurar os relacionamentos descritos anteriormente.
“Copiando” esses doze passos, vejamos como posso aplicar os dois mandamentos descritos em Mateus.
Para restaurar o relacionamento “com Deus”, preciso:
1) Admitir que sou impotente perante os efeitos da minha separação de Deus (a saber: pornografia, álcool etc.), que perdi o domínio sobre minha vida.
2) Vir a acreditar que um poder superior a mim mesmo pode devolver-me a sanidade.
3) Decidir entregar minha vontade e minha vida aos cuidados de Deus.
Para restaurar o relacionamento “comigo mesmo”, preciso:
4) Fazer um minucioso inventário moral de mim mesmo.
5) Admitir perante Deus, eu mesmo e outro ser humano a natureza exata de minhas falhas.
6) Prontificar-me inteiramente a deixar que Deus remova todos esses defeitos de caráter.
7) Humildemente rogar a ele que me livre de minhas imperfeições.
Para restaurar o relacionamento “com o próximo”, preciso:
8) Fazer uma relação de todas as pessoas a quem prejudiquei e me dispor a reparar os danos a elas causados.
9) Fazer a reparação direta dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando isso signifique prejudicá-las ou a outrem.
10) Continuar a fazer o inventário pessoal e, quando estiver errado, admiti-lo prontamente.
Os dois últimos passos existem para manter os relacionamentos saudáveis:
11) Procurar, por meio da oração e meditação, melhorar meu contato consciente com Deus. Pedir apenas o conhecimento de sua vontade e forças para realizá-la.
12) Procurar transmitir essa mensagem e praticar estes princípios.
Esses doze passos devem fazer parte da minha caminhada diária com Deus, comigo mesmo e com o próximo. Possibilitam-me abandonar comportamentos destrutivos e viver uma vida de maturidade espiritual e emocional.

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